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 Release
18/05/2015
Conectividade é o futuro da manufatura, dizem especialistas

São Paulo- Foi unanimidade entre os especialistas convidados do 15º Simpósio SAE BRASIL de Gestão Estratégica da Manufatura, que a conectividade na manufatura será a chave para o futuro da atividade. Realizado neste dia 12 de maio, em São Paulo, o simpósio foi aberto pelo engenheiro Frank Sowade, presidente da SAE BRASIL e diretor de Operações da Volkswagen Anchieta.

Sérgio Vezneyan, sócio-proprietário da IBS Energy, abriu o ciclo de palestras com um panorama sobre a geração, transmissão e distribuição de energia no Brasil. Para o especialista, o cenário mais otimista para o setor elétrico é o aumento importante e contínuo do dispêndio com energia elétrica no País, que chamou “inevitável”. Vezneyan destacou os aumentos tarifários para a indústria, de 40% nos 12 meses de 2014, e falou da expectativa de aumentos superiores a 15% este ano. “Digo que esse é o melhor cenário, porque o pior cenário é que, além do aumento tarifário, não estamos livres de um racionamento técnico entre 15 a 20%”, afirmou.

No painel ‘Gestão do produto e processo produtivo no ambiente PLM’, Luiz Egreja, senior sales representative Dassault Latin America, destacou que a manufatura passa por momento de renascimento em todo o mundo, com a redefinição do modelo de gestão para uma manufatura conectada e fábricas inteligentes. “Aquele modelo de algumas décadas atrás, quando os países avançados focavam no desenvolvimento da engenharia do produto, terceirizando a manufatura para a Ásia ou outras regiões de baixo custo de mão de obra, está sendo revertido. Esses países estão trazendo de volta para si a manufatura, não aquela que exportaram para China há algumas décadas, mas uma nova, conectada no modelo da Indústria 4.0”, afirmou. Para o executivo, a Indústria 4.0 se baseia na integração de 3 eixos – integração digital da engenharia de ponto a ponto ao longo da cadeia, integração vertical de rede de sistemas de manufatura e integração horizontal ao longo das redes de valor.

Para Rogério Albuquerque, executivo de contas da Siemens, as bases da Indústria 4.0 são a melhoria de eficiência no uso de energia e de processos não limitados ao chão de fábrica, lançamentos mais rápidos de novos produtos e flexibilidade das fábricas para manufaturar produtos de formas mais inteligentes. “É preciso digitalizar a manufatura, isso é pré-requisito para a Indústria 4.0”, assinalou. De acordo com o executivo é possível ganhar flexibilidade na produção com sistemas cyber-físicos (instalação física modular e um modelo digital) que facilitam a adaptação para as variáveis dos produtos.

Matheus Terra, stategic account executive da PTC, fechou o painel com foco nos desafios atuais da indústria, entre os quais enumerou times desconectados, dificuldades em controlar e compartilhar informações, pouca agilidade em promover alterações de projetos e falta de padronização nas linhas. “A geração e publicação automática das instruções de trabalho para a produção de uma ou mais plantas é fundamental para a otimização de decisões e o planejamento de produto”, afirmou.

Lucratividade
No painel seguinte, ‘Gestão da Performance da manufatura com recursos ERP’ (sistema de centralização da base de dados informações e processos de uma organização) /MES (gerencia atividades de produção que estabelece ligação direta entre o planejamento e o chão de fábrica), Todd Montpas, Automotive & Tire Market Development Manager at Rockwell Automation - Detroit (EUA), focou no tema da velocidade na manufatura para acompanhar as demandas do mercado. O executivo citou lucratividade, economia de combustível com metas severas de redução de emissões e crescentes demandas do consumidor por mais opções de produtos, como os grandes desafios atuais dos fabricantes em todo o mundo. Destacou que uma empresa conectada para a obtenção segura de informações é vital para a competitividade. “Acessar facilmente os dados em tempo real é algo imprescindível para melhores decisões. Citou também que, para a otimização das operações de fábrica, é necessário conectar pessoas, processos e tecnologias”.

Monica Eng, gerente de contas da GE, falou de tendências e trouxe sua visão de uma “fábrica brilhante”. A executiva disse que outra revolução industrial está em curso – a Internet Industrial – que considera a 3ª grande onda evolutiva da história. Segundo Mônica, entre os pilares da Internet Industrial estão a Internet das Coisas (rede viva de máquinas, dados e pessoas), Máquinas Inteligentes (com sistemas de softwares incorporados), Big Data (transformação de grandes volumes de dados em inteligência) e Ferramentas Analíticas (para conclusões a partir de análise de dados para melhoria de desempenho dos ativos). Mônica apontou tendências operacionais: mais produtos, mais rápidos; tecnologia direcionada ao centro de decisão; e conectividade.

Daniel Bio, gerente de Soluções da SAP, encerrou o painel com abordagem sobre a nova manufatura, na qual conectar informação, pessoas, e coisas é o maior recurso que já existiu para conduzir da percepção para a ação em tempo real. “O mundo está cada vez mais conectado e podemos usar isso para reagir e tomar decisões em tempo real” assinalou.

Produtividade
O terceiro painel abordou os avanços na produtividade e teve André Wulfhorst, diretor da VDI e gerente de Compras da Mercedes-Benz, como moderador. Wulfhorst destacou dado de pesquisa do Mackinsey Global Institute que aponta queda global do trabalho (população economicamente ativa) de 40% nos próximos 10 anos e lançou o desafio sobre como ganhar produtividade para manter o PIB.

Denis Pineda, gerente de Programas da Kuka Systems, falou sobre automação e produtividade. Mencionou estudos acadêmicos que mostram que o incremento da robotização de 1993 a 2007, nos EUA, Europa, Austrália e Coréia do Sul, países que cresceram na média 3,7% ao ano, contribuiu 0.37 pontos percentuais no crescimento do PIB, apontando o forte impacto da robotização sobre a economia. “Não há como conseguir produtividade sem a utilização de robôs”, afirmou o executivo. Pineda apresentou as ferramentas de comissionamento virtual (simulação e certificação dos softwares de PLC-Programmable Logic Controller e robôs integrados em ambiente virtual 3D para ganhar produtividade e reduzir riscos do projeto).

Ingo Canovas Glawe, diretor de Projetos da Porsche Consulting, mostrou o sistema operacional da Porsche AG focado em satisfação do cliente e redução de desperdícios em todos os processos. “A otimização de processos aliada à qualificação constante da mão de obra é fundamental para o aumento da produtividade”, disse Glawe. O executivo enfatizou ainda a aplicação de métodos de lean management aperfeiçoados para a complexidade da produção da empresa.

Pedro Pennacchioni, diretor da Fanuc South America, falou sobre o nível de automação da Fanuc. “Temos 2 mil robôs em nossa manufatura e 6,5 mil funcionários, 1/3 deles na sede, no Japão, onde a relação é praticamente de um robô por cabeça”, apontou.

Michael Bauer, presidente da GROB do Brasil, relatou que o grupo, com matriz na Alemanha e outras subsidiárias nos EUA e China, cresceu vertiginosamente nos últimos cinco anos. “Mesmo com oscilação no faturamento, conseguimos evoluir no Brasil. De 2008 para cá subimos 50% em produtividade. Isso é crucial para sobrevivência no País, porque o Brasil não vai mais voltar a ser uma nação barata como há 10 anos”, disse o executivo. Para ele o grande desafio no Brasil é a ociosidade, que a GROB procura compensar com exportação, além do custo de fabricação, que está entre os mais altos do mundo.

Capacitação profissional
“Há muito cursos que ensinam gestão, mas poucos ensinam a gerar inovação”, disse o professor doutor Vanderlei Bagnato, coordenador da Agência USP de Inovação, ao abrir o 4º e último painel do simpósio. Segundo Bagnato, o Brasil precisa mudar a forma de pensar na educação, gerar a cultura da inovação em todos os níveis desde a educação básica. “Ainda não conseguimos convencer os estudantes a se prepararem para ser empreendedores, para que eles sejam geradores de empregos, que tenham a ambição de serem grandes empresários”, finalizou.

Paulo Lima, diretor executivo da consultoria Staufen Táktica, falou sobre a formação das pessoas na indústria para que sejam agentes de mudanças de melhoria da qualidade e produtividade. Lima destacou os princípios do Shop Floor Management (SFM) - Comunicação Diária, Priorização dos Problemas, Go&See, Solução Estruturada dos Problemas e Confirmação dos Processos – para a formação de lideranças e para a cultura de trabalho do time.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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