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 Release
12/11/2013
O Brasil precisa avançar nas práticas sustentáveis para atrair investimentos, dizem engenheiros

No Simpósio SAE BRASIL de Manufatura Sustentável, engenheiros discutiram de que forma as empresas da região do Vale do Paraíba podem melhorar seus processos apostando em inovação e sustentabilidade

Considerar os diferentes aspectos locais na implementação de políticas sustentáveis é primordial para inovação e competitividade segundo os palestrantes do Simpósio SAE BRASIL de Manufatura Sustentável, realizado neste dia 5 de novembro, em São José dos Campos, SP. O encontro discutiu as oportunidades que o mercado possui para a adoção de conceitos sustentáveis e o quanto essas práticas melhoram os processos produtivos.

Sérgio Caracciolo, chairman do simpósio, disse que se os novos conceitos não forem adaptados às necessidades, cultura e objetivos da corporação, o projeto será em vão. “É preciso que as pessoas estejam engajadas, nenhum programa pode nascer departamentalizado, é preciso ser integrado”, comentou.

O encontro foi dividido em quatro temas. No painel “Indústria e Sustentabilidade”, Nelson de Oliveira Branco, gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade, da General Motors, apresentou o sistema de gestão ambiental aplicado nas plantas da empresa. Segundo o executivo, a adoção de práticas sustentáveis passou a ser uma obrigação da indústria. “Todos os colaboradores que integram a GM no mundo inteiro precisam seguir os princípios ambientais na execução de suas atividades profissionais diárias”, disse.

A secretária do Meio Ambiente de São José dos Campos, Andrea Francomano Bevilacqua, mostrou as oportunidades que o município oferece na questão da sustentabilidade. “A educação ambiental deixou de ser uma coisa para ser ensinada apenas na escola. A conscientização precisa ser constante e virar uma cadeia de informação e formação”, afirmou.

O gerente de Tecnologia da Embraer, Tiago Almeida, apresentou todos os aspectos da legislação da gestão ambiental, e as normas legais ligadas ao processo de fabricação de aeronaves. “É preciso ter pleno conhecimento das responsabilidades administrativas, civis e penais em torno do processo fabril das empresas. Com isso é possível adotar práticas para prevenir problemas e graves acidentes”, explicou.

Valdir Guindalini, gerente de Tecnologia para Área de Tintas Automotivas da Axalta, disse que processo de pintura automotiva sempre foi mal visto no quesito sustentabilidade, por ser poluidor. “Mas o método que implantamos, além de permitir uma redução de 18% no consumo de tintas, diminui os custos com energia elétrica e reduz a massa do automóvel em cerca de meio quilo”, defendeu.

Manufatura – No painel “Manufatura Enxuta”, Ernesto Kenji Nomura, professor da FAAP e diretor da GPS Vale Consultores Associados, e José Roberto Ferro, presidente fundador do Lean Institute Brasil Lean, discutiram a importância de implementar o Lean corretamente. Segundo os especialistas, essa ferramenta não pode ser imposta, pois precisa ser entendida e apreendida. “O aprendizado é muito importante, não adianta instituir as ferramentas sem antes fazer as pessoas entenderem o conceito”, enfatizou Nomura.

Ferro comentou que a melhoria contínua precisa ser atitude e que ela só passa ser parte da rotina diária dos colaboradores quando se torna parte da cultura da empresa. “Quando os conceitos do Lean são incorporados no dia a dia se tornam rotina. Quando conseguimos isso, a ferramenta está implantada”, ensinou.

O vice-presidente da SAE BRASIL e diretor de Operações da Planta Anchieta da Volkswagen, Frank Sowade, apresentou o programa global “Think Blue Factory”, implantado em todas as unidades produtivas da empresa. “É uma filosofia que nos permite manter uma política constante de redução de desperdício e diminuição dos gargalos da produção”, contou.

De acordo com o executivo, esse programa visa reduzir no mínimo 25% o consumo de energia, água, geração de resíduos, emissão de CO² e o uso de solvente até 2018. Sowade disse que a empresa construiu uma hidrelétrica capaz de abastecer uma cidade de até 50 mil habitantes, responsável pela geração de 18% da energia consumida pela Volkswagen.

Tecnologia – No painel “Novas Tecnologias”, Rita Binda, gerente de Engenharia de Materiais e Elementos de Fixação da General Motors, mostrou que o automóvel é sustentável. “Temos a responsabilidade de fazer com que o carro seja bom durante sua vida útil e também depois que ele for descartado”, afirmou.

A engenheira apresentou alguns materiais alternativos aplicados nos veículos da GM como, fibras naturais, pó de madeira, garrafas pet, cinza de casca de arroz e poliuretano 100% reciclado. “Apesar de o Brasil ainda não possuir uma legislação que determina a reciclagem dos veículos, já trabalhamos o conceito em nossos modelos”, apontou.

O professor do ITA, Anderson Borille, mostrou como está o desenvolvimento de ferramentas na manufatura, como impressoras 3D, que surgiram na década de 1980 voltadas à fabricação rápida de protótipos. “Os avanços tecnológicos melhoraram suas qualidades e possibilitaram novas aplicações, hoje é possível adquirir uma máquina dessas por cerca R$ 7 mil”, disse.

Givanildo Berto, engenheiro de Desenvolvimento de Processos da Embraer, mostrou um case de aplicação de automação no processo montagem da asa de avião. “Introduzimos um robô para fazer o processo de furação da asa (50 mil furos) e reduzimos em 40% o uso de óleo e de solvente, a coleta de resíduos passou a ser total e os níveis de ruídos ficaram bem menores”, contou.

Futuro – No painel “Ciclo de Vida e Eficiência Energética”, Jefferson Gomes, gerente executivo do Senai, e Antônio Renato Leite, consultor de Desenvolvimento de Mercado da Siemens, discutiram atitudes da indústria que irão impactar no futuro. Segundo Gomes, a eficiência energética está atrelada a todo processo produtivo. “É preciso ter harmonia entre responsabilidade social e ambiental com as iniciativas de alta produção e com retorno financeiro, um item não anda sem o outro”, ressaltou.

Leite lembrou que para aumentar a rentabilidade das empresas é preciso diminuir o consumo de energia, que tem crescido juntamente com os preços do serviço. “A manufatura digital permite visualizar o potencial de redução do consumo de energia e emissão de carbono na produção e logística”, afirmou.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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