Um dos destaques do 4º Colloquium Internacional SAE BRASIL de Suspensões e Implementos Rodoviário & Mostra de Engenharia, que acontece nos dias 18 e 19 deste mês, em Caxias do Sul (RS), é a apresentação do trabalho técnico ‘Australian Experience with Roadtrain’, elaborado pelo engenheiro Álvaro Menoncin, da Volvo. O ‘paper’ mostra as semelhanças estruturais do transporte de carga rodoviária entre o Brasil e a Austrália, além de fazer uma análise com os diferentes tipos de combinações veiculares utilizados nos dois países.
Com uma superfície de mais de 7 milhões de km², a Austrália conta com uma malha rodoviária de 813 mil km. Por se tratar de um país praticamente igual ao Brasil em tamanho, possui características bem próximas às nacionais quanto ao transporte rodoviário de carga. A participação fica ao redor dos 63%. O transporte rodoviário de cargas é fortemente solicitado, já que as distâncias a serem percorridas são grandes. Para percorrer o trajeto de norte a sul o caminhoneiro deve vencer 3,1 mil km, e para cruzar o país de leste a oeste são outros 4 mil km.
Assim como no Brasil, os australianos dispõem de combinações para uso urbano, de médias distâncias (Peso Bruto Total de Carga (PBTC) de até 50t), e longas distâncias (PBTC de até 68t). No entanto, utilizam uma combinação especial para atender a grande demanda de carga, normalmente dotada de veículo trator acoplado a um semi-reboque que está, por sua vez, atrelado por um sistema de cambão a outros diversos reboques, podendo chegar à carga de até 200 toneladas de PBTC, com até 53 metros de comprimento, podendo exceder esta medida em áreas remotas e com permissão especial.
“A utilização de composições especiais pode ser uma alternativa para melhorar a produtividade com o transporte e, assim sendo, a experiência australiana pode ser aproveitada no Brasil pelas semelhanças entre os dois países”, afirma Marco Camargo, presidente do Colloquium, que será realizado no Intercity Hotel (avenida Therezinha Pauletti Sanvitto, 333, Caxias do Sul – RS) e contará com a apresentação de mais 17 trabalhos técnicos.
O 4º Colloquium Internacional SAE BRASIL de Suspensões e Implementos Rodoviários também contará, no dia 18, com uma palestra de Luc de Ferran, às 9h30, e um painel de debates, às 18h, sobre a nova resolução do 184 do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), que altera as combinações de pesos e dimensões dos veículos de carga nas estradas brasileiras.
Simultaneamente, acontece a Mostra de Engenharia com a participação de 35 empresas, que apresentarão as últimas novidades em produtos e tecnologias, de montadoras a fabricantes de pneus, implementadores e encarroçadores. Já estão confirmadas empresas como Aesa, Amalcaburio, ArvinMeritor, Aspock do Brasil, Bins, Braslux, Cindumel, Civacon, Conexões Merkantil, Empresas Randon, Ford Caminhões, Grupo Delga, Haldex do Brasil HMB do Brasil, Imefer, Ingepal, Luk, Ina e Fag, National Instruments, Pirelli Pneus, Pneus Michelin, Revista AutoData, SAF, SKF do Brasil, SMARTtech, Ssab, Timken, Uniksul, Unylaser, Usiminas, V&M do Brasil, Wabco, Zegla Componentes Rodoviários, Zeyana e ZF Lemförder. O site do Colloquium é www.suspensionandtrailercolloquium.com.br
Para o engenheiro Gábor János Deák, presidente da SAE BRASIL, o Colloquium Internacional SAE BRASIL de Suspensões e Implementos Rodoviários & Mostra de Engenharia é um evento de referência no mercado internacional e proporciona à engenharia brasileira mostrar todo o potencial de desenvolvimento tecnológico no setor da mobilidade, além de possibilitar a troca de experiências com engenheiros de outros países, na busca das melhores soluções. “Encontros como o Colloquium de Suspensões colocam o Brasil na rota de congressos internacionais e isso é sinal de que temos uma engenharia competitiva”, afirma Deák.
|