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 Release
05/08/2008
Globalização versus regionalização de veículos comerciais

Por Rogério Pires *

A base para o nascimento de qualquer veículo envolve a combinação de inúmeras informações, sejam globais ou regionais. Neste sentido, o grande desafio da globalização é encontrar um equilíbrio entre custos e tecnologia para a realização de cada projeto. A tão falada “tropicalização” já não existe e no âmbito dos veículos comerciais isso é ainda mais complexo, pois cada mercado tem características muito particulares quanto à logística no transporte de carga ou de pessoas.

A globalização possibilitou o intercâmbio de inúmeros elementos tecnológicos, que tornam nossos caminhões e ônibus ainda mais eficientes. No entanto, é preciso determinar a medida adequada para cada aplicação. Regionalização e especialização podem ser as palavras-chave deste processo.

A engenharia da mobilidade brasileira tem mostrado alta capacidade na adequação de veículos cujos projetos nascem no Exterior. Além disso, temos muita competência no desenvolvimento local de soluções de mobilidade, mas os conflitos ainda são inevitáveis.

No caso dos veículos que nascem fora do Brasil, todo ‘take-out’ tecnológico traz custos para adequação da produção local e, em alguns casos, pode gerar um desequilíbrio funcional em aplicações específicas. Um dos exemplos mais recentes é o dilema relacionado a freios a disco para veículos comerciais. Por que uma solução tecnológica tão consolidada lá fora passou a representar um problema nas aplicações de nosso mercado? Por outro lado, como avançar em sistemas de segurança operacional sem ter como base este sistema de freios? Isso, sem questionar se haverá custos para os frotistas que não podem operar com veículos mais seguros.

Já para os veículos desenvolvidos no Brasil, o mercado de exportação demanda, em muitos casos, um take-in tecnológico. Novamente, custos são agregados ao projeto e ao processo produtivo. Neste ponto, é difícil compreender a razão pela qual o mercado de exportação é muito mais exigente, sob o ponto de vista tecnológico, do que o mercado interno, já que muitas vezes temos condições semelhantes de aplicação.

Aqui podemos utilizar o exemplo das transmissões automáticas, em que a maioria dos ônibus urbanos exportados é equipada com esta tecnologia, mas no Brasil menos de 10% da renovação de frota considera este equipamento um recurso tecnológico. Trago mais um questionamento a você, leitor: por que este tipo de equipamento pode gerar benefícios operacionais lá fora e representa um “mito” aqui no Brasil?

Para buscar respostas para estas perguntas, o Comitê de Caminhões e Ônibus, do Congresso SAE BRASIL 2008, agendado para 7 a 9 de outubro próximo, fará um debate aberto com especialistas do setor, representantes de montadoras e frotistas, com o painel “Veículos Comerciais - Custos e Benefícios da Globalização”. Vamos discutir formas de alcançarmos este equilíbrio, e também apresentar temas como a viabilidade de freios a disco, combustíveis alternativos e suspensão a ar. Participe.

* Rogério Pires é chairman do comitê Caminhões e Ônibus, do Congresso SAE BRASIL 2008.



Mais informações à imprensa:
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A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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