Home | Institucional | Clientes | Releases | Artigos | Produtos e Serviços | Contato

 Release
14/11/2006
Ônibus a hidrogênio vira realidade no Brasil

Primeiro protótipo com emissão zero de poluentes fica pronto em 2007 e entrará em operação no início de 2008

O Ministério de Minas e Energia e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) lançam hoje o projeto do primeiro ônibus com célula a combustível hidrogênio do Brasil, com emissão zero de poluentes, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Global Environment Facility (GEF) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Com o objetivo de desenvolver uma solução mais limpa para o transporte público urbano no Brasil, avaliar e estabelecer as exigências técnicas mínimas para garantir a durabilidade do veículo e torná-lo economicamente competitivo, o Projeto Estratégia Energético-Ambiental: Ônibus com Célula a Combustível Hidrogênio consiste na aquisição, operação e manutenção de até cinco veículos, mais a estação de produção de hidrogênio e abastecimento dos ônibus, que serão utilizados no Corredor Metropolitano São Mateus/Jabaquara durante quatro anos.

“A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é a que concentra a maior frota de ônibus do mundo, com grande impacto para o meio ambiente, e isso foi fundamental para a escolha do Brasil pelo PNUD/GEF como sede para o desenvolvimento de tecnologias limpas no transporte de passageiros”, afirma Márcio Schettino, e gerente de Desenvolvimento da EMTU/SP, ao lembrar que a frota paulistana está estimada em 30 mil ônibus.

“Imagine uma cidade sem o barulho de carros e ônibus, com ar puro e ganho de qualidade de vida para toda a população. Estes são os benefícios diretos que os veículos movidos a hidrogênio oferecem para a sociedade, pois utilizam combustível extremamente limpo, que pode ser obtido por meio de várias fontes renováveis como energia solar, eólica, hidroelétrica e biomassa (etanol)”, afirma Schettino.

O projeto, que terá investimentos na ordem de US$ 16 milhões, contará com a participação de um consórcio de oito empresas: AES Eletropaulo, Baallard Power Systems, EPRI International, Hydrogenics, Marcopolo, Nucellsys, Petrobras Distribuidora e Tuttotrasporti, empresas líderes mundiais nos segmentos em que atuam.

Projeto coloca o Brasil em posição de destaque mundial

A escolha do projeto brasileiro do ônibus com célula a combustível hidrogênio não foi por acaso, mas, sim, por o País possuir aspectos econômicos e ambientais importantes que, segundo o PNUD e o GEF, justificam o investimento. O desenvolvimento desta tecnologia colocará o Brasil no mesmo patamar de países do Primeiro Mundo, além de atestar a competência da engenharia brasileira.

Entre os aspectos econômicos, destaque para a importância do papel dos ônibus no transporte urbano brasileiro e a elevada produção e consumo deste tipo de veículo, que colocam o Brasil como líder mundial. Segundo dados da EMTU/SP, em 2005, o Brasil produziu cerca de 23 mil ônibus e, só na Região Metropolitana de São Paulo circulam aproximadamente 30 mil veículos desse tipo.

Já no quesito ambiental São Paulo tem um dos maiores problemas de poluição mundial, sendo que os veículos motorizados são responsáveis por 90% das emissões de poluentes na atmosfera, por serem movidos a diesel, combustível com alta taxa de emissão de NOx e particulados. A favor do Brasil, estão as várias fontes de hidrogênio e o fato de o País ser líder na redução de gases do efeito estufa, por meio do uso de energia hidroelétrica e do etanol.

“Um aspecto importante deste projeto é tornar a tecnologia da célula a combustível a hidrogênio acessível para produção e consumo em larga escala e por isso o projeto brasileiro contará com características técnicas singulares e pioneiras”, revelaMônica Saraiva Panik, gerente de projeto do Consórcio.

Inovação – Experiências com veículos a hidrogênio têm sido realizadas no mundo inteiro. O grande trunfo do projeto brasileiro é a utilização de células combustíveis já aplicadas em automóveis – que estão em estágio de desenvolvimento avançado e atualmente são bastante compactas e leves, em conjunto com um banco de baterias, tornando assim o veículo híbrido ()(célula/bateria).

Esse sistema permite uma redução de consumo de hidrogênio por meio do aproveitamento da energia de frenagem. A média de consumo de hidrogênio esperada é de 14 kg de hidrogênio a cada 100 km rodados. “Um dos objetivos é tornar o ônibus a hidrogênio um veículo comercialmente competitivo em relação aos movidos a diesel”, afirma Schettino.

Nos ônibus a diesel, a eficiência energética é de 30%, isso representa que a cada três litros de combustível, apenas um é aplicado efetivamente na tração do veículo. Já no ônibus a hidrogênio a eficiência é de 50%, com emissão zero de poluentes. Outro ponto positivo é que o ônibus a hidrogênio é mais silencioso do que o convencional.

Com essa característica, os ônibus a célula combustível a hidrogênio brasileiros, que terão 12 metros de comprimento, capacidade para 90 passageiros e autonomia de 300km, circularão em um trajeto que mede 33 quilômetros, trabalharão com o conceito de redundância, com dois motores elétricos, duas células de combustível a hidrogênio e um banco de baterias.

Hidrogênio limpo - Além dos veículos, o projeto prevê a construção de uma estação de produção, armazenamento e abastecimento de hidrogênio, obtido por meio de eletrólise, processo em que a água, com o uso da energia elétrica, sofre a separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio. A escolha da eletrólise como técnica para obtenção do hidrogênio foi feita por este ser um processo limpo, de tecnologia bem conhecida e comercialmente disponível.

Outro fator importante na escolha da eletrólise foi o fato de o Brasil possuir grande capacidade de geração de energia elétrica por meio de usinas hidroelétricas, sendo que 92% da eletricidade brasileira provém deste tipo de fonte.


Consórcio de líderes atua no projeto brasileiro

As oito empresas que formam o consórcio e participam do Projeto Estratégia Energético-Ambiental: Ônibus com Célula a Combustível Hidrogênio são líderes mundiais nos segmentos que atuam e foram divididas em dois grupos, um que vai tratar da preparação do ônibus e outro responsável pela infra-estrutura de geração, abastecimento e estocagem do combustível. Todo o gerenciamento do projeto e a liderança do consórcio estão a cargo da norte-americana EPRI International, com filial no Brasil.

Assim, envolvidas com o ônibus a hidrogênio estão a canadense Ballard Power Systems, que faz o design, desenvolvimento e fabricação das células a combustível tipo PEM, a alemã Nucellsys, responsável pelo desenvolvimento, fabricação e engenharia de aplicação dos sistemas de célula a combustível, e as brasileiras Marcopolo, que se incumbirá da fabricação da carroceria e seus componentes, e a Tuttotrasporti, que fará o chassis e a integração completa do veículo.

Quanto à infra-estrutura, os parceiros são a Hydrogenics (Canadá), companhia que produzirá o eletrolisador, os tanques de armazenagem e todo o equipamento necessário para o abastecimento dos veículos, os chamados dispensers, a Petrobras Distribuidora, responsável pela instalação e operação da estação de fornecimento de hidrogênio, e a AES Eletropaulo, empresa responsável pela especificação da sub-estação, conecção e qualidade e disponibilidade de energia elétrica.

O projeto tem como principais financiadores o GEF/PNUD e o FINEP, do Ministério da Ciência e Tecnologia. O GEF é uma organização financeira independente que destina fundos para países em desenvolvimento investirem em projetos que beneficiam o meio ambiente global.


ÔNIBUS BRASILEIRO A HIDROGÊNIO


Imagine uma cidade sem barulho de carros e ônibus. Você os vê andando, mas
não os ouve. Imagine uma cidade sem poluição de ar. Imagine o que isso pode significar para a qualidade de vida e saúde das pessoas que moram nesta cidade. Imagine que este ônibus é movido a hidrogênio e oxigênio do ar e que o hidrogênio pode ser produzido de diversas fontes renováveis (através de energia solar, eólica, hidroelétrica e biomassa – etanol).

O Ministério de Minas e Energia (MME), em conjunto com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Global Environmental Facility (GEF) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) estão dando andamento ao projeto Estratégia Energético – Ambiental: Ônibus com Célula a Combustível Hidrogênio, o qual representa o ponto de partida para o desenvolvimento de uma solução mais limpa para o transporte público urbano no Brasil.

O projeto consiste na aquisição, operação e manutenção de até cinco ônibus com célula a combustível hidrogênio, mais a estação de produção de hidrogênio por eletrólise e abastecimento dos ônibus, além do acompanhamento e verificação da infra-estrutura de abastecimento e do desempenho desses veículos, que serão utilizados no Corredor Metropolitano São Mateus / Jabaquara (SP), durante quatro anos, com o intuito de:

· desenvolver meios de transporte coletivo com emissão zero de poluentes e que contribuam na redução dos níveis de dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx), material particulado, óxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC).;
· obter conhecimento dessa tecnologia mundialmente inovadora, permitindo ao Brasil ocupar uma posição de destaque em virtude de seu mercado em potencial;
· desenvolver tal tecnologia no Brasil, junto às operadoras de ônibus, fabricantes, universidades, escolas, visando criar um novo mercado;
· desenvolver especificações brasileiras para produção, manuseio e aplicação estacionária e veicular possibilitando o desenvolvimento e utilização do hidrogênio com segurança e eficiência.

O passo mais importante foi dado em maio de 2006 com a assinatura do contrato de fornecimento do primeiro ônibus e de toda a infra-estrutura necessária do hidrogênio para operá-lo a partir de novembro de 2007. O contrato foi assinado com um consórcio constituído pela seguintes empresas:

AES ELETROPAULO - especificação da subestação, conexão, qualidade e disponibilidade de energia;
BALLARD POWER SYSTEMS - design, desenvolvimento e fabricação da célula a combustível;
EPRI – gerenciamento do projeto e líder do consórcio;
HYDROGENICS - fabricante do eletrolisador e equipamentos da estação de abastecimento de hidrogênio;
MARCOPOLO - fabricante da carroçaria e seus componentes;
NUCELLSYS - desenvolvimento, fabricação e engenharia de aplicação dos sistemas de célula a combustível;
PETROBRAS DISTRIBUIDORA - integradora e operadora da estação de abastecimento de hidrogênio;
TUTTOTRASPORTI - integradora do ônibus completo e fabricante do chassis.

O projeto brasileiro foi escolhido pelo PNUD/GEF em função de alguns aspectos importantes:

Aspectos Econômicos:

· O Brasil é uma economia emergente;
· Os ônibus possuem papel importante no transporte urbano brasileiro;
· O Brasil é o maior mercado mundial de ônibus;
· O Brasil é o maior produtor mundial de ônibus – 19.000/ano;
· A frota de ônibus na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP é a maior concentração no mundo.



Aspectos Ambientais:

· São Paulo tem um dos maiores problemas de poluição mundial;
· Os veículos motorizados são responsáveis por 90% das emissões de poluentes na atmosfera;
· A maioria dos ônibus é com motores a diesel com alta emissão de Nox e particulados;
· Há várias fontes de hidrogênio no Brasil;
· O Brasil é líder na redução de gases do efeito estufa através do uso de energia hidroelétrica e do etanol.

Características dos ônibus:

Tamanho: Padron 12m/3 portas
Capacidade: 90 passageiros
Ar condicionado
Piso Baixo
Potência: 210 kW
Tração elétrica híbrida (célula+bateria)
Autonomia: 300 km

Características da estação de produção e abastecimento de hidrogênio:

Produção H2 - 20 kg/dia
Consumo de energia - 65 kWh/kg H2
Pureza H2 - 99.997%
Armazenagem H2 - 72 kg a 414 bar
Abastecedor: mangueira única, dotada de sistema informatizado

O PROJETO
O projeto consiste na aquisição, operação e manutenção de até cinco Ônibus a Célula a Combustível Hidrogênio, mais a estação de produção de hidrogênio por eletrólise e abastecimento dos ônibus, além do acompanhamento e verificação da infra-estrutura de abastecimento e do desempenho desses veículos, que serão utilizados no Corredor Metropolitano São Mateus / Jabaquara (SP), durante quatro anos.

HISTÓRICO DO PROJETO
No período de 01/07/1997 a 30/04/2000, com a participação do MME, EMTU/SP, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD e recursos financeiros de US$ 344,124.00 do Global Environment Facility – GEF foi realizada a Fase 1 do projeto que teve como resultados principais:
- elaboração de estudo de viabilidade da utilização de ônibus com células a combustível hidrogênio no transporte urbano no Brasil; e
- apresentação de proposta de projeto, Fase 2, para uma demonstração operacional de utilização de ônibus com célula a combustível hidrogênio e unidade de produção de hidrogênio por eletrólise instalada em uma garagem.
Os resultados da Fase 1 foram apresentados ao GEF e aprovados em dezembro de 1999, ratificado em dezembro de 2000, para iniciar a Fase 2.

A Fase 2 do projeto teve início no segundo semestre de 2001 e prevê a aquisição, operação e manutenção de até 5 ônibus com célula a combustível hidrogênio, mais a estação de produção de hidrogênio e abastecimento dos ônibus, e também no acompanhamento e verificação do desempenho destes ônibus, bem como da infra-estrutura de hidrogênio instalada.
Os ônibus serão utilizados no Corredor Metropolitano São Mateus / Jabaquara da EMTU/SP, durante 4 anos.

Os objetivos do projeto são:
· desenvolver meios de transporte coletivo com emissão zero de poluentes e que contribuam na redução dos níveis de dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx), material particulado, óxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC);
· obter conhecimento dessa tecnologia mundialmente inovadora, permitindo ao Brasil ocupar uma posição de destaque em virtude de seu mercado em potencial;
· desenvolver a tecnologia no Brasil, junto às operadoras de ônibus, fabricantes, universidades, escolas, visando criar um novo mercado;
· desenvolver especificações brasileiras para produção, manuseio e aplicação estacionária e veicular, possibilitando o desenvolvimento e utilização do hidrogênio com segurança e eficiência.

Para a realização desta fase foram assinados entre MME, EMTU/SP, PNUD e FINEP, todos os documentos e convênios necessários. Assim sendo, foram assinados:
§ Documento do Projeto – PRODOC - assinado em 25/10/2001;
§ Convênio entre a EMTU e o MME - assinado em 01/11/2001;
§ Convênio entre MME e FINEP - assinado em 26/03/2002.

Em 16/01/2002, foi publicada Manifestação de Interesse para avaliação do mercado e a tentativa da formação de consórcios para fornecimento. Em 2003, iniciaram-se as negociações com empresas detentoras de tecnologia que responderam à Manifestação de Interesse, para formar um Consórcio.

As negociações prosseguiram até 2006 quando o Contrato de Fornecimento dos Ônibus e Infra-estrutura de Abastecimento foi assinado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD e pelos membros do Consórcio. O projeto nessa fase foi dividido em duas etapas. A primeira consiste na implementação da infra-estrutura de hidrogênio e a fabicação e teste de um ônibus protótipo que irá definir o projeto técnico final para os outros ônibus que serão fabricados e testados na segunda fase.

O projeto estabeleceu uma estratégia, visando criar grande interesse na participação das empresas, de forma a proporcionar uma nova oportunidade de se estabelecer mais um passo de desenvolvimento dessa tecnologia, além dos projetos já em andamento no mundo. Desenvolvimento este, no sentido de melhorar o desempenho do veículo e seus custos de produção futura.

Além disso, possibilitar uma grande participação de fabricantes nacionais, de maneira a fortalecer a imagem do projeto, não só internacionalmente, mas no Brasil, de forma a contribuir com a implementação dessa tecnologia a médio prazo.

O projeto nacional vem preencher, com grande expectativa, uma lacuna no processo global de desenvolvimento da tecnologia do hidrogênio, se colocando numa posição de destaque.

PARCEIROS:

MME – Ministério de Minas e Energia é responsável pela Direção Nacional do Projeto do Ônibus a Célula a Combustível Hidrogênio. Este projeto se insere na política do Governo Federal de introdução do hidrogênio na matriz energética brasileira e a coordenação das atividades está a cargo da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, órgão do Ministério.

EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A - empresa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, é a Agência Implementadora e Gerenciadora do Projeto. A EMTU/SP é uma das maiores gestoras de transporte coletivo sobre pneus do Brasil, atuando nas três regiões metropolitanas do Estado de São Paulo: RMSP (Grande São Paulo, com 39 municípios), RMBS (Baixada Santista, com 9 municípios) e RMC (Campinas, com 19 municípios). A frota total de ônibus no sistema gerenciado é de cerca de 12 mil veículos. A EMTU vem desenvolvendo uma política ambiental para aplicar no sistema de transporte e dentro deste contexto se insere o Projeto do Ônibus a Célula a Combustível Hidrogênio.

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - é a Agência Implementadora do GEF para o projeto. O PNUD atua no apoio técnico e administrativo do Projeto e sua Unidade de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia participa no desenvolvimento do Projeto, tendo obtido sucesso na sua aprovação e financiamento pelo GEF, que é um mecanismo de financiamento internacional, em benefício do meio ambiente global.

GEF – Global Environment Facility - é o Financiador Multilateral. No âmbito do projeto, os recursos são administrados pelo PNUD. O valor destinado para o projeto é de US$ 12.3 milhões. O financiamento foi concedido pelo GEF em função de tratar-se de projeto de natureza ambiental, já que a emissão veicular é zero, e considerando-se também que o hidrogênio, combustível destinado ao veículo, será obtido por eletrólise da água, utilizando eletricidade de fonte considerada renovável, pois mais de 90% da eletricidade produzida no Brasil tem origem em usinas hidroelétricas.

FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos - é a Agência Financiadora Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. No âmbito do projeto, seus recursos são encaminhados ao MME (Ministério de Minas e Energia), que por sua vez os repassa ao PNUD, que administra estes recursos. O valor destinado para o projeto foi de US$ 3.3 milhões.

MEMBROS DO CONSÓRCIO:


AES ELETROPAULO, empresa brasileira, maior distribuidor de eletricidade da América Latina, será responsável por: (i) especificação, design e aprovação da subestação elétrica; (ii) conexão da subestação elétrica na rede; e (iii) assegurar a qualidade de energia e disponibilidade da subestação elétrica até o ponto de fornecimento.

BALLARD POWER SYSTEMS, empresa canadense, reconhecida como líder mundial no design, desenvolvimento e fabricação de células a combustível emissão zero do tipo PEM. Mais de 140 veículos movidos com célula a combustível Ballard estão hoje rodando nas ruas de várias cidades do mundo. A Ballard irá fornecer para o projeto os stacks de célula a combustível para aplicação automotiva, trazendo e disseminando sua ampla experiência adquirida durante cinco gerações de projetos de demonstração de ônibus.

EPRI INTERNATIONAL é o braço internacional do Electric Power Research Institute (EPRI), uma instituição científica de pesquisa estabelecida em 1973 como um centro independente sem fins lucrativos para a pesquisa de interesse público na área de energia. Com sua matriz em Palo Alto, California, e em Charlotte, na Carolina do Norte. A EPRI reúne empresas e instituições membros, cientistas, engenheiros e especialistas para trabalhar juntos em soluções para vencer os desafios da energia elétrica. Essas soluções cobrem praticamente todas as áreas de geração de energia, distribuição e uso, incluindo saúde, segurança e meio-ambiente. Os membros do EPRI representam 90% da eletricidade gerada nos Estados Unidos. Com sua ampla experiência na implementação e gerenciamento de grandes projetos cooperativos de tecnologia, a EPRI irá gerenciar o projeto e liderar o Consórcio, trazer experiência adquirida em projetos similares, coordenar os testes de durabilidade e avaliação, e realizar simulações que determinarão um conceito híbrido otimizado, de acordo com o ciclo de operação no corredor da EMTU.

HYDROGENICS - empresa canadense reconhecida como líder mundial no desenvolvimento e produção de sistemas de abastecimento de hidrogênio obtido por eletrólise. A Hydrogenics fornecerá os equipamentos de eletrólise, compressão, armazenagem, o abastecedor e sua competência técnica. Irá trabalhar com a Petrobras Distribuidora e a AES Eletropaulo na preparação e instalação da estação de abastecimento e no treinamento de pessoal, garantindo uma operação segura e de qualidade.

MARCOPOLO - empresa brasileira, maior encarroçadora de ônibus da América, será o fornecedor da carroçaria e seus componentes. Sua alta capacidade e infra-estrutura de produção no Brasil irão facilitar a continuidade da produção e exportação de ônibus movidos a célula combustível.

NUCELLSYS - joint-venture entre a Daimler-Chrysler e a Ford Motor Company, localizada na Alemanha, é líder mundial no desenvolvimento, fabricação e marketing de sistemas de células a combustível para aplicações automotivas, e fornecerá sistema de célula a combustível, suporte técnico para a integração do ônibus, treinamento e manutenção, trazendo e disseminando sua vasta experiência em projetos de demonstração de ônibus ao redor do mundo.

PETROBRAS DISTRIBUIDORA - maior companhia distribuidora de combustível do Brasil com mais de 7 mil estações de serviço, será a integradora e operadora da estação de abastecimento de hidrogênio, trazendo experiência do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento CENPES. Há 40 anos, a Petrobras tem sido líder na distribuição de subprodutos de petróleo no Brasil. É uma das 20 maiores empresas de petróleo no ranking internacional.

TUTTOTRASPORTI - empresa brasileira com ampla experiência no desenvolvimento, produção e modificação de chassis e em sistemas de propulsão alternativos, será a integradora do ônibus completo e combinará sua experiência com fornecedores líderes internacionalmente. A integração veicular incluirá documentação técnica, integração do sistema de célula a combustível e componentes eletroeletrônicos, testes e certificação.



Background técnico

A célula a combustível combina hidrogênio e oxigênio do ar para produzir energia elétrica de forma eficiente, sem ruído e sem combustão. Seus únicos subprodutos são água e calor, oferecendo para a indústria automobilística a oportunidade de desenvolver veículos que não emitem quaisquer poluentes.

O hidrogênio é um combustível que pode ser produzido através de fontes de energia renováveis, como biomassa, eólica e energia solar. Isso representa uma importante contribuição para a mobilidade sustentável, possibilitando a independência de combustíveis fósseis. Os veículos movidos com célula a combustível são de duas a três vezes mais eficientes do que os veículos movidos com motores de combustão interna.


A célula a combustível

O coração da célula a combustível da Ballard® é uma membrana condutora de prótons que separa dois gases, produzindo, assim, energia elétrica. A célula possui, além da membrana, duas placas estampadas com canais, por onde circulam de um lado o hidrogênio e de outro, o oxigênio. A membrana possui em ambos os lados uma camada muito fina de um catalisador a base de platina, a qual desmembra a molécula de hidrogênio em prótons (positivo) e elétrons (negativo).

Somente os prótons passam através da membrana e, combinados com o oxigênio do outro lado, formam água. A membrana não permite a passagem dos elétrons, formando um excesso de elétrons no lado do hidrogênio e falta de elétrons no lado do oxigênio, o que resulta em 2 pólos: positivo e negativo. Unindo os 2 pólos da membrana se produz corrente elétrica, a qual é usada para propulsão do veículo.

Para obter a potência desejada as células são montadas formando uma pilha que constitue um “stack”. Aumentando o número de células em um “stack” aumenta-se a voltagem, enquanto que se aumenta sua superfície aumenta-se a corrente elétrica.


O sistema

Um sistema de célula a combustível fornece hidrogênio e oxigênio ao módulo da célula a combustível na dosagem, pressão e umidade certas. Antes de chegar à célula a combustível, o hidrogênio é umidificado e regulado a uma pressão de um a dois bar. O oxigênio umidificado contido no ar ambiente é injetado com a mesma pressão, no outro lado da membrana.

O sistema NuCellSys HY-80 de célula a combustível fornece até 68 kW de corrente contínua (DC) de 250 a 450 volts. Ele tem um volume total de 220 litros e pesa 220 kg. O funcionamento do sistema é muito dinâmico, sendo capaz de alterar a potência do ponto morto a 90% em menos de um segundo.

A Unidade de Distribuição de Energia é um dos componentes do sistema. Distribui a eletricidade produzida no módulo de célula a combustível e limita a corrente ao valor tolerado pelo motor elétrico principal, compressor, bomba de refrigeração e outros componentes auxiliares. O sistema de célula a combustível inclui subsistemas e componentes adicionais como: o ciclo de arrefecimento interno, vários sensores e unidades de controle, que usam um software especialmente desenvolvido pela NuCellSys para controlar e monitorar o sistema completo.


Infra-estrutura de abastecimento do hidrogênio

O eletrolisador e o módulo de compressão produzirão 120 kg/dia de combustível hidrogênio em 20 horas de operação. O conjunto, abastecido com água e eletricidade, produz oxigênio e combustível hidrogênio. O hidrogênio será pressurizado a 430 bar e tem uma pureza maior que 99,997%, adequado aos ônibus a célula combustível.

Os sistemas de segurança incluem monitoramento de hidrogênio e oxigênio e um sistema de detecção de gás combustível, intertravado com as unidades PLC. O equipamento pode ser monitorado à distância por meio de software apoiado à web, projetado especialmente para estas unidades. O dispenser de combustível hidrogênio é projetado para abastecimento rápido do ônibus a célula combustível sem comprometimento da segurança operacional.




Mais informações à imprensa:
Maria do Socorro Diogo – msdiogo@companhiadeimprensa.com.br
Antonio Cazzali – releases@companhiadeimprensa.com.br
Alexandre Akashi – alexandre@companhiadeimprensa.com.br
PABX (0xx11) 4435-0000

 Buscar release:
   
 Perfil da empresa

Fundado em fevereiro de 2005, o Repórter Diário circula no ABC Paulista (Santo André, São Bernardo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra). O jornal tem as redações dos jornais eletrônico e impresso integradas com o foco no conteúdo regional. A versão em papel circula às sextas-feiras. No meio digital (www.reporterdiario.com.br), os leitores podem ler minuto a minuto as noticias do ABC, do Brasil e do Mundo. No final da noite, é editado o jornal eletrônico com as melhores matérias do dia e enviado para mais de 40 mil leitores cadastrados. O relatório Analytics, do Google, mostra que o site tem 220 mil acessos por mês. Já o impresso circula com 20 mil exemplares.

Divisão Assessoria de Imprensa • Rua Álvares de Azevedo, 210 • Cj. 41 • Santo André • SP • Fone/Fax (11) 4435-0000
Divisão Publicações • Rua Álvares de Azevedo, 210 • Cj. 61 • Centro • Santo André • SP • Fone (11) 4432-4000 • Fax (11) 4990-8308