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 Release
09/06/2014
Materiais e inovação são vantagem competitiva na indústria da mobilidade, conclui Simpósio SAE

5º Simpósio SAE de Novos Materiais e Nanotecnologia mostrou rotas para produtos mais leves, custos menores e mais valor agregado

Os avanços para o desenvolvimento de produtos mais leves, com menor custo e mais valor agregado foram o foco do 5º Simpósio SAE BRASIL de Novos Materiais e Nanotecnologia, realizado no dia 3 de junho, em São Paulo, com direção do chairperson Marco A. Colosio, gerente técnico de Engenharia de Produtos da General Motors do Brasil. Nas apresentações dos quatro painéis, as opiniões convergiram para o fato de que, apesar de o custo no Brasil representar uma forte barreira à competitividade, a inovação na produção local e os avanços na fabricação de materiais geraram resultados positivos. Nesse cenário, especialistas defenderam como solução o desenvolvimento de projetos inovadores para a viabilização de materiais avançados e produtos nobres, a fim de que todos os itens juntos no veículo resultem na desejada redução de custos.

Novas matérias-primas e aplicações – Luiz Depine, consultor do Centro Tecnológico do Exército, participou do painel de abertura, com representantes de universidades, institutos de pesquisa e governo, e propôs a substituição do piche de alcatrão - uma das principais matérias-primas da fibra de carbono -, pelo piche de petróleo. “A tecnologia oferece qualidade, baixo custo e está em processo de patenteamento”, destacou.

Daniel Zanetti de Florio, professor da Universidade Federal do ABC, defendeu os carros elétricos como solução de transporte “limpo” no Brasil e apontou o uso casado de baterias de lítio e células de combustível para a viabilidade e eficiência desses veículos. “Com bateria de lítio, o carregamento leva 12 horas, mas o carro elétrico pode funcionar com baterias de lítio e células a combustível”, afirmou Zanetti, que contribuiu com artigo científico sobre o tema, intitulado “Célula a combustível de óxido sólido a etanol direto operando em gradual reforma interna”, que acaba de ser publicado na revista Journal of Power Sources, da editora Elsevier.

Hugo Resende, diretor do Laboratório de Estruturas Leves do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), mostrou a infraestrutura do instituto, temas de pesquisa e o ciclo de desenvolvimento de estruturas leves.

Materiais metálicos – Inovações em materiais metálicos mais leves foram a tônica do painel seguinte, em que o engenheiro Marcelo Gonçalves, coordenador do Grupo de Trabalho Carga Seca da ABAL (Associação Brasileira Alumínio), destacou a contribuição do alumínio para as metas de eficiência energética do Inovar-Auto. Matheus Guedes, líder de Performance e Desenvolvimento da Novellis, falou da aplicação do alumínio no automóvel, e destacou as vantagens do material, como alta resistência e redução de peso acima de 40%.

Jairo Cândido, gerente de Qualidade da FBA (Fundição Brasileira de Alumínio), abordou a utilização de cavaco compactado de alumínio na fabricação de peças fundidas com melhoria no processo de fusão, que traz vantagens de redução de custo e favorece a reciclagem.

O engenheiro Jean Yamamoto, consultor da Alcoa para Novos Negócios, mostrou os principais projetos da Alcoa com tecnologias para a incorporação do alumínio na indústria automotiva, via processos de soldagem de ligas como FSW e laser.

Poliméricos e compósitos – No terceiro painel, que destacou inovações em materiais poliméricos e compósitos, Cesar Marelli, engenheiro de Desenvolvimento e Aplicação da Sabic, destacou a substituição de metais pelo plástico em peças estruturais, solução que alia melhor design e sustentabilidade para redução de peso. “Substituir uma estrutura metálica por polipropileno pode reduzir em 30% o peso, com custo igual e performance igual ou melhor”, disse.

Roberto Kenji Hayashi, gerente de Desenvolvimento de Produtos e Novas Tecnologias da Sabó, apresentou os desafios para implementação de processos nanotecnológicos, como definir a demanda e o problema tecnológico no início do projeto, competências e recursos para o seu desenvolvimento, mensuração do fenômeno e controle de processos e resultados.

Nelson Pacheco da Fonseca, diretor da Truck Bus, discorreu sobre a nanotecnologia na indústria da borracha, desenvolvimento e aplicações na produção de autopeças de antivibração. Fonseca destacou que a nanotecnologia estabeleceu novo patamar tecnológico de desenvolvimento com resultados de melhoria para a adesão metal-borracha, tratamentos de superfície e características da borracha.

Paula Kruger, engenheira de Aplicação e Desenvolvimento da DSM Engineering Plastics, mostrou o Stanyl®, tecnologia da empresa para substituição de metais por polímeros no powertrain, de fácil processamento, com alta rigidez, baixo coeficiente de atrito e resistência ao desgaste em temperaturas acima de 200°C para uma variedade de aplicações.

Anderson Maróstica, gerente técnico da Lanxess, destacou a tecnologia híbrida (metal e plástico) como tendência de potencial crescimento no mercado automotivo por suas vantagens de redução de peso e custo, integração de funções, maior precisão e capacidade de carga. “O futuro está na tecnologia híbrida com chapas de compósitos”, assinalou.

Inovação e competitividade – Lideranças de montadoras e autopeças discutiram inovação como fator de competitividade no quarto e último painel. Para Claudio Bello, diretor de Compras da GM Brasil, afirmou que toda inovação é diferencial competitivo desde que bem explorada. “Inovação requer visão dinâmica, suas bases precisam ser expandidas, e ainda há um espaço imenso para sinergias entre os setores acadêmico e industrial”, disse.

Fabio Rola, diretor comercial da Magmasolft, avaliou que a sensibilidade da indústria em relação à tecnologia e ao conhecimento tem aumentado. “Empresas de maior porte são mais receptivas à tecnologia, que também está nas médias e pequenas empresas, esse é o caminho para a competitividade”, afirmou.

André Wufhorst, gerente comercial da Mercedes-Benz Brasil, deu ênfase à necessidade de se buscar inovação em paralelo à redução de poluentes. “O Brasil tem potencial de crescimento em novas tecnologias”, destacou. Para Jesse Paegle, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Produto da Gestamp, o mercado brasileiro carece de inovações. “As regulamentações deixam lacunas para que as inovações não cheguem”, comentou. E ressaltou, ainda, a necessidade de integração da cadeia. “Ninguém vai ser competitivo sozinho”, finalizou.




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