Novas tecnologias em conectividade, desenvolvimento de transmissão e exemplo de empreendedorismo marcam as 72 equipes de universitários de engenharia, que construíram carros off road para disputar a 20ª Baja SAE BRASIL-PETROBRAS. A Competição começa nesta quinta-feira (13) e segue até domingo (16), no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), Piracicaba-SP.
As 72 equipes representam 66 instituições de ensino superior de 18 Estados brasileiros e Distrito Federal (DF).
Algumas novidades tecnológicas nos carros:
CONECTIVIDADE – Os universitários investiram fortemente em sistemas que facilitam a comunicação entre o piloto e os boxes.
As equipes Corisco, da Politécnica de Pernambuco; Mangue Baja 1, da Federal do Pernambuco; e a Piratas do Vale-Bardahl, da Engenharia de Guaratinguetá, desenvolveram recursos de telemetria. Por meio de sensores óticos posicionados na pista, o sistema captura informações do carro (temperatura do óleo, nível do fluído de freio, velocidade, aceleração e espaço percorrido) em tempo real para o box.
A equipe Bajarara, do Centro Universitário Hermínio Ometto, do Interior de SP, criou um sistema de comunicação por barramento de CAN, que permite o carro enviar dados para a equipe enquanto está na pista. Mensagens são geradas por meio de um broadcast, com um dispositivo central.
E a Zebu Baja, da Universidade Federal do Triangulo Mineiro, criou um sistema de eletrônica embarcada, em que por meio de um display de LED incorporado no protótipo que em tempo real informa ao piloto as condições do carro.
SUSTENTABILIDADE – A preocupação com o meio ambiente também está presente nos carros, como o da equipe estreante Amazon Baja, da Universidade Federal do Pará, que usou fibra de juta na carenagem do veículo.
A equipe da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp Baja SAE, construiu amortecedor em plástico e a carenagem em fibra de carbono, de vidro e de curauá, uma espécie de planta. A fibra extraída de suas folhas é muito resistente, macia, leve e reciclável.
TRANSMISSÃO – A caixa de transmissão dos carros foi desenvolvida por boa parte das equipes, como a Pantanal Baja MS, do Centro Universitário Anhanguera, de Campo Grande – Mato Grosso do Sul, o FEI Baja 1 e FEI Baja 2, do Centro Universitário da FEI, e a atual campeã, Baja UFMG, da Universidade Federal de Minas Gerais.
METALURGIA DO PÓ – Os carros das equipes FEI Baja 1 e FEI Baja 2 possuem todas as engrenagens produzidas pelo processo de Sinterização, um sistema que reduz o tempo de fabricação, desperdício de material e de energia consumida (sinterização).
ELETRÔNICA – O carro da equipe Mangue Baja1, da Universidade Federal do Pernambuco possui sistema híbrido - junção de dois sistemas diferentes – para dar suporte à bateria. Para isso, a equipe usou um conversor que transforma a energia térmica do motor em energia elétrica, ou seja, transforma calor em eletricidade, que é transferida para a bateria na alimentação do painel eletrônico do carro.
A Bajampa, equipe do Instituto Federal de Educação da Paraíba, desenvolveu sistema de aceleração sem cabo. Por meio de um sensor a posição do carro é enviada para uma central eletrônica, que ao receber a informação aciona um motor elétrico (servo-motor) que abre ou fecha a borboleta de acordo com a posição do pedal, permitindo a passagem do combustível para o motor.
PROGRAMAÇÃO
Dia 13 (quinta-feira) – Das 14h às 17h50 - avaliações de segurança e inspeção técnica.
Dia 14 (sexta) – Das 9h às 17h50 - avaliações de segurança, inspeção técnica e apresentações de conforto e projeto.
Dia 15 (sábado) – Das 9h às 10h30, repescagem de segurança. Das 11h às 16h, provas dinâmicas (dirigibilidade, conforto, tração, velocidade e subida de rampa). Das 17h às 19h, finais de apresentação de projeto.
Dia 16 (domingo) - Às 9h15 formação do grid de largada. Das 10h às 14h, enduro de resistência. Às 15h, cerimônia de encerramento.
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