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 Release
04/11/2012
Indústria brasileira precisa avançar muito na manufatura sustentável, dizem especialistas

Engenheiros discutiram de que forma as empresas da região do Vale do Paraíba podem melhorar seus processos apostando em inovação e sustentabilidade

Considerar os diferentes aspectos locais ao implementar o sistema Lean é primordial para obter sucesso e conseguir fazer desse processo importante ferramenta de inovação e competitividade. Foi o recado deixado pelos palestrantes do Simpósio SAE BRASIL de Manufatura Sustentável, realizado em São José dos Campos, no dia 31 de outubro.

O encontro o propôs discutir até que ponto os conceitos lean podem ser tropicalizados para sobreviverem às flutuações do mercado. Segundo Sérgio Caracciolo, chairman do simpósio, qualquer conceito novo ou sistema que uma empresa queira implantar, para dar certo, é preciso ser adaptado às necessidades, cultura e objetivos da empresa. “Se esses aspectos não forem respeitados qualquer coisa que se implemente será em vão”, comentou.

Durante o encontro que contou com a presença do prefeito da cidade, Eduardo Crury, e com grandes nomes da indústria nacional, os participantes tiveram acesso a importantes informações e dicas de como o mercado deve se comportar nos próximos anos para o Brasil se manter competitivo.

Segundo o prefeito, o Brasil é um país muito atraente para as grandes empresas investirem e implantarem fábricas por aqui. “Dentre as nações que compõem os BRICS, o nosso é o menos desigual o que proporciona boas condições de desenvolvimento de produtos que possam ser adquiridos por todas as camadas sociais”, comentou.

Qualidade – A diretora de Qualidade da GM para a América do Sul, Mônica Azzali, abordou a importância em manter os conceitos de qualidade sempre presentes na empresa. Segundo ela, quando se aplica um sistema é preciso que os conceitos sejam relembrados diariamente, ou seja, tudo o que não é praticado com frequência acaba sendo esquecido. ”É importante fazer treinamentos constantes. Sempre mostrar para os funcionários a importância em realizar determinados processos”, falou a diretora.

O primeiro painel discutiu “A tropicalização da filosofia lean como base de sobrevivência da indústria da mobilidade nacional”, sobre a necessidade de adaptação dessa cultura para diferentes nações. Segundo Caracciolo, dentro de um sistema lean é preciso planejar e padronizar. “Jamais abra mão dos princípios básicos do lean, mas considere as necessidades como oportunidades e leve em conta a cultura local dos funcionários”, completou.

O professor de Lean Manufacturing da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), Walter Cruz, falou sobre a importância de fazer com que todos na empresa se comprometam com a implantação da filosofia. “Nesse sistema o exemplo vem de cima, se a liderança não estiver comprometida e não fizer parte do trabalho o sistema não terá o resultado esperado”, comentou. Cruz afirmou que o lean é simples. “Esse sistema estabelece o básico. Não adianta querer inventar nada. É só estudar as necessidades e implantá-las”, disse.

O gerente de Excelência Empresarial na Engenharia e Tecnologia da Embraer, Luiz Alberto Gentil Mendes, comentou que o Brasil ainda precisa melhorar muito no quesito competitividade e qualidade. O engenheiro apresentou uma pesquisa que apurou que o brasileiro é cinco vezes menos produtivo que o americano e que isso pode ser revertido com a implementação do sistema lean. “É preciso aumentar a capacidade em identificar os problemas e solucioná-los, só assim iremos melhorar nossos processos”, explicou.

Mercado – O vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Alexandre Bernardes palestrou sobre o tema “Sustentabilidade do setor automotivo sob ótica de mercado”. O especialista comentou a situação do mercado automotivo brasileiro e apresentou números que nos fazem refletir sobre a real posição do Brasil frente ao mercado mundial. “O custo dos componentes no Brasil é 40% mais caro do que a China e o de produção 60% mais do que o país asiático”, mostrou.

Formação – Um grande problema que se tornou um dos maiores gargalos para o desenvolvimento da indústria nacional é a formação de mão de obra. O assunto foi tema da palestra de Ozíres Silva, ex-presidente da Embraer e atual reitor da Unimonte, que falou sobre a necessidade de as universidades investirem mais na qualidade de seus cursos de engenharia. “O problema de formação de engenheiros não se resolve apenas colocando mais vagas nas faculdades, é preciso melhorar a qualidade dos cursos. Precisamos olhar para esse País, não podemos aceitar que países como a Coreia esteja à nossa frente fazendo um estrago na nossa indústria”, enfatizou.

Manufatura – No painel “Tecnologias de manufatura sustentável na indústria da mobilidade”, representantes de empresas como a Embraer e Volkswagen apresentaram técnicas de manufatura sustentável implantadas em suas empresas.

Segundo o diretor da Engenharia de Manufatura da Volkswagen, Celso Luis Placeres, a nova planta da empresa em Taubaté implantou uma linha sustentável de pintura, que conta com uma estação de tratamento de efluentes que trata tudo o que a empresa descarta e nada é lançado nos rios sem tratar. Segundo o diretor, no projeto de construção dessa planta a engenharia brasileira esteve majoritariamente envolvida.

O engenheiro de Desenvolvimento de Produto da Embraer, Fernando Fernandez, mostrou uma técnica de soldagem chamada de FSW (Friction Stir Welding) que além de ser recente e aplicável a indústria aeronáutica foi objeto de estudo e desenvolvimento na Embraer e que pode servir como tema piloto para cooperação da indústria da mobilidade nacional. “A ideia é permitir que esse desenvolvimento e conhecimento sejam replicados por meio de cooperação nacional em outros modais como o automotivo e ferroviário”, explicou.

Na palestra “Competitividade da indústria da mobilidade nacional por meio de investimentos em projetos e manufatura sustentáveis”, o diretor da FIESP São José dos Campos, Felipe Cury, falou sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura no sistema aeroportuário nacional. Segundo o executivo, o setor está prestes a entrar em um colapso.

Segundo o especialista, o Brasil não investe o que realmente precisa. “Não adianta sermos a 8ª economia mundial e ocuparmos a 58ª posição no ranking de competitividade. Isso só mostra o quanto estamos atrasados perante a concorrência mundial”, explicou.

A SAE BRASIL (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) é uma associação sem fins lucrativos e que congrega pessoas físicas (engenheiros, técnicos e executivos) unidas pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de cinco mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE International, uma associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford e Orville Wright, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 5 mil normas geradas e mais de 85 mil sócios distribuídos por 93 países.



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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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