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 Release
01/10/2008
Trem-de-força na berlinda

Horst Bergmann

A indústria automobilística em todo o mundo está sendo pressionada a reduzir os níveis de emissões na atmosfera, diminuir o consumo de combustíveis e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho dos veículos. Por outro lado, sofre forte influência das legislações de emissões e a qualidade dos combustíveis locais, que dificultam a aplicação global de motores. A equação é bem complicada, por isso só nos resta discutir o desenvolvimento de um trem-de-força mais eficiente e pensar na possibilidade e nos riscos da padronização de componentes do sistema para uma aplicação global.

A crescente exigência para a redução de emissões se encontra em diferentes fases nos diferentes países, onde as tecnologias para caminhões pesados já cumprem a legislação Euro 6 na Europa, US 2010 nos EUA e JP09 no Japão. Um exemplo é o Selective Catalytic Reduction (SCR), que é o método priorizado para a redução de emissão de NOx. Essa tecnologia também já é oferecida por montadoras de veículos de passeio que pretendem introduzir uma tecnologia diesel limpa nos Estados Unidos.

Enquanto isso, a maioria dos mercados emergentes ainda vai introduzir a legislação Euro 4 em 2010. Isso sem estar assegurado que a indústria produtora de combustível poderá fornecer diesel livre de enxofre nestes países, entre eles o Brasil. Felizmente, por causa disso, a engenharia já desenvolveu um novo tipo de SCR, que não é sensível ao enxofre no combustível. Com isso, a nova tecnologia, já aplicada pela maioria das montadoras na Europa e Japão, pode ser introduzida nos mercados emergentes, mesmo com o diesel não atingindo o máximo de 50 ppm de enxofre.

A tecnologia SCR nos permite adaptar os motores não só para a redução de consumo de combustível, mas para uma menor emissão de material particulado. A combinação de um destes motores adaptados com a tecnologia SCR resulta numa redução de até 80% de NOx e HC e de até 50% de material particulado. Algumas aplicações já demonstraram uma redução no consumo maior do que 5%, em comparação ao consumo baseado na legislação Euro 3, que é um enorme êxito na reação aos altos preços dos combustíveis e a crescente discussão sobre emissão de CO2.

Como se vê, a indústria automobilística é guiada pelas legislações de emissões e, neste cenário, a redução de emissão de CO2 é um dos nossos maiores desafios no momento. Qual é o posicionamento das montadoras quanto ao caminho para atingir as legislações de emissões? Quais são as oportunidades e os riscos? No dia 9 de outubro, o Congresso SAE BRASIL vai nos dar essa visão. Vai mostrar que o EGR (recirculação do gas de exaustão) e SCR são parte do desenvolvimento atual e futuro já de algumas montadoras, como a Scania, que com o uso destas tecnologias planeja reduzir a emissão de CO2 em 50% até 2020, por meio de medidas em várias áreas, uma delas de biocombustível, ou melhor o etanol, que já possui experiência especialmente com a tecnologia para utilizá-lo em motores diesel.

Além disso, no encontro vamos fazer um balanço da evolução dos motores diesel, enquanto motorização de veículos de passeio. Com a legislação de emissões Euro 5, os níveis de emissões foram reduzidos em até 95% comparando aos níveis exigidos nos anos 1990. Simultaneamente, o rendimento, no que tange a torque e potência, praticamente dobrou comparando com outros tipos de motorização. Ações como a recirculação do gás de exaustão entre outras em combinação com a contínua melhoria do processo de combustão diesel contribuíram para a redução das emissões. Nos veículos comerciais (estrada e fora-de-estrada) as rigorosas legislações conduzem o desenvolvimento de motores, componentes de gerenciamento do ar, sistemas de injeção e sistemas de pós-tratamento.

Nos últimos anos outras diversas tecnologias foram desenvolvidas para reduzir o consumo de combustível de motores a gasolina (sistema Otto), como injeção direta de gasolina, atuação variável de válvulas, novos sistemas de combustão como CAI e HCCI (ignição por compressão de carga homogênea) e o 'downsizing'. Portanto, incrementar a economia de combustível e minimizar a emissão de CO2 são hoje prioridades em desenvolvimento de motores e veículos.




Horst Bergmann é mediador do fórum internacional 'Trem-de-força Global', no Congresso SAE BRASIL 2008 e é consultor sênior de Veículos Comerciais, da FEV Motorentechnik



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