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 Release
09/11/2010
O automóvel, a arte, a tecnologia e a sinergia na produção

Por Francisco Satkunas*

Por trás dos imponentes portões que protegem o patrimônio e os segredos das fábricas de automóveis e de caminhões existe um batalhão de pessoas dedicadas a projetar e produzir veículos. No imaginário do consumidor, a produção em série é a união entre a magia da criação do design, e a eficiência da máquina desenvolvida por uma engenharia competente. Isso não deixa de ser uma verdade. Se houver disponibilidade de crédito, o consumidor responde sim aos veículos brasileiros por que eles são bonitos e ‘bons de briga’. Só no ano passado, foram 2,6 milhões de unidades de fabricação nacional licenciadas no País.

Do lado de dentro dos portões das fábricas, entretanto, o esforço para a qualidade e a satisfação do consumidor é enorme; não tem mágica alguma e supera a própria capacidade profissional dos responsáveis pela arte e pela tecnologia aplicada ao automóvel. Atrevo-me a dizer que, na indústria automobilística, em particular, é a sinergia entre as áreas de desenvolvimento o que faz o projeto virar realidade. Não são raros os conflitos que surgem em setores como design e engenharia, por exemplo.

Isso tem história. Até a metade dos anos 90, por muitas décadas a engenharia predominou sobre o estilo na indústria automobilística, que se empenhava prioritariamente na motorização, economia de combustível, freios etc. Só depois os designers entravam com a melhor vestimenta para harmonizar o conjunto mecânico e completar a obra-prima.

Com o aumento da concorrência, os mercados se sofisticaram e as empresas saíram como nunca em busca de vantagens competitivas. O design, as cores, o acabamento interior, e o apelo visual do painel de instrumentos dos veículos passaram a ter extraordinária influência na decisão de compra. A indústria intensificou suas pesquisas para saber o que, de fato, os clientes mais desejavam em um veículo e descobriu, entre outras coisas, que a mulher é quem escolhe o veículo da família. Descobriu também que o consumidor ficara muito, muito mais exigente.

Para criar o carro dos sonhos do mercado, a engenharia partiu para o aperfeiçoamento dos itens reconhecidamente de maior importância para os clientes - suspensões mais macias, direções e freios assistidos para redução do esforço do motorista, câmbios mais precisos e amigáveis na trocas das marchas, ar-condicionado inteligente e sistemas de som interativos. Os designers incorporaram novos materiais e criaram formas inéditas, aliando beleza e praticidade e privilegiando, sobretudo, a ergonomia. Tudo isso aconteceu não sem a presença de conflitos, que, felizmente, acabam sempre contribuindo valiosamente para um produto final cada vez melhor.

Os desafios são dinâmicos como o mercado. Mais informado, consciente e sempre insatisfeito, os consumidores conectados à Internet começam a intensificar a pressão sobre os fabricantes sobre o que chamamos relação custo-benefício do veículo. Uma atitude cada vez mais presente nas decisões de compra. A indústria reage e passa a valorizar um pouco mais a qualidade percebida.

Dentro desse conceito, projetar estrutura tecnicamente eficiente para os bancos do veículo, por exemplo, seria suficiente para satisfazer as exigências do mercado? Creio que não. Evidentemente esse trabalho precisa estar aliado ao que o consumidor percebe - a durabilidade e a funcionalidade, o conforto e a textura do tecido, que, em última análise, dão o aspecto final do conjunto. Uma equação em que o binômio custo e benefício deve obrigatoriamente ter o menor impacto sobre o preço final.

Isso tudo aponta para o fato de que a sinergia na produção não só é condição para transformar nossos projetos em realidade, mas também para o seu sucesso e a obtenção da tão sonhada e necessária vantagem competitiva. Todos os que trabalham na indústria têm o objetivo comum de produzir o melhor, em que pesem os obstáculos. Felizmente, temos feito acontecer.


*Francisco Satkunas é conselheiro da SAE BRASIL




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