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 Release
20/08/2014
ARTIGO-Os veículos comerciais do futuro

*por Cláudio Furlan

O aumento da população mundial traz grandes consequências e novas necessidades. É fácil identificar megatendências como a escassez de recursos naturais, legislações mais severas de emissões e novas fontes de energia, renováveis e limpas, que guiarão o desenvolvimento de produtos em futuro bem próximo. Os veículos comerciais não fogem a regra, com mudanças substanciais previstas para a próxima década.

Ao olhar para nossas grandes cidades percebemos o papel fundamental do ônibus no transporte público. Linhas alimentadoras, faixas exclusivas e corredores corroboram para sanar, ao menos em parte, as limitações do transporte sobre trilhos. Pensar no ônibus da próxima década é entender o perfil futuro da população, com tendência ao envelhecimento, e com a crescente presença feminina à frente das famílias brasileiras. É perfeitamente factível que a acessibilidade e a “feminilidade” façam parte do projeto dos novos ônibus.

O sistema é tão importante quanto o veículo, o que torna salutar os investimentos em controle de tráfego, paradas inteligentes com informações precisas sobre chegadas, rotas e destinos, além de mecanismos de prioridade como semáforos inteligentes e novos corredores. A integração entre o veículo e o controle de tráfego no futuro é um dos temas dos painéis Caminhões e Ônibus do Congresso SAE Brasil 2014.

A propulsão dos veículos do futuro passará por grandes transformações nas próximas décadas. A escassez de recursos como o petróleo somado às necessidades ambientais tem acelerado o desenvolvimento de propulsões alternativas, como a elétrica, a híbrida, e o uso de biocombustíveis. O peso total do veículo e a resistência ao rolamento, temas antes pouco relevantes, já fazem parte hoje dos novos projetos.

Desde 2012 veículos pesados incorporam avanços na redução de emissões, principalmente de NOx e de material particulado, de severidade muito maior que os gases de efeito estufa. Do ponto de vista do operador do veículo as novas tecnologias de propulsão podem, a princípio, gerar investimento inicial maior, a ser compensado pela redução do consumo.

O que se pode esperar dos caminhões do futuro? Essa pergunta deve ser respondida de acordo com o segmento. O aumento da população e as restrições ao sobrepeso trouxeram nos últimos anos mudanças no perfil de implementos, com composições de até 9 eixos e caminhões mais potentes.

É consenso que devemos avançar em segurança passiva e ativa. Controles de estabilidade e frenagem automática serão imprescindíveis nos caminhões extrapesados. A boa notícia é que somadas as tecnologias existentes o resultado é economia de combustível e uso racional do veículo. Uma das apresentações do painel de Caminhões e Ônibus, do Congresso SAE Brasil mostrará o “Supertruck” desenvolvido nos EUA, com melhorias aerodinâmicas, de redução de atrito, de programação do motor e transmissão.

No Brasil, boa parcela do mercado de caminhões é voltada para entregas urbanas. Os chamados VUC ganharam importância nos grandes centros urbanos após a restrição ao tráfego de veículos maiores. No futuro, espera-se mudanças na propulsão desses veículos, além da redução ainda maior dos limites de emissões de gases e a inclusão de ferramentas de “infotaiment”, de um simples GPS a dispositivos para otimização de entregas de mercadorias. A grande questão é como equacionar os custos das novas tecnologias, em veículos de menor valor agregado.

Na rota de tecnologias em desenvolvimento que precisam de maturação encontramos o veículo autônomo, também assunto do Painel Caminhões e Ônibus do Congresso SAE este ano, onde serão apresentados os mais recentes avanços na pesquisa sobre o caminhão autônomo. Embora nossa infraestrutura viária esteja longe de oferecer condições para essa operação, a tecnologia embarcada no veículo é disponível. É possível aplicá-la em sistemas de manobras, muito úteis no caso de biarticulados. No futuro, ainda que em poucas rotas, essa tecnologia poderá resolver um grande problema do transporte, no qual a dificuldade na contratação de motoristas é realidade.

Falar de futuro ainda remete à viabilidade de novas tecnologias em um mercado de veículos comerciais cada vez mais competitivo. Vivemos um momento em que novos fabricantes aportam por aqui por conta do potencial do mercado brasileiro, enquanto outros são céticos em projetar o futuro. Esperamos que as demandas aqui apresentadas se transformem em veículos mais seguros, econômicos, confortáveis e com menor impacto ao meio ambiente, alinhado com as megatendências que balizarão os futuros projetos.

*Cláudio Furlan é chairperson do comitê de Caminhões & Ônibus do Congresso SAE BRASIL 2014




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