A demanda mundial por combustíveis alternativos coloca o Brasil diante de uma grande oportunidade que, com o interesse global por biocombustíveis, pode se transformar na 'revolução verde' que o País tanto precisa. O assunto será tema de um dos 16 fóruns do Congresso SAE BRASIL 2008, que será realizado de 7 a 9 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
No fórum 'Combustíveis Alternativos', que ocorrerá no dia 7, a utilização de combustíveis alternativos em motores de combustão interna e o papel do segmento de máquinas agrícolas neste cenário estarão em debate, levantando uma discussão sobre a compatibilidade das novas máquinas com os novos combustíveis, seja no que se refere a seu uso propriamente ou quanto à capacidade de produção e produtividade dessas máquinas.
Participam do fórum Caio Carvalho, vice-presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), e Fernando Lopes, diretor da Key Associados, que falará sobre MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo).
"Como se trata de demanda mundial, o volume de utilização destes combustíveis é tão grande que surgem dúvidas a todo o momento. Será que o Brasil tem capacidade de produzir tanto biocombustível? Seja qual for a resposta, sabemos que estamos diante de uma grande oportunidade e precisamos fazer com que a tecnologia jogue a favor dessa nova fase, consolidando a posição do Brasil como líder no desenvolvimento de soluções limpas baseadas em biocombustíveis", afirma Vicente Pimenta, diretor do Comitê de Máquinas Agrícolas e Construção do Congresso SAE BRASIL .
Base de fornecimento - O Comitê de Máquinas Agrícolas e Construção também apresentará um painel sobre o desenvolvimento da base de fornecedores brasileiros do segmento. "A baixa competitividade do 'supply chain' é o principal entrave para a indústria nacional competir lá fora", conta Pimenta.
Segundo o Vicente Pimenta, há atualmente em aplicações rodoviárias e fora-de-estrada, equipamentos representantes do estado da arte mundial, numa combinação de alto desempenho com baixo índice de emissão de poluentes. "Com base no parque instalado no Brasil, poderíamos ser fonte de distribuição de equipamentos também para outros países, mas isso não ocorre devido a baixa competitividade da cadeia de suprimentos do setor", diz.
Para falar sobre desenvolvimento da base de fornecedores, foram convidados Devanir Brichesi, presidente da ABIFA (Associação Brasileira de Fundição); Carlos Coso, gerente de Compras Globais da Caterpillar Brasil; e Eurimilson João Daniel, diretor da Escad Rental, que debaterão como quebrar esse ciclo e transmitir confiança ao empresário para que invista em qualidade e produtividade, necessários para o desenvolvimento e, assim, as empresas ganhem competitividade.
Além de máquinas agrícolas e construção, os 16 fóruns do XVII Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL irão contemplar as áreas de veículos comerciais, transportes, gestão, educação, aeroespacial, veículos de passeio, manufatura, duas rodas e ferroviário.
Uma exposição com as últimas tecnologias desenvolvidas pelas principais marcas do setor da mobilidade do País e Exterior, entre montadoras, sistemistas e demais empresas do segmento, todas interessadas em mostrar produtos, tecnologias e serviços em seu estado de arte também foi programada. O Congresso SAE BRASIL 2008 apresentará, ainda, 120 trabalhos técnicos, de profissionais de indústrias e universidades, sobre veículos de passeio, comerciais e fora-de-estrada, aeroespacial, ferroviário, hidroviário e aeroespacial, no âmbito de chassis/cabine, combustíveis e lubrificantes, eletroeletrônica, emissões, ensaios, gestão, manufatura, materiais, meio-ambiente, motores, projetos, qualidade e produtividade, ruídos e ergonomia, segurança e ergonomia, suspensão, tecnologia da informação e transmissões.
Sob o comando da engenheira eletrônica Flávia Piovacari e com o tema 'Projetos globais: oportunidades e desafios para a engenharia da mobilidade', o Congresso é dirigido a executivos, engenheiros, representantes do governo, consultores e acadêmicos de toda cadeia automotiva.
Para Vilmar Fistarol, presidente da SAE BRASIL, o congresso reflete o desenvolvimento tecnológico da indústria da mobilidade brasileira, ao apresentar a tecnologia em seu estado da arte. "É um excelente espaço de networking e também para os profissionais se atualizarem tecnicamente por meio das sessões técnicas e dos fóruns de debates", afirma Fistarol.
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