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 Release
04/09/2013
SAE BRASIL discute formas de tornar a indústria automotiva brasileira novamente competitiva

Simpósio reuniu lideranças do setor automotivo em São Paulo e revelou preocupação com a competitividade com ênfase no retorno às exportações

São Paulo - Durante apresentação no Simpósio SAE BRASIL de Inovação Tecnológica e Tendências Globais realizado nesta segunda-feira, 2 de setembro, em São Paulo, Paulo Butori, presidente do Sindipeças, defendeu a sobretaxação para peças importadas como foi feito para os automóveis no Inovar-Auto.

Butori definiu a medida como um dos pilares da política industrial que o segmento de autopeças levará ao governo, e que inclui refinanciamento da dívida tributária e desoneração das exportações com contrapartida sobre o valor exportado. O executivo ressaltou a necessidade urgente de estímulos para a localização de sistemas eletroeletrônicos, fundamentais para o atendimento às novas demandas dos veículos e afirmou que a solução para a inovação tecnológica está na criação de políticas para atrair investimentos internacionais com a contrapartida da introdução de tecnologia no País, além de investimentos em educação.

Luiz Moan, presidente da Anfavea, representante dos fabricantes de veículos, abriu o ciclo de palestras do simpósio e destacou a busca de mais mercados para a produção brasileira como o desafio da entidade. Moan definiu o Inovar-Auto, o Inovar-Autopeças e o Exportar-Auto como “pilares de um planejamento para esse objetivo”. “Somos o 4º mercado mundial e o 7º maior produtor. É uma disparidade”, salientou, referindo-se ao retorno do Brasil à competitividade das exportações automotivas.

Montadoras – François Sigot, diretor de Engenharia da PSA, que participou de painel com William Bertagni, vice-presidente de Engenharia da GM e Giovanni Mastrangelo, diretor adjunto do Centro Técnico de Powertrain LATAM da Fiat, disse que o foco da PSA perante a demanda global é o uso de materiais “verdes” e de biocombustíveis, aliado ao desenvolvimento de polos de competência no Brasil que possam gerar valor também no Exterior. O executivo confirmou pesquisas que a empresa vem realizando em parceria com universidades para desenvolver ferramentas para integração de novas tecnologias.

Giovanni Mastrangelo apontou que a atenção da Fiat está voltada principalmente ao consumidor, cada vez mais exigente e atento às tendências mundiais pelas quais está disposto a pagar um pouco mais. Entre elas citou a conectividade no automóvel. “Investir em inovação é cada vez mais estratégico e importante”, destacou o executivo, que confirmou a diretriz da Fiat na aproximação da pesquisa acadêmica com as necessidades da indústria para tornar as empresas automotivas mais competitivas no mercado interno e no Exterior.

William Bertagni mostrou a integração dos centros de desenvolvimento globais da GM, e mencionou a estratégia da empresa de enviar engenheiros para diversos mercados estrangeiros para entender suas necessidades específicas. “Esse é um treinamento constante”, apontou.

Sistemistas – “O momento é de transformação da indústria, onde há necessidades e oportunidades para a inovação”, disse Flávio Campos, diretor de Unidade de Negócios da Delphi, no Painel Sistemistas. Para Campos, a tendência que se desenha é a de integração de plataformas. O executivo aposta no crescimento dos veículos elétricos como nicho no Brasil, e que os veículos verdes terão maior relevância, demandando grandes evoluções nos motores de combustão interna em consumo e emissões. “Vejo a conectividade veículo/veículo e veículo/infraestrutura como a macro tendência mundial”, declarou.

Anderson Citron, diretor de Powertrain da Continental, prevê que a redução do CO2 é o fator que impulsionará as novas tecnologias e que a eletrificação no Brasil será tímida. “Devemos avançar na eficiência do flex-fuel”, afirmou.

Para Arnaldo Freitas Camarão, gerente chefe de Engenharia da Meritor para a América do Sul, a legislação é o propulsor da equivalência entre as tecnologias do Brasil e do mundo, e o caminho da inovação passa pela aproximação da indústria com a universidade. “Não precisamos esperar o Inovar-Peças para colaborar com as montadoras”, disse.

Elétricos e híbridos – Os veículos elétricos e híbridos e sua viabilidade no Brasil foram destacados no simpósio. Antonio Calcagnotto, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Renault-Nissan, citou estudo encomendado pelo governo federal à Itaipu Binacional, que demonstrou que, se 10% da frota nacional de veículos fosse de elétricos, o impacto no consumo de energia seria inferior a 2%. Para ele, a pesquisa mostra que a tecnologia é viável no País. Para Calcagnotto, as vendas desse tipo de carro seriam maiores para frotistas e não para o cliente final. O diretor salientou que os motores a combustão terão vida longa na indústria automotiva com ganho de eficiência, e que a eletrificação acontecerá paralelamente.

“A grande solução da indústria para a necessidade dos usuários de veículos é investir em valor agregado” sentenciou Luis Sigaud Ferraz, gerente de Sistemas Híbridos de Propulsão da Vale Soluções em Energia. Para Sigaud, o carro será parte integrante de outras necessidades como acontece com o telefone celular, que agregou múltiplas funções ao longo do tempo. O executivo ressaltou que políticas e estratégias de médio e longo prazo são necessárias e que a indústria precisa se preparar permanentemente para atender às mudanças. “O futuro vai ser feito a cada dia. Cada vez mais é preciso deixar o conceito de produção tradicional e trabalhar com grupos multidisciplinares para ampliar a capacidade de inovação”, finalizou.

Para Peter Dowding, diretor de Powertrain da Ford para a América do Sul, o futuro reserva um mix de tecnologias com matrizes energéticas diversificadas e legislações orientadas para o aumento da eficiência de consumo e redução de emissões de CO2. “Seguiremos para motores a combustão cada vez mais eficientes e para o desenvolvimento de veículos elétricos, fuel cell e outras tecnologias de propulsão, com uso de eco componentes e planos de ação tecnológica baseados no melhor valor”, destacou.

China – Ivan Fonseca e Silva, presidente da Gelly Motors do Brasil, maior montadora chinesa independente, trouxe visão do mercado chinês que vendeu 10.750 milhões de unidades no primeiro semestre deste ano. Segundo o executivo, 70% do mercado chinês são formados por joint-ventures com participação do Estado. O restante são empresas independentes. Sobre o futuro da indústria automobilística chinesa, o executivo acredita que haverá uma consolidação com poucas empresas.

Tendências - Charles Krieck, sócio da KPMG, destacou as principais tendências registradas pela pesquisa KPMG’s Global Automotive Executive Survey 2013, que consultou 200 executivos de grandes empresas da cadeia automotiva nas Américas, Ásia e Europa, inclusive concessionárias. Segundo a pesquisa, a economia de combustível continua sendo fundamental na decisão de compra do consumidor na opinião de 92% dos entrevistados e a garantia estendida do veículo é considerada muito importante. Krieck destacou, ainda, que 72% acreditam que o automóvel será parte do plano de mobilidade nas grandes cidades.

Sobre o tipo de veículo que predominará nos mercados, a pesquisa apontou que serão os pequenos na Europa, Estados Unidos e Japão, e os médios e SUVs no grupo BRIC. Quanto à força de mudança para a indústria, prevaleceram meio-ambiente, urbanização crescente e crescimento do setor. A aposta para os mercados dos BRICs é a de que em até seis anos as exigências acompanharão às dos mercados mais desenvolvidos.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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