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14/05/2014
“Flexibilidade e eficiência nas operações é sobrevivência”, conclui o Simpósio SAE BRASIL de Gestão Estratégica na Manufatura

São Paulo – Flexibilidade na linha de produção e revisão constante dos modelos de gestão da manufatura foram os fatores fundamentais para a competitividade no cenário atual apontados por consultores e executivos da indústria automobilística no Simpósio SAE BRASIL de Gestão Estratégica na Manufatura, realizado neste dia 12 de maio, em São Paulo. O engenheiro Frank Sowade, diretor da fábrica da Volkswagen Anchieta e vice-presidente da SAE BRASIL, que abriu os trabalhos, ressaltou a importância da manufatura como um dos pilares do negócio automotivo e os desafios de competitividade sem precedentes no segmento.

Gestão estratégica - A gestão estratégica da manufatura foi o tema da primeira apresentação, de Sonia Campos, diretora de operações das fábricas da GM em São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes (SP). Sonia destacou que a competitividade no mercado brasileiro vem dobrando desde os anos 1990: “A capacidade instalada está maior que a demanda e ainda está crescendo”, disse. A executiva enumerou estratégias da GM para melhorar os agentes da competitividade (margem de lucro, utilização da capacidade instalada, qualidade do produto, diversidade de modelos, flexibilidade produtiva, velocidade e inovação): Flexibilidade - constante reflexão dos modelos de gestão adotados na manufatura, engenharia de produto e design das fábricas em âmbito global; Gestão e eficiência operacional – pessoas de diferentes gerações do ambiente de trabalho, processos (simulações para eliminação de desperdício, melhoria de processo com antecipação de falhas, qualidade e layout) e arquiteturas globais.

Tendências globais – Hans-Jürgen Klose, sócio da consultoria KPMG, destacou como megatendências que impactariam na manufatura do futuro ciclos de vida do produto mais dinâmicos, com períodos de até três anos na indústria automobilística, e eficiência em recursos para a produção. Para Klose, os desafios serão identificados principalmente em três campos de atuação: lidar com a complexidade diante de mais variantes e customização em massa; capacidade de inovar em um ambiente altamente competitivo, e flexibilidade para lidar com ciclos de mercado cada vez mais curtos. No campo das perspectivas Klose disse que a tendência global em manufatura é uma fábrica onde pessoas e objetos sejam interligados de forma inteligente uns com os outros.

O especialista trouxe pesquisa realizada com mais de 300 executivos de manufatura em todo o mundo nos segmentos aeroespacial e de defesa, metais, engenharia e produtos industriais e automobilísticos, para explorar as perspectivas dos fabricantes. Na apuração, 60% dos entrevistados disseram acreditar em crescimento global e 36% apostam em um crescimento de até 1,9%. Entre as prioridades estratégicas 51% declararam a redução de custos, e, entre os principais desafios do negócio para as empresas, a intensa competição e pressão nos preços apareceram no topo do ranking (43% dos votos).

Novas operações – Robson Bastos, diretor de Engenharia da Manufatura e Powertrain da GM para a América do Sul, focou em manufatura de motores da fábrica de Joinville (SC), a mais nova da marca no Brasil. Bastos reforçou que a estratégia da empresa está centrada no tripé foco no cliente (sistema Built in Quality - qualidade incorporada no processo, defeitos prevenidos, detectados e evitados) flexibilidade do sistema produtivo (linhas de reconfiguração mais rápida e baixo custo) e sustentabilidade.

Josy Santos, engenheira de produto da Volkswagen do Brasil, apresentou estudo sobre produtividade e competitividade da indústria brasileira. Josy apontou a queda do PIB industrial desde os anos 1990 e destacou a falta de investimento em máquinas e equipamentos para a produção no País, com perdas de produtividade, qualidade e altos custos. Segundo o estudo, o Brasil aparece na 60ª posição no ranking mundial de consumo de máquinas, avaliado em 67.9 bilhões de euros, liderado pela China, responsável por 37% dos investimentos. Os Estados Unidos são o segundo colocado, com a participação de 10%.

Auro Chagas, engenheiro de Desenvolvimento de Produto da Embraer, abordou o 3D como protagonista da agilidade, maturidade e sustentabilidade nos processos produtivos, e destacou a importância das simulações de manufatura na conformação de chapas para produção de peças, controle numérico, ergonomia e montagens, análises de variações dimensionais e de eventos discretos, além da integração de operadores aos processos produtivos.

Newcomers - Alberson Bruno, gerente de Powertrain da Nissan, destacou a estratégia de qualificação de mão de obra da marca na nova fábrica do sul fluminense para superar as dificuldades na contratação de pessoal qualificado. A empresa partiu para o treinamento de profissionais vindos do comércio e em início de carreira, qualificando todos os níveis para garantir a qualidade conforme o cronograma do projeto da fábrica, nas areas de sistema de produção (treinamentos em plantas no exterior) e cultura/comportamento (treinamentos interculturais).

Emerson Ferreira, chefe de Produção e Engenharia de Manufatura da DAF Caminhões, abordou a importância do sistema produtivo para o desenvolvimento sustentável e destacou que ter uma operação sustentável é condição para as empresas sobreviverem no mercado global. De acordo com Ferreira, no futuro próximo consumidores comprarão veículos que respeitem o meio ambiente, a mobilidade urbana e a segurança do trânsito. “Com o processo dinâmico da tecnologia, as montadoras que desejam se perpetuar necessitam tornarem-se sustentáveis”, afirmou.

Inovação na gestão da manufatura foi o alvo de Ricardo Martins, gerente geral da Hyundai, que citou a curiosidade pessoal como a característica de times focados em inovação. Martins disse que o princípio adotado pela empresa para gerar o ambiente de inovação, denominado Qualitivity, se baseia em investimentos focados no capital humano, em tecnologia e inovação para atrair clientes, em produtos Premium e para oferecer maior garantia de fábrica.

Manufatura digital – Fernando da Silva, gerente de Aplicações da PTC, abriu o painel falando sobre integração de processos na manufatura digital. Segundo Silva, forças externas transformam o cenário da manufatura, com produtos desenvolvidos para serem inteligentes, conectados e globais, com maior valor agregado ao produto e à prestação de serviço. O especialista defendeu a manufatura digital como a primeira ferramenta para se atingir o objetivo de produtos avançados para clientes mais exigentes, e, entre as melhores práticas citou o uso massivo de dados 3D, flexibilidade e rastreabilidade.

Rémi Germain, gerente de Excelência da Dassault Systemes, disse que a necessidade de inovação de softwares embarcados nos carros se configura como forte tendência mundial, e a simulação 3D em manufatura já faz parte do seu processo de desenvolvimento. “Caminhamos para a completa definição do produto em 3D, até a experiência final do usuário”, destacou.

Para o vice-presidente de Operações da Siemens América do Sul, Paulo Leal, a manufatura muda mais rápido que nunca. “Produtos inteligentes, unidades de produção flexíveis e modulares e cyber physical systems estão no horizonte da indústria, mas ainda há muito a ser feito para essa realidade”, afirmou.

Manufatura sustentável – João Sidney Fernandes, diretor de Facilities da GM América do Sul, falou da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design, sistema de certificação que classifica as melhores práticas sustentáveis da construção civil, nas fases de concepção, construção e operação) na fábrica de Motores de Joinville (SC). Foram avaliadas sete áreas - Espaço Sustentável, Eficiência Hídrica Eficiência Energética, Materiais e Recursos, Qualidade Ambiental Interna, Inovação em Design ou Operações e Prioridades Regionais.

Arthur Signorini, gerente de Sustentabilidade da Honda, apresentou o tema sustentabilidade na manufatura pelo uso de energia renovável, destacando o projeto de energia eólica da empresa, que integra o programa Gestão Green do grupo Honda, que tem metas ambientais de redução de 30% de emissões até 2020. “A Honda tem grande interesse no Brasil para grandes investimentos”, frisou.

Cristiano Felix, gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da Fiat Chrysler, falou da importância das certificações ambientais como fator de competitividade, e da necessidade de se ter uma visão sistêmica completa das operações para a implantação de sistemas de gestão eficientes.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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