Home | Institucional | Clientes | Releases | Artigos | Produtos e Serviços | Contato

 Release
30/03/2011
Simpósio SAE BRASIL de Novas Tecnologias Automotivas traz os desafios da mobilidade

No evento, em São Paulo, especialistas mostraram os avanços e as dificuldades enfrentadas pela engenharia no País na área da mobilidade

Os veículos híbridos e elétricos tiveram destaque no Simpósio SAE BRASIL de Novas Tecnologias Automotivas, que reuniu nesta segunda-feira, 28 de março, representantes de montadoras, sistemistas, e fornecedores de autopeças e de serviços de engenharia, entre outros especialistas, no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo.
“O ano de 2010 foi de recuperação e recordes para a indústria automobilística brasileira. O País cresceu e a SAE BRASIL está comprometida em prover recursos de engenharia para dar sustentabilidade a esse crescimento” anunciou Vagner Galeote, presidente da entidade para o biênio 2010/2011, na abertura do evento.
Christopher Borroni-Bird diretor de Conceitos Veiculares de Tecnologia Avançada da General Motors Corporation e autor do livro “A Reinvenção do Automóvel”, abriu o ciclo de palestras com apresentação para abordar os desafios da mobilidade ante o modelo de urbanização das grandes cidades, caracterizado pela alta densidade populacional, congestionamentos e emissões de poluentes.

Bird, que dividiu o painel A Reinvenção do Automóvel com Pedro Manuchakian, presidente do Congresso SAE BRASIL 2011 e vice-presidente de Engenharia da GM para a América do Sul, respondeu perguntas da platéia via telefone a partir de Detroit. Enumerou aspectos como energia, meio ambiente, segurança, acessibilidade, congestionamentos e estacionamento como os maiores desafios a serem enfrentados para que se tenha uma indústria automobilística sustentável. “As cidades precisam de veículos não poluentes, compactos e acessíveis a todos, com design adequado e utilização de fontes de energia renováveis”, ressaltou.

No painel O Papel das Empresas de Engenharia, sobre a contribuição das empresas de engenharia no projeto automotivo, Ilkka Pallin, presidente da MSX, grande provedora de mão de obra especializada e Martin Volmer, presidente da Edag, voltada a serviços de engenharia automotiva, apontaram a falta de engenheiros qualificados e os altos custos indiretos adicionados aos salários no Brasil como obstáculos à competitividade do País.

Híbridos e elétricos - “Esta é a hora propícia para avaliar a evolução de híbridos e elétricos no Brasil” disse Ronaldo Mazará Jr., diretor da Comissão Técnica de Híbridos e Elétricos da SAE BRASIL, que coordenou o painel O Caminho para dominar Elétricos e Híbridos.

Ao abordar o tema A importância da eletrificação no Brasil - Componentes e Veículos, o engenheiro Wanderlei Marinho da Silva, membro da comissão e responsável pela área de pesquisas e projetos no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, destacou que a eletrificação é uma resposta à sustentabilidade que envolve em seu processo de evolução o desenvolvimento paralelo do veículo e da infraestrutura necessária ao seu abastecimento energético.

Baterias e outros requisitos - Maria de Fátima Rosolem, mestre e especialista em baterias do CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, braço de pesquisa do Sistema Telebrás), mostrou o atual estágio do desenvolvimento de baterias para veículos elétricos ou híbridos. Entre os maiores desafios enfrentados pela indústria e pelas entidades de pesquisa ela destacou confiabilidade, desempenho e densidade energética, além de temperatura de operação, tempo de recarga, vida útil, peso, volume, custo e segurança.

Para Eude de Oliveira, especialista em eletrificação veicular da Ford América do Sul, primeira empresa a disponibilizar um veiculo híbrido no mercado nacional, a eletrificação veicular deve estar apoiada nos pilares social, econômico e ambiental. O engenheiro destacou ainda a necessidade da formação de profissionais com conhecimento multidisciplinar em áreas interligadas, e da implantação de infraestrutura para abastecimento.

Uma solução presente - “O veículo elétrico faz parte do presente e veio para ficar” disse Reinaldo Muratori, diretor de engenharia da Mitsubishi Motors, citando o iMiEV, veículo elétrico da marca, que tem até 160km de autonomia. Marcelo Soares, engenheiro do projeto do veículo elétrico da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), falou sobre o impacto do veículo elétrico na rede de energia elétrica, citando estudos da CPFL, da Itaipu e da Cemig, que têm como base o ano de 2020, e apontam para cerca de 6% da frota eletrificada no Estado de São Paulo com consequente de aumento de carga elétrica do sistema de 1% em relação a 2010.

Powertrain – No painel Os próximos passos do powertrain no Brasil, Gilberto Leal, gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz, destacou a evolução dos motores diesel. “Para cada veículo Euro 0 que retirássemos de circulação, poderíamos colocar 37 veículos Euro 5” ressaltou, para destacar o nível tecnológico dos novos motores diesel e dos sistemas de redução de emissões. Segundo Leal, em 2020 haverá 1/3 das emissões de material particulado registradas em 1980.

Fabrício Natal, gerente de Engenharia do Produto da Cummins, destacou a perspectiva de emissões zero no futuro e a contribuição positiva do Euro 5 e Euro 6, que será em breve introduzido na Europa. Comentou a solução adotada pela Cummins no País dos sistemas SCR de pós-tratamento, que além de melhorar as emissões, oferece mais potência ao motor.

Francisco Nigro, engenheiro e professor da Poli-USP, discorreu sobre a evolução do motor ciclo Otto no contexto brasileiro e apontou a emissão de CO2 como principal direcionador da evolução dos automóveis na questão ambiental. Para o especialista, o maior desafio da indústria é o custo. “Se o mercado pagar pelo custo adicional da tecnologia ela se tornará realidade”, destacou.

Eletrônica – “O céu é o limite em sofisticação”, afirmou Pedro Britto, gerente Rational da IBM Software no painel Transformando o Desenvolvimento Automotivo em Vantagem Competitiva. De acordo com Britto, montadoras e fornecedores enfrentam inúmeros desafios no desenvolvimento de eletrônicos e software embarcados, pressionados por ciclos cada vez mais curtos e orçamentos cada vez mais apertados. Ele ressaltou ainda a falta de mão de obra qualificada no setor, o aumento de questões regulatórias e o grande volume de customizações exigidas pelo consumidor como principais obstáculos a serem vencidos.

Sistemistas – “O consumidor brasileiro quer soluções simples”, sentenciou Flávio Campos, diretor de Engenharia da Delphi, na abertura do painel ‘Cases de Tecnologia dos Sistemistas’. Ele apresentou dados que mostram constante aumento de conteúdo tecnológico nos veículos, como, por exemplo, o ar-condicionado, que está presente em 88% dos automóveis, tendência que atribuiu à mudança do perfil do consumidor brasileiro. “O poder aquisitivo melhorou e o ar-condicionado para um País como o nosso representa não só conforto no clima tropical, mas também segurança no tráfego das cidades” destacou. Campos citou a conectividade no automóvel e o baixo nível de emissões como essenciais, mas afirmou que tudo isso deve caber no bolso do cliente.

Jair Pasquini, diretor de Engenharia e Desenvolvimento de Produto da Bosch, chamou atenção para o fato de que produtos automotivos não são commodities, pois têm conteúdo tecnológico para diversas aplicações desenvolvidas pela engenharia, com certificações e plataformas internacionais. Paulo Alves, diretor da Unidade de Negócios Body&Security da Continental, destacou a importância de se investir em soluções específicas para o mercado brasileiro.

Ricardo Takahira, gerente de Novos Negócios, Infotainment e Telemática da Magnetti Marelli, ressaltou o aspecto da competitividade brasileira, lembrando que o etanol é uma tecnologia viável para o Brasil e que outras alternativas energéticas também devem ser consideradas. Citou as emissões como um dos maiores desafios para a indústria e destacou ainda um novo paradigma para a Marelli, a ecodireção, sistema de informação agregado ao veículo que ensina o condutor a dirigir de forma eficiente e se alia ao Proconve na redução de poluentes. “A competitividade é um objetivo que sempre teremos, e só a inovação pode vencê-lo”, disse.

Inovação tecnológica – Rogélio Goldfarb, diretor de Assuntos Corporativos da Ford América do Sul, trouxe o panorama econômico brasileiro como pano de fundo para o desenvolvimento e a inovação na engenharia da mobilidade. Ele mencionou que países como a China, que aumentou em 26% seus registros de patentes entre 2003 e 2009, têm a inovação como objetivo. Goldfarb asseverou que a agenda setorial da inovação pede significativa redução de custos em pesquisa e desenvolvimento através de maior intercâmbio entre indústria e universidade, implantação de políticas de recursos humanos voltadas à pesquisa e desenvolvimento e incentivos a uma cultura empresarial de inovação e de aumento na formação de engenheiros.

Avanços da tecnologia – No debate sobre os Avanços da Tecnologia Automotiva no Brasil, Rodrigo Chaves, gerente executivo de Engenharia da MAN Latin America, apontou que o foco deve ser mantido na eficiência e na redução do custo operacional, a despeito da opção energética e tecnológica.

Milton Lubraico, diretor de Desenvolvimento de Produtos da Ford para América do Sul, lembrou o exemplo do veículo indiano de U$2.500, que não vingou: “É preciso acima de tudo colocar o veículo nas condições desejadas pelo cliente”, afirmou.

Robson Cotta, gerente da Engenharia Experimental da Fiat Automóveis, defendeu a idéia de que tecnicamente é possível fazer um carro econômico, com melhorias e baixo custo. “A questão no Brasil é ter que agregar ao veículo características específicas exigidas pelo consumidor brasileiro, que muitas vezes não existem em outro lugar do mundo”, apontou.





Mais informações à imprensa:
Companhia de Imprensa
Maria do Socorro Diogo - msdiogo@companhiadeimprensa.com.br
Susete Davi – susete@companhiadeimprensa.com.br
Telefone (11) 4435-0000

 Buscar release:
   
 Perfil da empresa

A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

Divisão Assessoria de Imprensa • Rua Álvares de Azevedo, 210 • Cj. 41 • Santo André • SP • Fone/Fax (11) 4435-0000
Divisão Publicações • Rua Álvares de Azevedo, 210 • Cj. 61 • Centro • Santo André • SP • Fone (11) 4432-4000 • Fax (11) 4990-8308