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26/06/2023
Futuro da mobilidade pede opções em tecnologias sustentáveis conclui Simpósio SAE BRASIL VE&H

São Paulo – O futuro é elétrico para a GM Brasil. A frase sintetiza a opção da empresa sobre a mobilidade brasileira do futuro na abertura 12º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos realizado em São Paulo, que reuniu especialistas das principais empresas do segmento em palestras e debates.

Elbi Kremer, diretor geral de Engenharia do Produto, Gerenciamento de Programas e Planejamento de Portfólio GM do Brasil, e Marcos Paiva, diretor da empresa na área de Qualidade e Excelência Operacional para a América do Sul, abriram a programação do simpósio destacando o projeto especial para acelerar a transformação da mobilidade na região, e confirmaram o compromisso da GM com a mobilidade elétrica global, de US$ 35 bilhões em investimentos para o lançamento de 30 modelos até 2025.

“Temos uma clara visão de que o futuro é elétrico e investimos pesadamente em veículos movidos a bateria 100% elétricos”, disse Marcos Paiva, ao apontar o crescimento expressivo dessa tecnologia em todo o mundo, correspondente hoje a 10% das vendas globais, projeção que, acredita, deve triplicar até 2028. Segundo ele os híbridos cresceram 9% nas vendas globais enquanto os movidos a combustão perderam terreno, com a redução de 6%. Em pesquisa no Brasil a que teve acesso, Paiva verificou que apenas 0,5% são veículos puramente elétricos e que entre os usuários a maioria manifestou desejo de recompra de veículos 100% elétricos ou híbridos. As vendas dos veículos puramente elétricos no ano passado foram de 24% na China, de 17% na Europa e de 5% nos Estados Unidos. Paiva acredita que no Brasil, na América do Sul e demais países, os veículos serão necessariamente elétricos.

Ele aposta que todas as novas tecnologias, e não apenas as de propulsão, serão desenvolvidas pelas OEMs para atender os seus maiores mercados – China, Europa e Estados Unidos, e esses veículos serão elétricos. “O consumidor na América do Sul vai preferir um produto equipado com as últimas novidades, facilidades e conveniências presentes no veículo que estará sendo desenvolvido no mundo todo”, afirmou.



Elbi Kremer destacou a importância do Brasil para a Chevrolet, o segundo maior mercado da marca. “O Brasil tem uma capacidade instalada de 5 milhões de veículos/ano e vendemos 3 milhões, a capacidade ociosa é muito grande. Projetamos esse futuro em várias situações e vimos que a única forma de manter essa capacidade ocupada é estar conectado com o mundo. Quem adota um elétrico não volta para um veículo a combustão”, disse. Afirmou entender que há espaço para todas as tecnologias, mas no comparativo entre tecnologias da matriz brasileira quanto a emissões do poço à roda exaltou os BEVs (Battery Electric Vehicle) como os que combinam alta eficiência energética e emitem 50% menos de CO2 em relação aos HEVs (Hybrid Electric Vehicle), mesmo rodando só com etanol. Para ele isso justifica a crença em que “o elétrico é o futuro”.

Kremer aposta na possibilidade de o ecossistema da mobilidade elétrica trazer novos negócios e destaca que o Brasil não pode perder a onda de investimentos globais, mas precisa assumir o compromisso com a transformação da mobilidade para as emissões zero. “Graças à tecnologia alcançaremos esse futuro sustentável, e temos a oportunidade de trabalhar juntos com outras indústrias e governo para alavancarmos o mercado consumidor brasileiro é uma questão de planejamento” finalizou.

Na mesa redonda moderada por Ricardo Bacellar, conselheiro de Comunicação e Marketing da SAE BRASIL, Oswaldo Ramos CCO da GWM Motors e Rafael Chang, CEO da Toyota, falaram sobre estratégias para a eletrificação no Brasil e exaltaram a necessidade de ouvir o consumidor e oferecer opções diversas em tecnologias.

“Precisamos ir ao mercado para entender o contexto dessa transição para o futuro, porque não temos respostas para tudo e dogmas não agregam valor ao produto final”, anunciou Oswaldo Ramos. O executivo afirmou que a transformação tecnológica vai acontecer no Brasil e que é preciso definir o papel do País nesse processo quanto ao protagonismo em energias sustentáveis que podem apontar para o híbrido flex. Disse que a eletrificação traz uma nova forma de dirigir e que há espaço no País várias tecnologias, como plug-in e células a combustível via etanol.
Rafael Chang proclamou a vocação da Toyota na diversidade de tecnologias e a crença na coexistência entre elas como vantagem competitiva, e advertiu sobre o cuidado para não gerar assimetrias no mercado. “Multiplicidade e variedade de tecnologias é uma tendência”, avisou.

O executivo afirmou que a eletrificação para um futuro de CO2 zero implica também em oportunidade para o Brasil na exportação de biocombustíveis, tarefa que deve ser estimulada pelas indústrias a fim de mostrar para o mundo a competitividade da matriz brasileira. “O Brasil precisa se abrir e alinhar as vantagens que tem, sair da caixinha”, destacou. Ambos os executivos chamaram atenção para a importância na transparência da comunicação essencial à confiança do consumidor quanto aos novos veículos e tecnologias, especialmente em produtos de ticket alto.

Em palestra técnica Sergio Abud Filho, especialista de Aplicação LATAM da 3M trouxe tecnologias para aplicações em veículos leves, desenvolvidas para a redução de peso. Em destaque ele mostrou microesferas de vidro, alternativa versátil às cargas de polímero tradicionais que oferece vantagens competitivas para vedação de costura automotiva e revestimentos inferiores. Segundo Abud essas microesferas ocas são significativamente mais leves do que a maioria dos outros enchimentos, contribuindo para reduzir o peso dos veículos e as metas de emissões.

Milton Francisco dos Santos Jr., fundador e CEO da startup curitibana eiON Mobilidade Sustentável, deu início ao Pitches 1 - Startups na Eletromobilidade apresentando o Buggy Power, veículo 100% elétrico zero emissões para cinco pessoas, desenvolvido pela empresa com tecnologia brasileira. De uso compartilhado a partir de estações franqueadas com bugues 100% elétricos, garagens solares e estações de recarga de veículos elétricos, o sistema inclui franquias e-station como solução para o turismo em resorts, locadoras de bugues e agências de turismo, resolvendo as dores da mobilidade de turistas; além de e-posto para condomínios, com geração de renda.

Fernando Cesar, CEO da Uniq, empresa de soluções em tecnologia para o transporte urbano de passageiros e diretor do Comitê de Conectividade e Mobilidade da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), abordou saídas para tornar mais eficazes os processos envolvidos no transporte urbano de passageiros. Entre elas citou a informatização dos processos de gestão para a maior precisão e eficiência de resultados, digitalização integrada entre os sistemas para ganhos de tempo e de segurança de informação, investimento em inovação e tecnologia para a criação de soluções que atendas a essas necessidades. Fernando destacou ainda o uso de telemetria no transporte a fim de avaliar o padrão de condução dos motoristas, orientar melhores práticas para aproveitar a bateria do veículo com inteligência. Entre outras virtudes dessa tecnologia ele evidenciou a análise das condições do veículo para a decisão do melhor momento para a recarga ou troca das baterias, com uso consciente e sustentável de materiais, e monitoramento preciso e remoto quanto à vida útil dos componentes mecânicos e eletrônicos assistidos por sensores.

Com 20 anos de experiência em inovação, Rodrigo Tobias, co-founder da Spott, startup de tecnologia para recarga de veículos elétricos, estimou crescimento exponencial do mercado global de fabricantes de EVs nos próximos três anos, e observou que os governos estão aprovando novas legislações de incentivo aos elétricos, o que, para ele, sinaliza para a expansão da rede. Tobias se disse convencido de que os consumidores querem soluções e energias sustentáveis para o transporte, e advertiu que sem um bom gerenciamento a recarga de veículos elétricos pode causar grandes problemas para a infraestrutura elétrica e a mobilidade.

No Painel 1, dedicado ao tema Brasil na rota do transporte sustentável, o engenheiro Alex Sandro Passos, da WEG, reforçou que o futuro do transporte é elétrico. Discorreu sobre a eletrificação e veículos comerciais pesados e destacou que os pilares da WEG se baseiam na eficiência energética, energias renováveis, soluções digitais e mobilidade elétrica. É a principal fornecedora de motores elétricos à Eletra, empresa brasileira de ônibus elétricos com mais de 20 anos de experiência.

Ieda Maria de Oliveira, diretora executiva da Eletra, frisou que não se fala em eletromobilidade sem políticas públicas e anunciou que a empresa trabalha para reconduzir o Brasil à liderança tecnológica em ônibus na América Latina. Ieda destacou as tecnologias desenvolvidas pela Eletra aplicadas a ônibus elétricos puros 100% à bateria, híbrido Dual-Bus, e o e-Trol, trólebus em rede aérea que terá duas fontes, bateria e carregamento em movimento, além de-Retrofit, conversão de caminhões a diesel em elétricos ou híbridos. A Eletra tem capacidade instalada para 1.800 ônibus/ano.

Carlos Eduardo de Souza, executivo Enel X diretor responsável por e-City Brasil, apresentou desafios e megatendências para o setor energético. Disse que a empresa trabalha no conceito de descarbonizar os clientes e de trazer a sustentabilidade com energia renovável, plantas solares e eólicas. Enfatizou a responsabilidade das cidades, que respondem por 70% das emissões mundiais consomem mais de 75% de recursos naturais produzindo 50% do total do lixo, na construção de um futuro sustentável. Chamou a atenção para a necessidade de melhorar a resiliência urbana para responder às necessidades das novas gerações e para a redução de gastos, a fim de destinar orçamento para projetos inovadores. Souza afirmou que a Enel X está preparada para oferecer um ecossistema de infraestrutura urbana eletrificada e digital.

O painel estudantil Pitches 2 contou com a participação de três universidades - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Senai Cimatec de Salvador (BA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG) - engajadas no desenvolvimento de protótipos do Baja Elétrico, um novo desafio para os participantes das competições estudantis da SAE BRASIL. Os professores Modesto Hurtado, da UFSC, diretor técnico do CT de Inovação de Joinville e coordenador das equipes Fórmula Cem e CTJ Baja a combustão e elétricos, Pedro Muniz, professor do Senai Cimatec de Salvador (BA), e a professora Geice Villibor, da UFV de Viçosa (MG), falaram dos protótipos de Bajas elétricos desenvolvidos pelos alunos, dois deles apresentados de forma estática em fevereiro último na competição de âmbito nacional realizada em São José dos Campos (SP) e o terceiro, da UFV, em movimento.

Eles destacaram que os esforços para motivar as equipes a participar dos desafios não superam os resultados de benefícios para as carreiras dos jovens engenheiros. Sobre os desafios relacionados ao o e-Baja SAE BRASIL foram ressaltados aspectos construtivos como disposição de baterias, de segurança elétrica, regulamentação, fornecedores, recursos financeiros e conhecimentos específicos.

Na mensagem final foi anunciado o desenvolvendo do segundo ano da categoria do H2 Challenge nas competições estudantis, que será realizado de 4 a 6 de agosto no ECPA em Piracicaba, com demonstração do Fórmula autônomo na tarde do dia 6.

No Painel 2, que encerrou o simpósio, Marcos Berton, pesquisador chefe ISI Senai-PR e MiBI-GT7, falou sobre os desafios e oportunidades da produção de baterias de lítio-íon no Brasil e fez um convite aos representantes das empresas a participar desse projeto.

Fernanda Ito, engenheira química especializada em gerenciamento estratégico de projetos e gerente de Vendas Técnicas da Sika EUA, destacou soluções para o desempenho e segurança de baterias, as principais aplicações de colagem e vedação, tecnologias de adesivos Sika com ajuste para as necessidades mecânicas e a exclusiva tecnologia adesiva Powerflex, que combina as vantagens do adesivo estrutural e elástico e cria oportunidades de design de material, bem como o desempenho esperado ao longo da vida útil do componente colado, entre outras tecnologias.

Marcelo Rezende, diretor da Borg Warner responsável por negócios de sistemas de baterias na América do Sul, fechou o simpósio com o tema da eletrificação do transporte de cargas e passageiros como forma de difundir a mobilidade elétrica no Brasil. Apontou que 70% das emissões são do transporte rodoviário, responsável por 76% dos empregos do setor, que representam a 4ª maior frota de pesados do mundo e movimentam 65% das mercadorias produzidas localmente.

Sobre a SAE BRASIL - A SAE BRASIL é uma associação de pessoas físicas, sem fins lucrativos, que tem como propósito ser “A Casa do Conhecimento da Mobilidade Brasileira”. Participam da entidade profissionais de variadas áreas, unidos pela missão de criar e de disseminar conhecimento, visando a desenvolver tecnologia e inovação no ecossistema da mobilidade. Fundada no Brasil em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento da mobilidade e da integração do País ao processo de globalização da economia, a SAE BRASIL é referência nacional para a integração da indústria, academia, 3º setor e dos órgãos técnicos do governo. Conta com 6 mil associados e 09 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje em uma das mais relevantes instituições do setor da mobilidade brasileira. A SAE BRASIL é filiada à SAE International, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, entre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison. Ao longo de mais de um século de existência tornou-se uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios em cerca de 100 países.

FOTO Ruy Hizatugu



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Ricardo Bacellar, conselheiro de Comunicação e Marketing da SAE BRASIL foi mediador da mesa redonda com Oswaldo Ramos CCO da GWM Motors e Rafael Chang, CEO da Toyota, sobre estratégias para a eletrificação no Brasil
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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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