A equipe Fórmula FEI, composta por estudantes do Centro Universitário da FEI, sagrou-se tetracampeã na VII Competição Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS, encerrada neste domingo, dia 21, no Campo de Provas da Goodyear, em Americana, SP. A equipe do ABC alcançou a melhor pontuação na classificação geral (945,41 pontos) e foi seguida pela equipe Fórmula UNIP, da Universidade Paulista, de São Paulo, com 667,60 pontos. A terceira colocada foi a equipe Ícarus UFRJ, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com 645,10 pontos.
Além de primeira colocada, a equipe Fórmula FEI alcançou a maior pontuação nas provas Skid-Pad (teste de estabilidade e aceleração lateral do veículo), Projeto, Economia de Combustível, Custo/Manufatura e no Enduro de Resistência. No Enduro o Fórmula FEI consumiu apenas 2,9 litros de etanol para percorrer 22 km do circuito de cones. Na prova de Autocross, o Fórmula FEI também saiu na frente ao fazer um circuito de 800 metros em 48”54.
Lucas Kira, capitão da equipe, atribuiu o bom desempenho ao esforço de todos os integrantes, professores e funcionários da FEI. “Estávamos bem preocupados, porque o carro era totalmente novo, mas o trabalho venceu, fizemos a nossa parte”, comemorou o estudante de Engenharia Mecânica.
“O trabalho em equipe e o apoio dos patrocinadores foram fundamentais, sem isso não chegaríamos a esse resultado”, explicou emocionado Jeferson Spinoza, formando do curso de Engenharia Elétrica da UNIP São Paulo, ao conquistar a segunda colocação em Americana.
Com o resultado, as equipes Fórmula FEI e Fórmula UNIP ganharam o direito de representar o Brasil em 2011, nas competições realizadas nos Estados Unidos pela SAE International, em Michigan e Califórnia, respectivamente.
A VII Competição Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS também apontou a melhor equipe em mais dois quesitos: Melhor Aceleração, para a Solid Edge, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP); e Melhor Apresentação, para a equipe também paulista V8, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens).
A competição teve início na sexta-feira (19), com a presença de 17 carros, denominados Fórmula SAE, projetados e construídos por quase 200 estudantes de engenharia dos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Das 17 equipes presentes (19 inscritas), 11 tiveram seus carros aprovados nas provas de segurança para participar do Enduro, que avalia a resistência dos carros e o consumo de combustível.
Para os juízes da competição, todos especialistas da indústria da mobilidade, sobraram determinação e talento entre os estudantes, como a equipe V8, de Sorocaba, que apresentou a grande novidade da competição: um carro com chassi inteiro (monocoque) em fibra de carbono, material que oferece grande leveza e resistência, porém muito desafiador no processo de fabricação.
Na opinião dos especialistas, também foi notável o avanço da aplicação de sistemas de aquisição de dados, que permitem a transmissão em tempo real para os boxes de importantes informações sobre o desempenho dos carros na pista para tomada de decisões por parte das equipes, como temperatura da água e motor, velocidade, posição do acelerador e esterçamento; e o maior domínio no uso de importantes ferramentas de engenharia.
Carros Fórmula SAE - Seguindo o regulamento, os carros têm motores 4 tempos e cilindrada máxima de 610 cm³, os veículos Fórmula SAE surgiram na década de 1970, desde então são projetados por estudantes de graduação e pós-graduação de engenharia, de acordo com regras definidas pela SAE International.
A mesma competição é realizada, também, nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Itália e Austrália. O Brasil passou a integrar o circuito em 2004. O objetivo é fomentar a especialização técnica da engenharia da mobilidade brasileira, em veículos de alto desempenho.
De acordo o presidente da SAE BRASIL, Besaliel Botelho, o Projeto Fórmula SAE BRASIL expõe ao futuro engenheiro as necessidades da indústria em relação à competência profissional. “Esta educação extracurricular foca o desenvolvimento de um novo perfil de profissional, mais qualificado, criativo e com visão estratégica e capacidade de trabalhar em equipe, requisitos de grande importância para a indústria da mobilidade”, afirma Besaliel Botelho.
|