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 Release
15/08/2013
O Inovar-Auto não é só desenvolvimento tecnológico, alertam engenheiros

Representantes da indústria da mobilidade se reuniram em Sorocaba, SP, nos dias 12 e 13 e discutiram as necessidades de crescimento da inovação no País

Para se enquadrar às normas do Inovar-Auto as empresas precisam fazer mais do que desenvolver tecnologia. É preciso adotar bons processos de gestão. Esse é a opinião dos palestrantes que participaram do 11º Simpósio SAE BRASIL de Powertrain, que reuniu nestes dias 12 e 13 de agosto, em Sorocaba, SP, cerca de 300 profissionais da indústria. Especializados em motores ciclo Otto e sistemas de transmissões, palestrantes nacionais e internacionais analisaram a situação da engenharia nacional no âmbito do acordo automotivo Inovar-Auto.

De acordo com Carina Leão, consultora da Inventta, não basta apenas investir no desenvolvimento de tecnologias se a empresa não conseguir controlar seus processos. “É preciso se enquadrar em determinadas regras para que os investimentos sejam realmente considerados P&D”, comentou.

A consultora destacou que muitos aspectos determinantes sobre o que era P&D na Lei do Bem não se caracterizam como atividade de engenharia no Inovar-Auto. “Por isso, é muito importante que as empresas prestem bastante atenção nas exigências do programa para que não invistam e depois não consigam obter o benefício”, alertou. Carina alertou pela necessidade em manter um bom processo de gestão nos processos, em razão do grau de exigência de controle de projeto. “Isso deve ser minuciosamente, bem explicado e detalhado. O Inovar-Auto não é apenas o desenvolvimento propriamente dito”, alertou.

Mercado – Algumas empresas apresentaram soluções tecnológicas para que os veículos se adequem às regras do Inovar-Auto. A VW mostrou seu motor três cilindros que equipa o Fox, que além de mudanças no motor, recebeu alterações na aerodinâmica e na direção. De acordo com o gerente de Engenharia de Powertrain da montadora, Roger Guilherme, é preciso que as empresas desenvolvam tecnologias que o cliente esteja disposto a pagar. “De nada adianta enchermos os carros de inovações, se elas não forem absorvidas pelo mercado”, enfatizou.

O supervisor de Engenharia de Aplicação da Fiat, Sandro Soares, destacou que os esforços das empresas em atingir as metas do Inovar-Auto serão percebidos pelos consumidores. “Com a entrada de carros mais eficientes, essa percepção será inevitável”, comentou.

Segundo o executivo a sociedade pede por produtos mais modernos e eficientes. “Essa exigência está sendo imposta ao mercado, quem não se adaptar a ela estará poderá não se manter ativo”, destacou.

Soares lembrou que o consumidor está ansioso por carros mais modernos. “Quem conseguir colocar no mercado carros com tecnologias que valorizem a nossa engenharia, estejam adequados ao acordo e causem menos impacto no bolso do consumidor, realmente terá sucesso”, comentou.

Para o engenheiro o objetivo do governo é ousado e desafiador. “Não tem como uma empresa enquadrar seus produtos às novas regras se não investir em toda sua gama de produtos. Por isso, esse programa é muito instigante. Com certeza o mercado de vendas de automóveis deverá ser bem diferente depois de 2016”, finalizou.

Para o coordenador da Comissão Técnica de Motores Otto da SAE BRASIL, Eduardo Tomanik, quando o governo oficializou o Inovar-Auto ele não tinha apenas o objetivo de reduzir o consumo do combustível, mas aumentar a competitividade. “Ele quer que os investimentos em P&D e engenharia básica cresçam”, afirmou.

Educação – Outro aspecto discutido durante o simpósio foi a necessidade da aproximação da academia com a indústria para o fomento do desenvolvimento tecnológico no Brasil. Para o professor do Instituto Mauá de Tecnologia, Clayton Zabeu, a necessidade de trazer mais engenheiros ao mercado obriga a migração da academia para a iniciativa privada, mas o retorno desse profissional para a universidade é um caminho mais difícil. “Então uma das formas de minimizar esse efeito é tentar manter esse profissional, logo depois da sua formação, num projeto de pesquisa que esteja ligado a uma empresa que ele veja a oportunidade de dar uma continuidade na sua carreira profissional”, ensina.

Segundo Zabeu, algumas universidades que viram a importância em fomentar o gosto pela pesquisa em seus alunos, perceberam a necessidade de trabalhar junto com as empresas para suprir a crescente demanda de mão de obra especializada para o mercado e, ao mesmo tempo, permitir que os pesquisadores deem continuidade à carreira.

Para o diretor do Laboratório de Engenharia Veicular da PUC-RJ, Sérgio Braga, esse fomento deve vir das duas partes, empresa e academia. “Temos muitos alunos que estão na indústria e que sente a necessidade de se capacitar mais na pesquisa básica. Por outro lado, algumas empresas já utilizam a formação como um critério de ascensão”, concluiu.

O chairman do Simpósio, Mauro Moraes de Souza, finalizou a discussão ao afirmar que o Brasil tem mostrado tendências diferentes de outras regiões do mundo, por isso precisa buscar soluções caseiras. “Essa ideia de que buscar algo lá fora e trazer para nosso mercado ou mesmo tropicalizar alguma tecnologia não necessariamente será um caminho. Acredito que a saída está em desenvolvermos tecnologias próprias para nossos problemas”, comentou.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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