São Paulo, novembro de 2010 – Em 2010, o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) comemora 15 anos de atividades e o balanço é positivo. A qualidade de produtos e serviços no setor automotivo avançou no Brasil, assim como a conscientização do consumidor em relação ao assunto. Como organismo certificador de sistemas da qualidade oficial para fabricantes e prestadores de serviços automotivos em todo território brasileiro, o IQA tem parcerias internacionais e representa no País as mais importantes entidades atuantes em qualidade no mundo, como AIAG (EUA), ANFIA (Itália), ISVOR (Brasil), TÜV SUD (Alemanha), UTAC (França) e VDA-QMC (Alemanha), promovendo a certificação de empresas nas principais normas utilizadas pelo setor automotivo, como ISO/TS 16949, ISO 9000 e ISO 14000 etc. Em 15 anos, o IQA já certificou mais de 1,2 mil empresas e 15 mil produtos.
Em 2010, o IQA traçou seu planejamento estratégico para definir sua atuação futura, a começar pelo processo de certificação compulsória de produtos, principalmente aqueles ligados à segurança, como sistemas de freio, espelhos retrovisores, rolamentos, rodas, iluminação, suspensão e direção. Por exemplo, dependendo de tramites com o Inmetro, a expectativa é que nos próximos meses, a certificação compulsória de pastilhas de freio se torne obrigatória em todo o País.
Expansão – Um dos planos é abrir filiais em outros pólos tecnológicos. “Queremos ser mais atuantes em outras regiões, levando fisicamente o IQA a outros Estados”, adianta Marcio Migues, diretor presidente do IQA. O instituto pretende aumentar a participação do Denatran (Departamento Nacional de Transportes) no seu Conselho Diretor, também constituído por outras entidades, como Anfavea, Sindipeças, Sindirepa, Abividro, AEA, ABCQ, Finep/MCT, IPT, Fenabrave, Abiplast e Cetesb. “A intenção é ser um fórum do setor e com total isenção para homologação de produtos”, afirma Marcio Migues, há 35 anos só no setor automotivo.
Ampliar o treinamento de pessoas e empresas para oferecer serviços e produtos com mais qualidade é outra meta do IQA para elevar a qualidade do setor. Desde que o IQA foi criado, mais de 3 mil pessoas já foram treinadas, e uma infinidade de publicações técnicas oficiais foram disponibilizadas e traduzidas para o setor. Uma das últimas investidas foi disponibilizar os cursos oficiais da VDA (Verband Automobilindustrie), a associação automotiva alemã. Aumentar o número de publicações técnicas é outra meta do Instituto.
Uma ação ajuda a disseminar a cultura da qualidade no ABC é realizada em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Grande ABC, que passou a sediar um posto avançado e a oferecer todos os serviços do Instituto com condições diferenciadas para a região. Outra aliança foi estabelecida com o Sincopeças na oferta de cursos para gestores e profissionais do varejo e distribuição de autopeças, oferecidos em diversos locais do Estado. Vários cursos foram programados este ano como fruto da parceria. O IQA também possui parceria firmada desde o início de 2008 com o CESVI BRASIL para certificação de oficinas de funilaria e pintura, e cursos voltados para o setor.
Desafios - Tão importantes quanto os frutos e metas são os desafios que o IQA tem à frente. “Queremos ganhar mais reconhecimento da sociedade enquanto órgão de proteção do consumidor no tocante à qualidade e ajudar a evitar a circulação de produtos de má qualidade no mercado brasileiro”, exemplifica o diretor presidente do IQA. O instituto amplia cada vez mais a oferta de pareceres e orientações especializadas à sociedade sobre qualidade no setor automotivo.
O IQA destaca como vocação a de proteger o consumidor, traçada antes de se tornar órgão oficial de certificação acreditado pelo Inmetro e criado por 15 entidades do setor. Sua história começou em 1990, com a abertura das importações no Brasil e a criação do Código de Defesa do Consumidor e do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, que culminou na adoção da ISO 9001, que fizeram o marco de exigência qualitativa na história brasileira. O cenário era de busca de competitividade. Um decreto assinado pela então ministra Dorothea Werneck resultou na criação de um programa de marcas e certificações que, no setor automotivo, começou com a certificação compulsória de pneus e incluiu um cronograma para abranger todos os itens de um veículo automotivo e uma entidade que pudesse controlar e aprimorar, com total isenção, o setor.
Céu de brigadeiro – O IQA nasceu no dia 14 de dezembro de 1994, durante a assembléia de constituição e pelos braços de poderosas instituições públicas e privadas. “Como não tínhamos sede, as nossas reuniões eram feitas no Sindipeças e na AEA”, recorda Marcio Migues, ao contar que no começo era tudo ‘céu de brigadeiro’. “Mas o programa de certificação da marca de conformidade não progrediu e foi preciso ampliar o leque de atuação para a entidade se manter e crescer nos propósitos estabelecidos: certificar padrões mínimos para uma empresa produzir ou funcionar”, afirma.
Hoje, às vésperas do IQA completar 15 anos, Marcio Migues tem orgulho da entidade. “O Brasil está alinhado com o resto do mundo, porque um carro produzido aqui não deixa a desejar em nada quando comparado com o de outros países na questão da qualidade”, comenta o dirigente do IQA, referência nas áreas de Certificação de Serviços Automotivos, Produtos, Sistemas de Gestão, Publicações e Cursos.
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