Projetar e construir aeromodelos com uma só hélice, movida pela torção de um elástico, para voarem pelo maior tempo possível no interior de um ginásio. Esse é o desafio de quase 100 estudantes do ensino médio que participarão da Competição SAE BRASIL Demoiselle 2015, no Ginásio Poliesportivo da ADC Embraer, em São José dos Campos/ SP, dia 5 de setembro, das 11h às 17h.
Na terceira edição, a competição conta com 10 equipes inscritas, de 10 escolas públicas e privadas dos Estados de São Paulo e, pela primeira vez, do Espírito Santo e da Bahia. Estreiam representantes de Salvador (BA), Santos (SP), São Mateus (ES) e Taubaté (SP). Ainda participam Jacareí (SP) e São José dos Campos.
A cidade sede será representada por cinco equipes, entre as quais a Ayr Picanço, da Escola Estadual Ayr Picanço, bicampeã na competição por ter realizado voo de 130.5 segundos na edição passada e voo de 41.9 segundos na anterior. De São José dos Campos, também participarão as equipes Blue Sky, da Escola Estadual Professor Juvenal Machado de Araújo; Tucano, do Colégio Embraer Juarez Wanderley; Aerotec, da ETEC São José dos Campos; e ETEP Birds, do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia e Recursos Humanos.
A equipe Cajaléu, do Colégio Rezende Rezende, será a representante de Jacareí. Santos contará com a equipe Colégio do Carmo. Já Taubaté será representada pela equipe Aerocjn, do Colégio Jardim das Nações. Salvador contará com a equipe Fox, da Escola de Engenharia Eletro-Mecânica da Bahia. Já São Mateus terá como representante a equipe Ifênix, do Instituto Federal do Espírito Santo.
Patrocinada pelo Instituto Embraer e pela UNIP (Universidade Paulista), a competição visa despertar o fascínio pela aviação e o interesse pela engenharia, especialmente a aeronáutica.
Projetos – Conforme regulamento disponível no site www.saebrasil.org.br, os monoplanos de pequeno porte, não controlados, devem pesar no mínimo 7g e ter no máximo 40cm de envergadura projetada da asa (distância da ponta de uma asa à outra) e 28cm de envergadura projetada do estabilizador horizontal (superfície horizontal traseira), além de estrutura capaz de suportar a força que o elástico faz ao ser torcido por várias centenas de voltas até o lançamento, realizado à mão.
Para a construção, é permitido o uso de materiais de baixo custo: madeira, papel, filme plástico, cola, fibra de carbono e fibra de vidro, além de linha, arame, tubo plástico e elásticos para prender os principais componentes do aeromodelo. Diante do desafio, os estudantes precisam trabalhar em equipe para pesquisar as melhores soluções e técnicas existentes, além de realizar vários testes, inclusive de voo.
Durante a competição, cada equipe terá intervalo de 50 minutos para realizar, no mínimo, três voos na área delimitada. Vence o projeto que voar por maior tempo. Além de receberem troféu, os integrantes da equipe vencedora poderão acompanhar, na área vip, a 17ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, agendada para 29 de outubro a 1º de novembro de 2015, no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos, SP. Para a segunda e a terceira colocações serão entregues troféus.
Demoiselle – O termo “Demoiselle” é uma homenagem da SAE BRASIL ao segundo avião projetado e construído por Alberto Santos Dumont, menos conhecido que o 14 Bis, mas cuja concepção estrutural é considerada excepcional, vindo a influenciar, no começo do século 20, toda a então indústria da aviação, especialmente a europeia.
Demais competições – A SAE BRASIL realiza mais três competições estudantis, estas voltadas para estudantes de graduação em engenharia: a Baja SAE, que estimula o projeto e a construção de veículos off-road; a SAE AeroDesign, em que estudantes projetam e desenvolvem aeronaves em escala reduzida; e a Fórmula SAE, que estimula o projeto e a construção de carros tipo fórmula a combustão ou elétricos. As três competições seguem os padrões da SAE International e as equipes vencedoras têm conquistado brilhante espaço para o Brasil no Exterior.
“As competições estudantis da SAE BRASIL desafiam os jovens a colocar em prática o que aprenderam na sala de aula e muito mais, pelo exercício da gestão de projeto em todos os seus aspectos”, analisa Frank Sowade, presidente da SAE BRASIL. |