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07/11/2014
Conferência Internacional SAE BRASIL conclui: tecnologias do futuro chegarão aos carros no Brasil em médio prazo

São Paulo – Eficiência energética e conectividade no automóvel foram os pontos mais destacados por especialistas da indústria automobilística que participaram da Conferência Internacional SAE BRASIL de Tecnologia e Inovação na Indústria Automotiva, realizada em São Paulo nesta quarta-feira (5). Todos foram unânimes ao afirmar que as tecnologias do futuro aplicadas à motorização dos carros e também aos sistemas de comunicação chegarão aos carros brasileiros em médio prazo.

Martin Bodewig, diretor de Prática Automotiva da Roland Berger, abriu a programação com o tema “Visão Internacional e tendências globais na tecnologia de veículos e mobilidade”, e indicou três tendências para a mobilidade: sustentabilidade, novas necessidades e internet. Bodewig apontou que as soluções para as novas demandas passam pela combinação de vários modais de transporte coletivo nas grandes metrópoles e do transporte individual para longas distâncias, além do incentivo à prática do “low price mobility” – caminhar e usar bicicleta - e também de serviços como veículo compartilhado, realidade na Europa.

Montadoras - As tecnologias do futuro nos automóveis foram destaque do painel “Montadoras”. William Bertagni, vice-presidente de Engenharia da General Motors do Brasil, destacou que a quantidade mensal de fluxo de informação ao redor do mundo, que em 2013 foi de 0.9 hexabites, deverá ser de 11.2 hexabites em 2017, de comunicação entre diversos sistemas, uma evolução mensal de 66%. “Não podemos imaginar que o Brasil vai ficar de fora, e precisamos entender melhor como os clientes usam os nossos veículos. Existe uma infinidade de oportunidades a serem identificadas”, apontou. Bertagni disse ainda que a médio prazo a GM trabalha em tecnologias vehicle to vehicle, e vehicle to anything, entre outras em nível de conforto e segurança para os ocupantes em situações de perigo e defendeu a educação do consumidor para que possa entender melhor as tecnologias e seus benefícios.

Reinaldo Muratori, diretor de Engenharia da Mitsubishi, confirmou a aposta da montadora em plataformas elétricas e da tração 4x4 que a empresa fez questão de associar no Brasil com o modelo o SUV Outlander Híbrido Plug-in 4x4, com lançamento no País até junho de 2015. O executivo explicou que o novo veículo tem dois motores elétricos de 60 kilowatts, um dianteiro e um traseiro, proporcionando assim a tração 4x4, e um terceiro motor dianteiro de 2 litros a gasolina que aciona o gerador que produz energia para as baterias de íon-lítio que alimentam os motores elétricos. Não tem transmissão, um motor a gasolina acoplado a um conjunto de engrenagens que quando necessário tracionam o eixo dianteiro. Centrais eletrônicas comandam tudo isso. Segundo Muratori, o carro decide sozinho qual o melhor modo de tração a ser aplicada, e será o primeiro de uma sequência de híbridos que a Mitsubishi pretende lançar a partir de 2015.

A Honda substituirá “no futuro próximo” a atual gama de motores pela nova geração de propulsores globais com tecnologia Earth Dreams, que inclui três motores flex exclusivos para o Brasil. Serão três motorizações básicas dentro dessa nova geração com motores com sistema Vetec Turbo – 1.0, motor de 3 cilindros de 140 cv de potência; 1.5 de 4 cilindros, até 200 cavalos de potência, e na classe esportiva, 2.0 duplo comando injeção direta capaz de gerar até 300 cv de potência. Em sua apresentação, Alfredo Guedes Jr., supervisor de Relações Públicas da Honda South America, contou que os carros são de 10% a 15% mais eficientes em consumo de combustível que os convencionais aspirados.

Novos materiais – No painel “Redução de Massa e Novos Materiais”, o crescente uso de compósitos e metais especiais para veículos mais leves foi o destaque. José Maria Fernandes Marlet, da engenharia de Produto, Estruturas e Materiais da Embraer, destacou o uso de compósitos avançados em estruturas aeroespaciais para o segmento. O engenheiro confirmou a realização contínua de testes com vários elementos e processos para encontrar materiais de alta resistência que contribuam para a redução de peso dos aviões e explicou que o desenvolvimento desses materiais envolve equipes multidisciplinares. “O desenvolvimento é como andar de bicicleta, se parar você cai”, disse.

Paulo Roberto de Carvalho Coelho Filho, da Engenharia de Materiais da FIAT Chrysler América Latina, deu foco aos desafios da engenharia de materiais na indústria automotiva, que, para ele são cada vez maiores. Entre esses desafios ele citou especialmente a redução de massa e de consumo, por conta da adição de equipamentos aos veículos que antes eram opcionais. “Para o atendimento às exigências atuais da indústria, as soluções apontam para a evolução do uso de materiais termoplásticos e alumínio, que oferecem ganhos significativos de redução de peso”, disse. Segundo o engenheiro, essa aplicação, entretanto, tende à estabilização, mas há possibilidades de avanços no nicho de componentes estruturais do veículo, nanotecnologia, fibras de carbono e vegetais, aposta da Fiat no Brasil para reduzir a densidade dos materiais.

Robert Mraz, vice-presidente de Vendas & Marketing da TW Metals (EUA), líder mundial na distribuição de metais especiais, disse que há uma batalha entre compósitos e metais. “O mundo está produzindo metais mais resistentes que possam ser mais leves, mais limpos, e orientados para aplicações específicas, e essas tecnologias estão migrando para os carros, e essa tendência vai continuar”, ressaltou. Mraz afirmou que o setor aeroespacial está migrando para o uso de compósitos, que já atinge 50%, e que a liga de alumínio-lítio, mais leve e moldável, começa a ser mais utilizada agora.


Motores e downsizing - Celso Duarte, da Engenharia Avançada da Ford, abriu as apresentações do painel “Motores, Novas Tecnologias – Downsizing” falando sobre tecnologia híbrida e motores superalimentados. O engenheiro disse que a busca por eficiência e durabilidade dos motores, características da Fórmula 1 é tendência para os carros comuns e apontou o recurso de aproveitamento de energia como inovação para a eficiência dos motores.

Oliver Ruetten, diretor técnico FEV, falou de tendências e potencial do downsizing e destacou que o maior desafio do futuro é a redução de CO² e que o downsizing é uma tendência mundial. Ruetten apontou a necessidade de melhoria na redução de atrito de componentes e nos métodos de calibração de motores. João Batista, da AMG Mercedes-Benz Challenge, mostrou soluções em motores ecologicamente amigáveis da marca e defendeu a perenidade de motores a combustão associados a tecnologias híbridas.

Competições automotivas – As novas tecnologias da Fórmula 1 foram o mote do painel com Alan Peasland, chefe de parcerias técnicas da equipe Infiniti Red Bull Racing (Reino Unido); Gustavo Luzetti, da Engenharia, Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli Tyre, fornecedora oficial de pneus para a Fórmula 1; e Tom Hyder, da Magneti Marelli Motorsport Reino Unido.

Alan Peasland descreveu o complexo funcionamento logístico da equipe e a tecnologia aplicada, que envolve processos de manufatura para a construção de cinco chassis por ano, e o desenvolvimento contínuo de inovação, necessário para garantir vitória no esporte. “Este ano passamos por 30 mil alterações no design e já estamos projetando o carro do ano que vem”, disse.

Já Gustavo Luzetti falou dos desafios tecnológicos para o desenvolvimento do produto, como o perfil externo do pneu otimizado para distribuir uniformemente a pressão e a redução do superaquecimento quando em contato com o solo, entre outros requisitos. Em seguida, Tom Hyder falou sobre as tendências de tecnologias das pistas que vão para as ruas, como a transmissão manual automatizada desenvolvida pela divisão powertrain da empresa.

Fórmula 1 – Nick Fry, ex-CEO da equipe Mercedes de F1, apresentou o tema “O custo e o benefício da tecnologia na F1” em que enfocou o negócio da F1 e a batalha das marcas pela vitória nas pistas. “As empresas que patrocinam esse esporte sabem que ajuda a vender”, frisou o ex-dirigente.


FOTOS: Ruy Hizatugu




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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