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 Release
20/08/2008
A mobilidade urbana pede socorro

Por Evandro Maciel*

O tráfego urbano se transformou num dos grandes problemas da humanidade. Afeta todas as classes sociais, as categorias profissionais, a qualidade de vida e gera custos sociais tangíveis e intangíveis. Provoca mudanças culturais e comportamentais de todas as formas, tais como a proliferação dos escritórios virtuais, o maior uso da Internet para fins comerciais e uma intensa utilização de teleconferências. A movimentação física nos grandes centros urbanos está comprometida.

O governo, em todos os níveis, tem dificuldades de adaptar a infra-estrutura à crescente frota urbana. Nos últimos 10 anos, enquanto a frota cresceu 25%, a infra-estrutura cresceu somente 6%. Para se ter uma idéia do que isso significa, somente a cidade de São Paulo adiciona cerca de 800 carros por dia na sua frota de mais de 6 milhões de veículos. Alguns especialistas alertam que, se tudo continuar exatamente como está, a cidade pára em cinco anos.

Os prejuízos recorrentes das filas de carros parados ultrapassam as fronteiras das ruas e atrapalham a economia social. Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, o trânsito gera um custo de R$ 4,1 bilhões por ano, sem considerar os gastos com manutenção do pavimento de ruas, semáforos, entre outros. Um outro estudo, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e divulgado este ano, vai além e estima que as perdas atinjam R$ 33,5 bilhões por ano: R$ 27 bilhões que se deixa de produzir enquanto está parado no congestionamento e R$ 6,5 bilhões resultantes do aumento de gastos com combustíveis, saúde pública e transporte de cargas.

A solução, infelizmente, não é simples, nem imediata e muito menos barata. Depende de ações coordenadas e integradas de vários setores do governo, da sociedade e da indústria. Uma das ações que a Engenharia da Mobilidade está propondo é o desenvolvimento de veículos urbanos, ultracompactos e com grande número de tecnologias embarcadas, que aumentam a interação do veículo e passageiros com sistemas de informações virtuais. Além destas, outras tecnologias tentam aumentar o conforto interno para amenizar o desgaste e a perda de tempo durante os deslocamentos.

Algumas tecnologias já estão disponíveis e ajudam muito no tráfego urbano, como melhor ergonomia, sistemas de direção assistida, câmbios automáticos ou automatizados, ar condicionado eletrônico, vidros laminados com películas isolantes de calor, melhores materias para isolamento térmo-acústico, novos materiais para os painéis internos, computador de bordo interagindo com celulares e sistemas de sonorização interna.

Outra proposta é a maior interatividade do veículo e ocupantes com sitemas de GPS e Internet, permitindo aos condutores determinarem rotas alternativas para minimizar os engarrafamentos e lentidões, além de outras atividades que podem ser realizadas em tempo real.

Já o governo está contribuindo, embora com atraso e limitações, com a utilização de tecnologias para melhor controle de tráfego, através da oferta de informações em tempo real, semáforos inteligentes, vias expressas, eliminação de gargalos, entre outros.

O Congresso SAE BRASIL, que será realizado de 7 a 9 de outubro, em São Paulo, vai tratar deste tema com representantes de entidades que podem contribuir para a formulação de um plano de ação estratégico. Apesar das previsões pessimistas, todos os elos desta equação estão trabalhando para melhoria da mobilidade urbana, que além dos aspectos técnicos, deve envolver toda a sociedade.


*Evandro Maciel é diretor do Comitê Veículos de Passeio do XVI Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL




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