Somam 14 as equipes paulistas inscritas na 9ª Competição Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS (de 30 de novembro a 2 de dezembro, ECPA - Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, Piracicaba-SP). Três delas disputarão na categoria de carros elétricos, que estreia na prova este ano com quatro equipes inscritas.
As equipes paulistas que competirão na categoria elétrica são B’ Energy, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba; Fórmula FEI Elétrico, do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana); e Unicamp E-Racing, da Universidade Estadual de Campinas (a quarta inscrita na categoria é a mineira Cheetah Racing, da Universidade Federal de Itajubá). Na tradicional categoria de motores a combustão, São Paulo será representado por 11 equipes do total de 27 inscritas.
A 9ª Competição Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS movimentará 600 universitários de 27 instituições de ensino superior do Brasil, vindos das regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e Nordeste e organizados em 31 equipes e duas categorias.
ELÉTRICOS - A Fórmula FEI Elétrico aposta em um carro que atinge a máxima de 90 km/h, movido por 15 baterias de lítio ferro fosfato (LiFePO4), que garantem autonomia de 25 km ou 27 minutos com motor ligado, e levam cerca de 2 horas para recarregar. Formada por cinco estudantes do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), de São Bernardo, a equipe construiu o primeiro protótipo fórmula elétrico do Brasil.
O carro desta competição tem chassi tubular em aço 1020, carroceria em fibra de carbono e de vidro e peças de alumínio aeronáutico, para garantir resistência e baixa massa. “A propulsão elétrica cresce de forma acelerada, montadoras e autopeças brasileiras trabalham em projetos elétricos. Por isso, é interessante que engenheiros saiam da graduação com experiência prática nessa área”, comenta o capitão da equipe Lucas Kira, 24 anos, estudante de Engenharia Mecânica Automobilística. A Fórmula FEI também compete na categoria de carros com motor a combustão representando a equipe FEI, atual campeã nacional e 8ª colocada na Fórmula SAE de Lincoln, Nebrasca, nos EUA.
Formada por 25 estudantes, a Unicamp E-Racing inovou com o motor elétrico de apenas 25 kg e 134 hp de potência. A equipe inovou também na tecnologia empregada na química das baterias LiFePO4, que permite a extração de altíssima potência de cada célula, chegando a 1.200 watts.
“Nosso projeto é muito bom, estamos muito confiantes e esperamos vencer a competição”, comenta o capitão Diego Moreno Bravo, estudante de Engenharia Mecânica. A Unicamp também aparece na disputa com a equipe FSAE Unicamp, na categoria de motores movidos a combustão.
COMBUSTÃO – O carro da equipe Poli Racing, da Escola Politécnica da USP, atinge velocidade máxima de 130 km/h, é equipado com diferencial para ajudar nas curvas, além de sistema de aquisição de dados e um painel com tela LCD para passar ao piloto em tempo real informações de velocidade, rotações por minuto (RPM) e temperatura. “O sistema de aquisição de dados e o painel ajudam o piloto e a equipe reconhecer falhas e identificar os potenciais do veículo”, explica Rafael Klumpp, estudante de Engenharia Mecatrônica. Em 2011 a Poli Racing conquistou a 7ª posição.
As demais equipes representantes de São Paulo na categoria combustão são: Fórmula Unip, da Universidade Paulista; Mauá Racing, do Instituto Mauá de Tecnologia; EESC USP, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP; V8 Racing, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba; Unesp Racing da Universidade Estadual Paulista campus Guaratinguetá; Fênix Racing, da Unesp campus Ilha Solteira; Fórmula Route, da Universidade Federal de São Carlos; e Fórmula ITA, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
AVALIAÇÃO - Todos os carros serão avaliados por especialistas da indústria da mobilidade, desde a concepção técnica (projeto, relatórios de engenharia e inspeção técnica de segurança) e até viabilidade comercial (relatório de custos e apresentação do produto) e em provas dinâmicas. No domingo, ultimo dia da competição, será a prova mais severa: o enduro de resistência de 22 km em pista travada, que exige muito dos carros e pilotos. Ao final da competição, duas equipes da Categoria Combustão e uma da Elétrica que obtiverem as melhores pontuações na soma geral das provas poderão representar o Brasil nas competições da SAE International, em 2013, nos Estados Unidos.
Os carros Fórmula SAE a combustão têm motores de 4 tempos e cilindrada máxima de 610 cm³. Já os elétricos devem ser tracionados com motores elétricos alimentados a partir de baterias de até 600 volts. A construção dos veículos deve obedecer às normas do regulamento da competição, disponível no site da SAE BRASIL - www.saebrasil.org.br. “É na prática das teorias aprendidas na universidade que se desenvolvem as capacidades e a paixão pela engenharia, muito importantes para a formação do profissional. E as competições estudantis da SAE BRASIL proporcionam isso”, afirma Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL.
9ª Competição Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS – de 30 de novembro a 2 de dezembro de 2012
Onde – Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA) - Rodovia SP 135, km 13,5, bairro Tupi, Piracicaba, SP
Dia 30/11 (sexta-feira) – Design, custo, inspeção técnica, freios, tilt table e ruído (noise) - das 9h às 16h;
Dia 1/12 (sábado) – Apresentações orais e provas de aceleração, manobrabilidade (skidpad) e auto cross - das 9h às 16h
Dia 2/12 (domingo) – Enduro de resistência - das 9h às 12h
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