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 Release
15/08/2018
ARTIGO - O livro didático na escola digital

A escola básica vive o desafio cotidiano de dar respostas às exigências da contemporaneidade, marcada por mudanças constantes, pela volatilidade da conjuntura, o uso de novas tecnologias e a conexão a um mundo online. Não são poucos nem irrelevantes os desafios. Nesse contexto, a discussão sobre o livro didático em sala de aula ganha relevância.

“Tudo ao mesmo tempo agora” dizia o título de um álbum dos Titãs do início dos anos 1990, que sintetizava a velocidade de reprodução das relações sociais. A instantaneidade e a hipervalorização do momento carregam a simbologia de uma sociedade que se transforma com rapidez vertiginosa. Para o bem e para o mal somos tomados pela sobreposição de imagens, cores e fatos em ritmo acelerado em uma intensidade assustadora.

Os estudantes que não possuem perfis nas redes sociais são tidos como alienígenas, e os que não expõem seus desejos em público como ilhas de estranhamento. Selfies em profusão e a vida privada, num clique, se torna pública.

Na escola o estudante se depara com uma lógica que viaja em outra temporalidade. Primeiro porque o processo de aprendizado não anda na velocidade do mundo das aparências, e segundo, a leitura, a absorção e a compreensão dos fenômenos maturam num ritmo bem mais vagaroso.

O choque entre as duas temporalidades se evidencia na dificuldade em absorver as novas tecnologias e, ao mesmo tempo, processar o conhecimento. Não há receita pronta de como fazê-lo.

O livro didático há muito tempo utilizado como essencial nos conteúdos em sala de aula, aos poucos, perde a capacidade de cumprir seu papel. Primeiro porque se distancia abissalmente dessa condição de um mundo online. O estudante quer saber da guerra na Síria, mas o livro chegou até Ruanda. Segundo, pela linguagem, distante da realidade dos alunos e, portanto, pouco atrativa aos seus interesses.

A falta de interdisciplinaridade ou de temas transversais em função da lógica rígida das disciplinas, herdados do positivismo, também se mostra pouco atrativa e produtiva quando se quer mostrar um mundo interligado e conectado.

Outra questão é a posição passional do estudante diante do conhecimento. O livro estrutura conteúdos que se mostram definitivos, que não comportam questionamento e nem tampouco pesquisa. A produção do saber, a partir do acúmulo que os estudantes carregam, pouco espaço tem no livro didático.

A rigor, o livro didático não é o começo e nem o fim do problema. É parte de uma estrutura educacional presa aos moldes do passado que não se modificou substancialmente à revelia do que acontece no mundo para além dos muros das escolas.

A superação dessa contradição se dará pelo acúmulo de conflitos cotidianos gerados pela divergência de interesses e uma nova síntese será gerada. Que seja a de interesse da maioria do povo brasileiro.

Ricardo Alvarez é professor do ensino médio há 36 anos e leciona na Fundação Santo André




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