São Paulo, 27 de setembro de 2007 – “A Baixada Santista é a bola da vez”, enfatizou Mário Guitti, superintendente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, em sua apresentação durante o 1º Encontro de Reparadores da Baixada Santista e Região, que reuniu mais de 120 profissionais do setor nesta terça-feira, 25, no auditório do SENAI Santos, na Ponta da Praia.
De acordo com Guitti, a Baixada Santista receberá, nos próximos cinco anos, investimentos na ordem de R$ 10,2 bilhões em diversos setores da economia, o que vai gerar cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos. “Com isso, temos uma expectativa de crescimento da frota na região, que hoje é de 500 mil veículos, para 625 mil, nos próximos cinco anos”, afirmou o superintendente do IQA. “Um crescimento muito acima da média nacional”, revelou.
Diante do cenário, Guitti alertou sobre a necessidade de garantir ao consumidor, através da certificação, serviços de qualidade, desde o atendimento na recepção e formação técnica dos funcionários, até a entrega do veículo para o cliente devidamente reparado. “A certificação é um reconhecimento público da qualidade dos serviços e produtos”, afirmou.
Realizado pelo IQA, Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), e as regionais Santos do SENAI, FIESP e CIESP, o encontro, patrocinado pela Porto Seguro, contou ainda com apresentações de Sérgio Alvarenga, diretor do Sindirepa-SP, que fez uma análise do setor, retratou a evolução tecnológica dos veículos e reforçou a necessidade da atualização profissional das pessoas que trabalham com reparação veicular.
Na seqüência, Waldemar de Oliveira Júnior, diretor do SENAI Santos, falou sobre os diversos cursos que o SENAI oferece para quem trabalha com reparação automotiva, como os de sistema de alimentação e ignição, alinhamento e balanceamento de rodas, eletroeletrônica veicular, funilaria e pintura automobilística, injeção eletrônica, mecânica básica, motor e transmissão, motor e transmissão diesel, som e alarme, e suspensão, direção e freios.
Já Antonio Carlos Fiola da Silva, presidente do Sindirepa-SP, reforçou a apresentação de Sérgio Alvarenga, diretor do mesmo sindicato, sobre a evolução tecnológica dos veículos, ao apresentar dados quantitativos do setor. Segundo ele, 17% das oficinas estão no estado de São Paulo, que possui 50% da frota de veículos do País. “O setor sofre um encolhimento quase obrigatório”, afirmou Fiola.
O presidente do Sindirepa-SP mostrou ainda a necessidade de as oficinas reparadoras certificarem-se, agregando valor aos serviços prestados para conquistar e fidelizar o cliente, além de destacar a singularidade da profissão. “Temos um desafio pela frente que é gerenciar um negócio com características únicas, como o nosso, em que o cliente sente segurança em falar com o dono da oficina”, afirmou. “Por isso, é preciso pensar sempre: o que mais posso fazer pelo meu cliente?”, disse.
A última atividade da noite, um painel de perguntas e respostas, contou com a participação de Ronaldo Forte, presidente do CIESP Santos, que endossou a apresentação de Mário Guitti, do IQA, a respeito das oportunidades que os empresários do setor de reparação veicular terão a partir dos inúmeros investimentos que a região está recebendo.
O painel contou ainda com a participação de Paulo Santo Mauro, do Centro Automotivo Ana Costa, Wilson Rodrigues Trindade, da Omedi, e Rafael Solimene, da Solimene Serviços Automotivos, que deram depoimentos sobre a importância da certificação como diferencial competitivo e ferramenta de auxílio à gestão do negócio. |