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17/12/2018
Pesquisa na FSA aponta lacunas na alfabetização de surdos

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Santo André destaca a necessidade de melhoria no ensino da língua portuguesa a surdos

Santo AndréAlfabetização de surdos: práticas pedagógicas e observação discente é o título do TCC de Thatiane Fernandes Duarte, aluna do curso de licenciatura em Pedagogia, da Fundação Santo André, apresentado no CONIC-SEMESP, Congresso Nacional de Iniciação Científica, que tem como objetivo identificar talentos, estimular a produção de conteúdo científico e viabilizar projetos apresentados por estudantes.

O objetivo do estudo foi caracterizar metodologias utilizadas no ensino da língua portuguesa na modalidade escrita para surdos, e seus efeitos nos alunos. O português escrito ou oral é reconhecido pela lei 10.436 de 24 de abril de 2002 como a segunda língua do surdo no País, sendo Libras (língua de sinais) sua língua oficial no Brasil.

Para a obtenção dos dados Thatiane observou 14 aulas dadas a alunos surdos de 4º e 5º anos de um polo bilíngue da Grande São Paulo, na faixa etária de 9 a 13 anos. A estudante aplicou testes de avaliação de leitura de palavras e frases, além de compreensão de orações e elaboração de texto a partir de sequência de figuras aos alunos, e questionários ao professor, coordenador pedagógico e pais.

“Vimos que a maioria dos pais não domina Libras e as crianças ficaram aquém do esperado nas provas de compreensão de orações”, diz Thatiane. A pesquisa apurou que a professora utilizou a lousa como recurso didático em 28% das aulas e cópia de exercícios no caderno. “Em suas respostas ao questionário a professora demonstrou conhecimento das especificidades do ensino de português para surdos”, completa.

Thatiane concluiu que nos exercícios de interpretação a produção das crianças é melhor quando baseada na observação de figuras, mas a compreensão de frases que dependiam exclusivamente de texto o resultado foi insatisfatório na maioria dos casos. “Os textos produzidos pelas crianças mostraram sequência de sentenças sem coesão, mas com coerência; uso restrito de pontuação e vocabulário pobre” adverte a pesquisadora.

Para a professora doutora Marisa Sacaloski, orientadora do TCC, o trabalho se destaca por levantar questões importantes no ensino e que devem ser revistas, como a prática de metodologia. “O trabalho entre duas línguas deve ser mais efetivo por meio do uso da língua de sinais em contraposição à língua portuguesa, que têm estruturas muito diferentes” aponta Marisa.

A professora, que é também psicopedagoga, fonoaudióloga e especialista em Libras, ensina que a estruturação de sinais na mesma ordem do português deve ser evitada. “O português sinalizado (com sinais feitos na ordem da língua portuguesa) não funciona como estratégia para a aquisição do significado do texto, por isso não ajuda na compreensão”, explica. Marisa Sacaloski conta que há pouquíssimos estudos desenvolvidos sobre o assunto. “O TCC da Thatiane traz mais visibilidade a esse tema, que é muito importante”, ressalta.

Conclusões - A partir dos achados do estudo concluiu-se que:

a) Quanto às crianças a produção foi melhor quando se baseava na observação de figuras;

b) Quanto à professora verificou-se a necessidade de constante reflexão sobre a própria prática pedagógica a fim de evitar as armadilhas que as rotinas oferecem, apesar do amplo conhecimento demonstrado no ensino de língua portuguesa como segunda língua para surdos;

c) Quanto à família, o fato de os pais não saberem Libras influi negativamente no processo de aquisição da língua portuguesa pelos filhos como segunda língua, já que a falta de diálogo com interlocutores surdos resulta no baixo desenvolvimento da linguagem, fator principal para o intercâmbio entre a língua materna do surdo, Libras, e a língua portuguesa como segunda língua na modalidade escrita;

d) As práticas pedagógicas desenvolvidas e a falta de interação com adultos surdos, que se restringe ao âmbito escola, podem estar ligadas ao baixo rendimento dos alunos nas atividades de leitura e escrita, às quais estes não atribuem o devido significado, entendendo-as como meio efetivo de comunicação;

e) É desejável a realização de novas pesquisas com aumento da amostra.




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Pesquisa na FSA aponta lacunas na alfabetização de surdos
Thatiane pesquisou metodologias aplicadas ao ensino da língua portuguesa escrita para surdos
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A Fundação Santo André é uma instituição de caráter público e de direito privado. Foi criada em 1962 pela lei municipal nº 1.840, com a finalidade de manter a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FAECO), primeira escola de ensino superior da região do ABC, também originada pelo poder público municipal, em 1953. Em 1966 foi autorizada a instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL). No final da década de 1980 a instituição criou o Colégio da Fundação Santo André, de ensino médio, instalado no campus universitário para incentivar a integração dos alunos no ambiente acadêmico. O Centro de Pós-Graduação surgiu em 1990, com cursos de Atualização, Especialização e MBA. No final dos anos 1990 foi criada a Faculdade de Engenharia Celso Daniel (FAENG). Atualmente a Fundação Santo André é mantenedora do Centro Universitário, que abriga as três faculdades e o colégio.

Atualmente a instituição possui 3,2 mil alunos e oferece 29 cursos: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis e Atuariais, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Direito, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Geografia, História, Letras, Tecnologia da Informação, Matemática, Pedagogia, Psicologia, Química, Relações Internacionais, Sistemas de Informação, Tecnologia em Logística, Tecnologia da Gestão da Qualidade, Tecnologia em Gestão de RH, Tecnologia em Gestão Financeira e Tecnologia em Marketing.

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