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 Release
23/08/2012
Simpósio SAE BRASIL reacende discussão sobre o novo regime automotivo

Especialistas avaliam que a regulamentação pode alavancar a competitividade da indústria brasileira

São Paulo - A competitividade da indústria automobilística brasileira, os efeitos do novo regime automotivo e as tendências a partir de sua aplicação foram o tema central do Simpósio SAE BRASIL de Tendências e Inovação na Indústria Automobilística, realizado nesta quarta-feira (22), em São Paulo.

Bruno Jorge, especialista e líder de Projetos do Setor Automotivo na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), foi primeiro palestrante e anunciou que as novas regras do regime automotivo devem ser publicadas nos próximos 15 dias. Jorge adiantou que, mesmo com o lançamento da lei e do decreto a ser anunciado, restarão definições, como a certificação de origem de componentes para a avaliação do índice de nacionalização dos veículos. “Casar incentivos com a regulação é o que se espera do novo regime automotivo”, disse.

Paulo Cardamone, diretor da IHS Global Insight, destacou a importância da regulamentação de normas para o desenvolvimento da tecnologia. “O mundo evoluiu mais que o Brasil em tecnologia, porque tem regulamentação, e o novo regime automotivo é a grande chance de o País competir globalmente”, disse. Para o consultor, o Brasil não pode perder a visão do contexto global e deve se concentrar em atrair novos talentos para o setor automobilístico e o papel do governo é incentivar a competitividade.

Consumo e investimento - Manoel Horácio da Silva, membro do Conselho Administrativo do Banco Fator, destacou que o momento brasileiro é de incertezas diante do endividamento das famílias brasileiras e da perspectiva de uma estabilização em baixa, o que inibe investimentos. “Depois da crise de 2008 surfamos na onda do crescimento do mercado, hoje enfrentamos mudança na demanda de consumo com crescimento mais fraco; apesar da reação da indústria automobilística, o Brasil vai crescer menos”, comentou. Silva aposta em porcentual inferior a 2% de crescimento para a economia este ano, contra os prognósticos de 4,5%, e diz que o País corrigiu a rota para o rumo certo. “A ficha caiu; acelerar o crescimento por meio do investimento, e não do consumo”, analisou o conselheiro do Banco Fator.

Carreira - No debate sobre inovação e carreira (engenharia), Marcel Oliveira, vice-presidente de Recursos Humanos, Comunicação e Assuntos Corporativos da Schaeffler Brasil, e Norberto Klein, diretor de Recursos Humanos da Fiat, defenderam a inovação como alavanca para a carreira dos engenheiros em suas empresas. “A inovação deve estar no DNA da empresa, não se departamentaliza”, disse Marcel Oliveira, que desenvolve na Schaeffler ferramentas para o modelo de gestão de pessoas com foco em inovação. Klein citou o projeto do FIAT MIO como símbolo da política da empresa para o desenvolvimento de talentos por meio da inovação. “No projeto, o internauta desenhou o carro do sonho e a Fiat interpretou como o veículo deveria ser, num processo totalmente inovador; o MIO nos trouxe uma nova relação com as pessoas”, contou Klein.

Futuro - Andrew Smart, diretor da SAE INTERNATIONAL, chamou a atenção para o fato de que a falta de engenheiros para a indústria automobilística é um fenômeno global e trouxe um panorama diferente para o futuro do setor. “A paixão pelo automóvel está declinando entre os jovens; quando questionados sobre escolher entre dirigir um veículo e acessar a internet, 46% dos jovens norte-americanos na faixa entre 18 e 24 anos ficaram com a segunda opção”, disse. Smart acrescentou ainda que, hoje, no estilo de vida conectado, dirigir é acima de tudo uma distração.

Competitividade – Evoluir mais para ser mais competitivo foi a conclusão dos três debatedores do painel “A engenharia brasileira competirá globalmente?”, que reuniu Gastão Rachou, diretor de Engenharia da MAN Latin America, Márcio Alfonso, diretor de Engenharia da Ford América do Sul, e Pedro Manuchakian, vice-presidente de Engenharia da GM para a América do Sul.

Na questão sobre o que fazer para aumentar a competitividade, Rachou apontou a maior cooperação escola/indústria para melhorar a experiência prática dos estudantes de engenharia, estratégia foco da SAE BRASIL em seus programas estudantis, como as competições Baja, Fórmula e AeroDesign. Alfonso ressaltou a necessidade de mais investimentos em P&D e mais velocidade na aplicação da tecnologia, com mais iniciativas de incentivo a novos talentos. “Temos só 32 mil engenheiros formados a cada ano, a Coréia forma 80 mil”, destacou. “Precisamos partir para a pesquisa”, disse Manuchakian, lembrando que a engenharia brasileira passa por fase de foco em projetos globais. “Agora temos novos desafios locais como o da eficiência energética e estamos preparados para enfrentá-los”, disse o diretor da GM.

Emissões – A necessidade de substituição da frota antiga de veículos a diesel para a consolidação de resultados das novas tecnologias para a redução de emissões de poluentes foi destacada por Enrico Vassalo, presidente FPT Industrial, em sua apresentação sobre transportes urbanos. “O impacto ambiental da passagem do Euro 3 para o Euro 5 é muito positivo, mas pode ficar perdido se não tirarmos os veículos velhos de circulação”, disse. Vassalo confirmou o crescimento da tendência de utilização de combustíveis alternativos ao petróleo e afirmou que a tecnologia disponível de imediato é o gás natural. “O motor está pronto e com a experiência de 15 anos de teste na Europa”, ressaltou.

Economia - Para o economista Roberto Macedo, que fechou a programação do simpósio realizado pela SAE BRASIL, a maior ameaça aos negócios no País em curto prazo é a volta da inflação. “O Brasil não cresce mais porque investe pouco, e a baixa taxa de investimento ou de formação bruta de capital fixo na proporção do PIB é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira”, sentenciou Macedo.





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A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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