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19/09/2018
ARTIGO - A educação básica na mira das grandes corporações

*por Ricardo Alvarez

A história da educação pública e de massa no Brasil ganha impulso com as demandas impostas pela urbanização e industrialização iniciadas com Vargas e impulsionadas com JK. O Estado é o elemento chave neste processo fomentando, ao mesmo tempo, uma nova estrutura produtiva e o devido suporte na qualificação dos trabalhadores.

O monstruoso analfabetismo vai cedendo terreno aos poucos e a manipulação das letras e números se incorpora ao cotidiano dos brasileiros. A escola, antes um privilégio dos ricos e brancos, incorpora gradativamente pobres e negros.

Este processo de ampliação não se fez sem contradições, mas a crise da educação brasileira assume maior complexidade a partir dos anos 60.

Primeiro com o golpe de 64 cujo modelo de educação militar era claramente avesso ao pensamento crítico. Na redemocratização o mantra do mercado livre do governo FHC abriu as portas para a privatização. Nos governos petistas o protagonismo do Estado na defesa da educação pública e de qualidade pouco avançou. A PEC 95 no governo Temer, que congela os gastos em educação por 20 anos, mostra que as coisas ainda podem piorar.

O quadro geral é de desespero. Com décadas de desinvestimentos, desestímulo à carreira do magistério, falta de estrutura e perda do sentido da leitura e reflexão para os nossos jovens, a crise não chega a ser surpresa. A escola pública não tem muito a oferecer num país de economia subordinada, reprimarizada e financista.

São Paulo é um caso significativo neste processo deliberado de deterioração. Aprovação automática e carreira profissional desvalorizada são símbolos do descaso que, de resto, se espalham pelo território nacional.

O ensino médio e fundamental público e de qualidade no Brasil, pela via das políticas públicas, morre aos poucos. Sobrevive pontualmente pelo esforço monumental de professores, trabalhadores e estudantes que se empenham pelo bom andamento da educação.

Escolas qualificadas para os filhos dos ricos já existem, não é de agora, mas começam a pintar os primeiros sinais de um novo modelo de gestão a partir da presença das grandes corporações no ensino básico. Mas que modelo é este?

É a reprodução do que ocorre no ensino superior privado expandido para o médio e fundamental. Passa pela destinação de verbas públicas (FIES e PROUNI readequados) às grandes corporações que assumem as escolas com a promessa da redenção.

O filme é conhecido e seu final não é feliz. Propaganda massiva que esconde um ensino de qualidade duvidosa, recursos abundantes em publicidade e garotos propaganda, corpo docente mal remunerado associado a rodízio na mão de obra, dentre outras distorções. Ou seja, o plano dos negócios se sobrepõe ao plano educacional.

A educação pública, laica e de qualidade passa pelo cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação, a saber: ensino em tempo integral, qualificação dos profissionais em educação, melhoria das condições salariais e de trabalho, investir em infraestrutura, plano de carreira, 10% do PIB investido em educação, dentre outras medidas.

Ricardo Alvarez é professor do ensino médio há 36 anos e leciona na Fundação Santo André




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A Fundação Santo André é uma instituição de caráter público e de direito privado. Foi criada em 1962 pela lei municipal nº 1.840, com a finalidade de manter a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FAECO), primeira escola de ensino superior da região do ABC, também originada pelo poder público municipal, em 1953. Em 1966 foi autorizada a instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL). No final da década de 1980 a instituição criou o Colégio da Fundação Santo André, de ensino médio, instalado no campus universitário para incentivar a integração dos alunos no ambiente acadêmico. O Centro de Pós-Graduação surgiu em 1990, com cursos de Atualização, Especialização e MBA. No final dos anos 1990 foi criada a Faculdade de Engenharia Celso Daniel (FAENG). Atualmente a Fundação Santo André é mantenedora do Centro Universitário, que abriga as três faculdades e o colégio.

Atualmente a instituição possui 3,2 mil alunos e oferece 29 cursos: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis e Atuariais, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Direito, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Geografia, História, Letras, Tecnologia da Informação, Matemática, Pedagogia, Psicologia, Química, Relações Internacionais, Sistemas de Informação, Tecnologia em Logística, Tecnologia da Gestão da Qualidade, Tecnologia em Gestão de RH, Tecnologia em Gestão Financeira e Tecnologia em Marketing.

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