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 Release
03/09/2008
Setor automotivo deve se preparar para o impacto das megatendências globais, dizem especialistas

O volume de automóveis produzidos em todo o mundo não pára de crescer. Em 2008, a produção mundial deve atingir 75 milhões de unidades e a previsão é que em 10 anos o volume alcance 99 milhões de veículos. Apesar dessa previsão otimista, Jaime Ardila, presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, afirmou durante o Simpósio SAE BRASIL Tendências e Inovação no Setor Automotivo, realizado neste dia 1º de setembro, em São Paulo, que existe um conjunto de fatores internacionais desfavoráveis no momento. “No Brasil o quadro é positivo”, assegurou, dizendo que a região está entre as prioridades da companhia.

Para se recuperar da crise nos Estados Unidos, Jaime Ardila explicou que a General Motors se concentrará na mudança do mix de produtos, com foco em veículos pequenos, médios e crossover. Dez veículos serão lançados pela GM até 2010 no mercado norte-americano. A montadora pretende desenvolver novos sistemas de powertrain e buscará maior participação em mercados emergentes, como Brasil, China, Rússia e Índia, mas descarta a produção de veículos de baixo custo, como o Tata Nano.

O presidente da GM entende que, para ganhar competitividade, o Brasil precisa avançar nas exportações, hoje prejudicadas pelo câmbio, e adiantou que a empresa terá toda a linha da marca Chevrolet renovada até 2012 no País. "O Brasil é o terceiro mercado mais importante, depois dos Estados Unidos e a China", afirmou. O executivo revisou as projeções para o mercado doméstico este ano: venda de 3,03 milhões de unidades e produção de 3,3 milhões de veículos. Os números são um pouco menores do que os previstos pela Anfavea em junho.

Wim Van Acker, sócio-diretor da Roland Berger, indicou que o setor automotivo é afetado por megatendências globais como o aumento da população, maior urbanização, políticas ambientais, aumento do consumo de energia, segurança e maior conectividade. Advertiu que há reservas de petróleo para 39 anos e “não podemos esperar para desenvolver alternativas”. Para ele, os carros devem ser mais leves e mais eficientes no uso de combustíveis. "As tecnologias de powertrain alternativas ganharão importância em todo o mundo. Grandes montadoras já anunciam motores elétricos ou híbridos plenos como soluções para reduzir a emissão de CO2”. Ele afirmou que esses propulsores serão eficientes se aplicados de maneira correta.

Crescimento – Letícia Costa, vice-presidente da Booz & Company, lembrou que o crescimento acelerado no Brasil gerou um estresse na cadeia de suprimentos para atender o mercado. Para evitar gargalos, os fabricantes elevaram os investimentos no aumento da capacidade. "Um dos principais desafios no momento é diminuir bastante o custo da não-qualidade. Hoje é ele quase 2% do faturamento do setor, que neste ano deverá ser de R$ 75 bilhões", alertou.
André Nascimento, presidente da Plascar, também falou sobre qualidade na produção: "Atacamos o problema de frente, promovendo sessões diárias sobre o tema na empresa", disse.

Flavio Del Soldato, presidente da Usiparts, ressaltou que o setor está preparado para atender a alta demanda e prevê um menor ritmo nas linhas de montagem. "Essa pseudo-crise que teremos agora será útil para resolvermos os problemas de competitividade, já que teremos de conviver com um crescimento de 5% ao ano", afirmou.

O simpósio também apontou uma mudança do perfil do consumidor, que agora valoriza mais itens de segurança como o airbag e freio ABS. "Em 2001 os airbags representavam apenas 10% da demanda. Mas devem saltar para 30% em 2010", ressaltou Gárbor Deák, diretor da SAE BRASIL. Para Moisés Bucci, presidente da TRW, por força da lei ou pela demanda do consumidor, o uso destes itens no veículo será realidade no Brasil nos próximos anos.

Engenharia competitiva – A engenharia brasileira está confirmando sua competência mundialmente. Para Renato Mastrobuono, diretor de Engenharia da Iveco, a criatividade brasileira é o fator mais vantajoso na competição pelo desenvolvimento dos veículos. Ele também disse que o conceito de veículo mundial não existe mais. "Não há como um produto atender às mais diferentes necessidades e especificidades de cada um dos mercados, como condição das estradas, legislação e diversidade em combustível", afirmou. O executivo propôs uma fórmula para enfrentar a competição global: aliar investimentos e credibilidade com inovação, mais agilidade e criatividade.

Já Volker Barth, CEO da RM Systems LLC, analisou o potencial de crescimento do mercado automotivo russo e do interesse mundial por aquela região. "Todos querem participar daquele mercado, mas há questões culturais em jogo e excesso de burocracia. Há também limitações na cadeia de suprimentos e problemas de crédito", disse, ressaltando que a Rússia precisa investir mais em tecnologia.

Ao discorrer como gerenciar a indústria automotiva em tempos de turbulência, Anand Sharma, presidente e CEO da TBM Consulting, afirmou que a indústria precisa se aproximar mais dos clientes, sentir suas necessidades e descobrir o que eles querem. "Há ainda pouca ação da alta gerência para a inovação de valor", completou Anand Sharma, durante o simpósio realizado pela SAE BRASIL.




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