Home | Institucional | Clientes | Releases | Artigos | Produtos e Serviços | Contato

 Release
10/10/2014
ARTIGO – Brasil, uma força industrial?

*Por Felipe Madeira

O Brasil vive momento curioso no campo da mobilidade. Por um lado, as notícias apresentam o entusiasmo com os novos investimentos que continuam a aportar em nosso País e a incrível representatividade do nosso mercado que atrai praticamente quase todos os players mundiais do setor. Até mesmo o programa Inovar-Auto, lançado pelo governo, tem seu espaço no rol de boas soluções e forças do mundo do automóvel.

Por outro lado a dificuldade de prever cenários, sobre a qual o governo tem sua cota de influência, o volume desanimador das exportações e a queda de produção e vendas domésticas empurram ladeira abaixo o humor dos negócios, por vezes cerceando iniciativas de sucesso e pondo em cheque os que apostaram no mercado e no País.

Temos uma indústria pujante capaz de produzir localmente com tecnologia e competência os mais variados bens de consumo. O respeito internacional também existe e é mister em alguns segmentos específicos, como o aeroespacial. Mas existe também o risco. Temos de observar com atenção as tendências que nos desafiam para manter a força industrial brasileira.

O consumo de máquinas e equipamentos de base, “máquinas que fazem máquinas”, tem sofrido redução no crescimento nos últimos anos. Uma das maiores perdas está na produção nacional de bens de capital mecânicos, uma ameaça à sobrevivência desse setor-chave para a cadeia da indústria.
Em determinados segmentos observa-se ainda a tendência de substituição da produção nacional por importados, com consequências como a perda de produtividade e a falta de modernização do parque industrial localizado. Esses efeitos podem ser transferidos em cascata para os setores de bens de produção em massa, com risco à capacidade do País de se manter entre os mais industrializados do mundo.

Outras nações não estão paradas e são concorrentes diretas do fabricante local, que atualmente não desfruta das melhores condições de competitividade. Precisamos agora de objetivos e metas permanentes, e de fazer uso de instrumentos de medição conjuntural de médio e longo prazo. O investidor só arrisca seu capital quando encontra estabilidade bastante para isso.

O Brasil tem competências que sustentam a sua indústria – crescimento sustentável, inovação tecnológica e competitividade –, que talvez só precisem de coordenação adequada. Desenvolver a capacidade de orquestrar iniciativas com mais eficiência, com um projeto de integração entre universidade e indústria, pode ser um caminho.

Boas ideias surgem no meio acadêmico, mas não é nele que se dá o desenvolvimento, cabe à indústria transformar o protótipo desenvolvido na universidade em um produto de mercado. Só assim acontece na prática o desenvolvimento tecnológico local. A cada ano instituições de ensino brasileiras formam mão de obra qualificada, mas não se observa a atração desses jovens pela indústria. Com capacidade de aplicar conhecimento eles estão em busca de desafios, querem participar do fomento de projetos novos.

Em um cenário como esse a contribuição da engenharia é fundamental para minimizar a necessidade de busca de projetos de fora do País. A fixação de engenheiros na indústria e a atualização do parque nacional viajam em paralelo com o fomento da inovação local, para a eliminação de lacunas tecnológicas e o surgimento de produtos novos e avançados.

As tendências-chave para o planejamento 2015 estarão na pauta do 11º Simpósio SAE BRASIL de Tendências, promovido pela Seção Regional de Minas Gerais, cujo tema é “Brasil, uma Força Industrial?”. O evento será realizado no dia 6 de novembro, na Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários), em Belo Horizonte, Minas Gerais.


*Felipe Madeira é engenheiro e chairperson do 11º Simpósio SAE BRASIL de Tendências.




Mais informações à imprensa:
Companhia de Imprensa
Maria do Socorro Diogo – msdiogo@companhiadeimprensa.com.br
Sara Saar – sara@companhiadeimprensa.com.br
Telefones: (11) 4435-0000/ (11) 9 4984-9581

 Buscar release:
   
 Perfil da empresa

A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

Divisão Assessoria de Imprensa • Rua Álvares de Azevedo, 210 • Cj. 41 • Santo André • SP • Fone/Fax (11) 4435-0000
Divisão Publicações • Rua Álvares de Azevedo, 210 • Cj. 61 • Centro • Santo André • SP • Fone (11) 4432-4000 • Fax (11) 4990-8308