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 Release
12/04/2013
ARTIGO - O Herege Corporativo

*Por Mauro Andreassa

Uns dos fatores importantes para o crescimento profissional de um engenheiro é sua afinidade com a cultura corporativa da empresa onde trabalha, além, obviamente, da sua capacidade técnica que deve ser vista como um pré-requisito indispensável.

É inegável a necessidade de comungar dos mesmos ideais e responder aos problemas com as atitudes esperadas pela empresa. O sucesso da carreira profissional vai depender da conjunção de afinidade e resultados obtidos.

As empresas e suas culturas lutam pela sobrevivência no mercado e a principal arma é a inovação. Contudo, toda inovação é uma ruptura com o presente. Como então um profissional bem sucedido que tem afinidade com a cultura da empresa para a qual trabalha será o condutor de uma ruptura com ela mesma?

As universidades incentivam a padronização dos conteúdos curriculares e a forma com que os professores conduzem suas aulas. Busca-se dessa forma que todos os professores de uma determinada disciplina exponham o mesmo conteúdo por meio de livros, apostilas e provas padronizadas, pondo em xeque a diversidade de pensamento. O espaço de criação fica reservado aos projetos de iniciação científica e, no final, aos trabalhos de conclusão de curso.

Pensando em sua sobrevivência as organizações empresariais e acadêmicas lutam para aprofundar as raízes de suas culturas, que de tão profundas que são podem gerar imobilidade. Exemplos que mostram o que acontece com a imobilidade e o não rompimento com o passado borbulham em livros de administração.

Um deles vem da gigante IBM, que em 1981 lançou o primeiro computador pessoal e se tornou líder do segmento. A empresa tomou duas decisões estratégicas que vieram a se provar extremamente perniciosas: subcontratou o desenvolvimento do sistema operacional e o de microprocessadores, confiando as duas atividades à empresas pequenas na época - Microsoft e Intel, respectivamente. Diz-se então que a IBM inventou o mercado de computadores pessoais e “presenteou” a outros a inovação. E assim a IBM saiu do mercado de computadores pessoais em 2004.

Então, ao mesmo tempo em que o profissional cultiva afinidade e lealdade à sua corporação, as empresas devem paradoxalmente incentivar certo grau de heresia, sob pena de não romper com as tecnologias e métodos tradicionais. A cultura corporativa deve permitir o pensamento inovador. Embora tenha regras, deve incentivar que estas sejam desafiadas em favor da inovação, facilitar que fluam para o ambiente corporativo ideias de várias áreas da ciência, dos departamentos, dos seminários, dos colóquios.

Se passou a ser um jargão recomendar que as empresas ouçam a voz do cliente sem preconceito, agora o mesmo vale para seus empregados. A diversidade gera aprendizado. As empresas e universidades não devem queimar seus hereges na fogueira da padronização. Ao contrário, precisam cultivar o conflito produtivo. Fé cega em crenças corporativas e livros pode levar as corporações à estagnação.

* Mauro Andreassa é membro do Comitê de Educação de Engenharia da SAE BRASIL e professor associado do Instituto Mauá de Tecnologia




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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