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 Release
20/09/2012
A indústria precisa apostar mais nas ferramentas de simulação, afirmam especialistas

Importantes representantes da indústria mostraram soluções e métodos que permitirão ganhar tempo e projetar produtos mais precisos e com rapidez

Esse foi o recado deixado pelos especialistas da indústria da mobilidade que se reuniram nesta segunda-feira (17) em São Paulo, no Simpósio SAE BRASIL de Testes e Simulações para mostrar suas pesquisas de estudos com o uso dessas ferramentas e as melhorias alcançadas em suas empresas.

O primeiro painel do encontro promovido pela Seção São Paulo da SAE BRASIL, intitulado de “Inovações” apresentou três pesquisas com a aplicação de softwares de simulação. Abrindo as apresentações, Ilomar Estevão Machado, responsável pela área de simulação da Continental, mostrou conceitos de iluminação e simulação óptica em painéis automotivos e afirmou que otimizou tempo e proporcionou o desenvolvimento de produtos mais eficazes para seu cliente.

Em seguida Wagner Roberto Trindade, especialista em simulação numérica da Mahle, apresentou uma simulação acústica em filtro de ar. Segundo o engenheiro, o uso da simulação é muito vantajoso, pois é possível obter os resultados com muita precisão sem nem mesmo precisar construir um protótipo para chegar a esses cálculos. “Hoje esses softwares estão cada vez mais físicos e menos matemáticos, o que permite ter resultados mais precisos”, ressaltou o engenheiro que informou que o software utilizado para o estudo foi o GT-Power.

Felipe Buscariolo, pesquisador de interfaces piso-roda em ensaios aerodinâmicos da General Motors, apresentou projeto sobre a simulação do caminho que a água da chuva percorre no teto do automóvel. O objetivo foi identificar se a calha do veículo conseguia drenar a água sem deixar que ela atingisse o ocupante. Segundo Buscariolo o uso de tecnologias de simulação proporcionou ótimas descobertas além de uma grande redução de custos no projeto. “Foi possível reduzir os gastos de um projeto em cerca de US$ 116 mil por programa, e esse método já é utilizado na GM do Brasil”, afirmou.

MARGEM DE ERRO - Segundo Machado, da Continental, hoje esses programas apresentam apenas cerca de 10% de chance de erros. Ele acredita que essa precisão ainda pode melhorar, apesar do bom patamar em relação ao tempo de construção de projeto.

Buscariolo enfatizou que esses simuladores permitem que erros antes percebidos somente quando os veículos já estavam construídos podem ser identificados antes mesmo de serem montados os primeiros protótipos. Isso faz com que o mercado automotivo fique mais dinâmico e com menos incidência de erros nas construções de carros. “A simulação nos permite criar mais, ou seja, podemos ousar, pois se der errado o custo não foi alto”, afirmou.

Trindade também apontou para a importância da interação da área de desenvolvimento de produtos, testes e simulações. “A união dessas áreas proporcionará mais agilidade e confiabilidade no desenvolvimento de produtos”, explica.

No segundo painel “Correlação e Iteração entre testes e simulações”, foi mostrada pela Smarttech uma ferramenta que poderá ajudar na otimização de tempo de simulação e foi abordada também, a importância da união das áreas de simulação e testes físicos.

Rômulo de Andrade Reis, engenheiro da Smarttech, mostrou a possibilidade de automatizar análises de elementos finitos sempre que ela se torna processos repetitivos. Por meio da customização da interface gráfica do Abaqus/CAE, é possível uma rotina que realiza automaticamente os processos reduzindo o tempo em análise virtual de 95%. “Com essa automação ganhamos tempo e mantemos sempre a qualidade da análise, pois evitamos erros humanos, como a inserção de dados errados. No que antes gastávamos cerca de 40 horas para realizar uma análise, com esse sistema demora de 40 a 60 minutos para fazer todo o pre-processamento”, informou.

Rafael Bugelli, responsável por simulações estruturais e estáticas da Valeo Thermal, abordou a importância de a engenharia saber lidar e entender a natureza. Para o engenheiro, não basta fazer simulações, é preciso levar em consideração a necessidade de realizar os testes físicos. “Todos que trabalham com simulação precisam definir o mundo que está no problem. Em função disso, vamos fazer correlações e estudar. Somos engenheiros conhecemos a natureza, mas ela é complexa e, por isso, é preciso considerar muitos aspectos”, disse.

DEMANDAS - No painel “Importância de dados de entrada nas simulações” os especialistas discutiram os desafios em desenvolver componentes fundidos híbridos e um simulador para realizar ensaios de tração, condições dinâmicas, tal como em colisões. Segundo Marcelo Tadeu Milan, superintendente do Instituto de Materiais Tecnológicos (MIB), atualmente a engenharia está muito complexa o que demanda a obtenção de dados que não existem tradicionalmente na literatura. “Por isso, precisamos buscar informações nas ferramentas de testes e simulações”, explicou.

Para o diretor de Novos Negócios da Magma do Brasil, Joern Schmidt, o uso dos softwares de simulação depende mais da aceitação das pessoas. “A barreira está no fato de elas não saberem para quem perguntar e onde ir buscar informação na empresa. Vencer a falta de conhecimento é o desafio para esse mercado”, comentou.

O último painel do dia “Oportunidades de redução de tempo e eficiência no desenvolvimento”, abordou o uso de estudos térmicos e aerodinâmicos na obtenção de dados para a construção de um veículo. Segundo o gerente de Desenvolvimento de Mercado da ESSS, Cesáreo de La Rosa Siqueira, 10 anos atrás qualquer coisa que simulasse um pouco da realidade já deixava o mercado muito satisfeito. “Hoje evoluímos muito, chegamos ao ponto de que boa parte da base da simulação já é validada no teste”.

O engenheiro de aplicação da EXA Corporation, Sacha Jelic, falou sobre como utilizar a simulação aerodinâmica, térmica e aeroacustica no desenvolvimento do design de um veículo. Segundo ele, essas ferramentas podem reduzir o custo de desenvolvimento e tempo de um projeto diminuindo bastante o retrabalho de construção de protótipos.

Marcos Langeani, proprietário e diretor técnico da Next Engines, afirmou que haverá mudança de comportamento no mercado. “Acredito que num futuro próximo as simulações ficarão mais confiáveis e cada vez mais utilizadas. O desenho de um projeto vai imergir dessa análise, será uma mudança de paradigma”, acredita.

Visita técnica – No dia seguinte (18/9) para complementar as informações a SAE BRASIL promoveu duas visitas técnicas uma delas ao túnel de vento da DENSO, em Santa Bárbara d’Oeste, e a outra ao Centro Tecnológico da Mahle, em Jundiaí, referência em sustentabilidade. Na oportunidade os participantes conheceram os laboratórios relacionados a ruído, emissões e dinamômetros, além de exemplos de simulações de motores e transmissão. “Essa visita foi uma oportunidade muito importante, pois os profissionais que estiveram por lá tomaram conhecimento das tecnologias que temos disponíveis em nosso
País, e quem sabe, essas empresas podem até serem futuros fornecedores de nossas corporações”, comentou Ricardo Takeo Kuwabara, diretor da Seção São Paulo da SAE BRASIL.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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