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 Release
29/06/2011
Especialistas alertam para oportunidade de ganhos na manufatura automotiva

Realizado dia 27 de junho, em São Paulo, o Simpósio SAE BRASIL Manufatura na Indústria Automotiva discutiu possíveis soluções para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros frente aos importados.

Quando o assunto é manufatura automotiva, a ordem é ganhar flexibilidade e agilidade para que componentes e veículos cheguem mais depressa ao mercado. Ao mesmo tempo, existe uma preocupação constante em buscar a perfeição dos produtos, com materiais mais adequados, resistentes e leves. Esse foi o tom do Simpósio SAE BRASIL Manufatura na Indústria Automotiva, que discutiu como as operações globais desafiam a manufatura no País. No encontro, que reuniu cerca de 200 participantes no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo, especialistas na matéria enfatizaram que há oportunidades a serem identificadas nas empresas do setor para otimizar processos e aumentar a produtividade.

“Sempre que visito uma indústria brasileira vejo enormes possibilidades de melhoria nos processos de manufatura. Muitas estão evidentes, outras certamente escondidas”, afirmou José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil, durante o painel ‘Os Cenários para a Manufatura nos Emergentes’, que contou com a participação de Adolfo Savelli, da Logic Consultoria, Alfeu Doria, diretor da Visteon, e Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL.

Roberto Bastian, diretor da Mercedes-Benz, bateu na mesma tecla: há muitos ganhos ainda a serem obtidos no País na área de logística, com a racionalização de estoques e estratégias de movimentação de materiais na cadeia de suprimentos e distribuição. Para ele, é indispensável contar com investimentos em infraestrutura de portos, aeroportos e rodovias para que as operações da indústria automobilística se tornem competitivas.

Galeote defendeu maior investimento em automação industrial como parte da estratégia para o aumento de produtividade. “Os aportes de hoje devem ser diferentes dos realizados no passado, quando o Brasil era reconhecido como país de baixo custo de mão de obra e não valia a pena investir em automação”, afirmou. “Temos de deixar de lado essa história”, disse, enfatizando que há inúmeros postos de trabalho a serem ocupados, mesmo com a robotização.

O resgate da capacidade de competir foi um alerta presente na maioria das apresentações e debates, tendo em vista os avanços de players estrangeiros no País, evidenciados nas estatísticas da balança comercial. "Para concorrer com os manufaturados asiáticos algumas lições devem ser feitas, como estimular a educação e qualificação de pessoal", afirmou Alfeu Dória, que trabalhou sete anos na China.

Para o também especialista em manufatura chinesa, Adolfo Savelli, da Logic Consultoria, é preciso investir em infraestrutura. “Na China, investiram em portos, estradas, aeroportos e se preocuparam com a formação técnica da mão de obra”, afirmou.

E, se por um lado a China representa um desafio, pela crescente penetração de seus produtos no mercado brasileiro, Luis Curi, presidente da Chery Brasil, mostrou que a companhia está pronta a investir no País com a implantação de fábrica no município paulista de Jacareí. Ele convidou os participantes para o lançamento da pedra fundamental da nova unidade, no dia 19 de julho, que terá a participação de autoridades e diretores internacionais da companhia chinesa.

Seria uma incoerência investir aqui, ante a facilidade de importar no momento? Curi diz que não: "A Chery quer se tornar um dos grandes players no mercado internacional de veículos e isso exige uma presença importante no Brasil", esclareceu, revelando que a planta terá alto índice de automatização, apesar de não precisar exatamente quanto.

Soluções – O simpósio mostrou algumas soluções adotadas para elevar a competitividade dos produtos brasileiros. Uma delas foi apresentada por Celso Placeres, diretor de Engenharia de Manufatura da Volkswagen do Brasil, que contou a experiência com a adoção da manufatura digital pela montadora, com aporte de R$ 23 milhões para a integração dos sistemas. Como resultado, é possível simular e otimizar processos, eliminando a possibilidade de erros no projeto e manufatura. “É possível obter reduções de custo expressivas e maior velocidade no desenvolvimento dos programas de manufatura", acentuou Placeres.

André Luiz Moreira, diretor de Manufatura de Caminhões da Mercedes-Benz, apresentou a experiência local da montadora alemã, que conta com know how da matriz na Alemanha no desenvolvimento de produtos e planejamento de fábricas. “No México teremos a primeira planta concebida com as melhores práticas de manufatura e conceitos otimizados”, revelou. Ele comentou, ainda, que a mesma experiência será estendida à fábrica da empresa em Juiz de Fora, Minas Gerais, que está sendo preparada para produzir caminhões pesados Actros, na primeira fase.

Na experiência evidenciada por Moreira, a Mercedes-Benz incentiva sinergias entre as diversas plantas regionais, entre as quais ocorre troca de serviços e produtos graças ao planejamento realizado na matriz. “A ideia é que todas as plantas façam produtos com os mesmos padrões e qualidade”, disse o diretor da Mercedes-Benz.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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