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 Release
28/10/2010
Equipes da Federal de Uberlândia, ITA e USP São Carlos vencem a XII Competição SAE BRASIL AeroDesign

Competição de engenharia reuniu, entre os dias 21 e 24 de outubro, em São José dos Campos, SP, 77 equipes do Brasil, Venezuela, México, Índia e Estados Unidos, de um total de 96 inscritas

A equipe Tucano, da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, foi a campeã pela Classe Regular da XII Competição SAE BRASIL AeroDesign, concluída neste domingo (24) na Pista de Táxi do Aeroporto do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, SP. O avião, projetado e construído pela equipe, obteve 455.1 pontos na classificação geral, ao transportar 13.950 kg. Na Classe Aberta, a equipe Leviatã, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica/ITA, sagrou-se campeã na competição, ao carregar 25.190 kg e obter 443.9 pontos. Na Classe Micro, a equipe EESC-USP Mike, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), sagrou-se bicampeã na categoria, com 356.51 pontos, ao carregar 1.655 kg de carga.

A edição de 2010 da Competição SAE AeroDesign teve início no dia 21 de outubro e teve como segunda colocada, pela Classe Regular, a equipe EESC-USP Alpha, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo/USP, com 432.2 pontos. Na Classe Aberta, a segunda colocada foi a equipe EESC-USP Charlie, também de São Carlos, com 418.2 pontos. A equipe Céu Azul, da Universidade Federal de Santa Catarina, foi a segunda colocada na Classe Micro, com 356.43 pontos.

As equipes classificadas em primeiro e segundo lugares da Classe Regular, e as equipes classificadas em primeiro lugar nas Classes Micro e Aberta - Tucano, EESC USP Alpha, EESC USP Mike e Leviatã - ganharam o direito de representar o Brasil durante a SAE AeroDesign East Competition, com apoio técnico, logístico e financeiro da SAE BRASIL. A competição internacional, que reúne equipes da América do Norte e Europa, será realizada pela SAE International de 29 de abril a 1º de maio de 2011, em Marietta, Georgia, nos Estados Unidos. Na SAE AeroDesign East Competition, as equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações, incluindo cinco primeiros lugares nas Classes Regular e Aberta e um primeiro lugar na Classe Micro.

A Competição SAE BRASIL AeroDesign registrou o comparecimento de 77 equipes, entre 96 equipes inscritas, que representaram 14 estados brasileiros e mais o Distrito Federal, além da Venezuela, México, Índia e Estados Unidos. As 77 equipes (cinco estrangeiras) presentes representaram 64 instituições de ensino.

MENÇÃO HONROSA - A Comissão Organizadora da competição ainda conferiu menções honrosas às equipes que se destacaram em 11 quesitos:

Melhor Projeto - equipe Uai Sô Fly, da Universidade Federal de Minas Gerais (Classe Regular), equipe EESC-USP Charlie Open, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (Classe Aberta) e equipe EESC-USP Mike (Classe Micro).
Melhor Apresentação Oral – equipe Cefast (Classe Regular), do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, equipe EESC-USP Charlie Open; e equipe FENG do Instituto Tecnológico da Aeronáutica/ITA (Classe Micro).
Aeronave de Menor Tempo de Montagem – equipe Aerofeg, da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Guaratinguetá. Tempo: 60 segundos.
Maior Acuracidade (capacidade de acerto) – equipe Keep Flying (Classe Regular); equipe EESC-USP Charlie (Classe Aberta); e equipe Ideafix, do Instituto Mauá de Tecnologia/São Caetano/SP (Classe Micro).
Maior Peso Carregado Setor 1 – (distância 30,5 m para decolagem) equipe Trem Ki Voa, da Universidade Federal de São João Del Rei/MG, com 9.23 kg (Classe Regular).
Maior Peso Carregado Setor 2 – (distância 61 m para decolagem) equipe Keep Flying, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Classe Regular – peso: 16.21 kg.
Aeronave com Menor Volume de Transporte / Caixa de Mínimo Volume – equipe Taperá, do Instituto Federal de São Paulo, de Salto. Dimensão caixa: 0.132 m³.
Menor Tempo de Retirada de Carga (2.15 segundos) – equipe Keep Flying (Classe Regular) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
Maior Fator Eficiência Estrutural – equipe Aerofeg, da UNESP Guaratinguetá, SP.
Maior Peso Carregado – equipe EESC-USP Charlie Open, com 27.865 kg (Classe Aberta); e equipe Tucano Micro, com 1.715 kg (Classe Micro).
Melhor Equipe Internacional – equipe Kukulcán, do Instituto Politécnico Nacional, de Monterrey, campus Estado de Mexico.
Primeira Equipe Norte-Americana – equipe Pantherwings, da Florida International University, EUA.
Melhor Inovação Tecnológica e Ousadia – equipe Céu Azul Micro, da Universidade Federal de Santa Catarina.

A COMPETIÇÃO - A competição teve início com a etapa denominada Competição de Projeto, na qual as equipes tiveram seus projetos avaliados e questionados por comissões de juízes que integram o Comitê Técnico, formado por engenheiros da indústria aeronáutica e que atuaram como voluntários no evento. A partir de sexta-feira até domingo deu-se a etapa de Competição de Voo, ocasião em que os aviões passaram por oito baterias em que demonstraram serem capazes de decolar e transportar cargas úteis (simuladas por barras de chumbo) sempre crescentes, até as condições limite de cada projeto.

Foram quatro dias de difusão e aprimoramento de técnicas de projeto aeronáutico, em ambiente de grande criatividade e de cooperação entre as equipes, com destaque para a criatividade e o empreendedorismo dos participantes, confirmando a qualidade educacional do projeto, sempre mais reconhecida por empresas à procura de novos talentos no campo da engenharia, em especial dos segmentos automotivo e aeroespacial.

TECNOLOGIAS – Mais uma vez o avanço no nível técnico dos projetos chamou a atenção da Comissão Técnica, principalmente para melhorar a eficiência estrutural e assim tornar os aviões cada vez mais leves e resistentes, capazes de carregar grandes cargas. A Comissão notou que houve extensa pesquisa sobre materiais e sua correta aplicação em partes de maior esforço, como longarina e trem de pouso, tendência próxima das aplicações da indústria aeronáutica. À tradicional madeira balsa, somaram-se estruturas com tubos de fibra de carbono e espuma rígida de resina termoplástica (PVC), além de peças de alumínio cortadas a laser.

Na Classe Regular, houve uma diversidade de configurações de aeronaves, com soluções totalmente diferentes, que buscaram máxima eficiência aerodinâmica e estrutural sob as mesmas regras da competição. O que se viu foram configurações de aeronaves desde convencionais (com asa e cauda) até asas voadoras (aeronaves sem cauda), as quais foram projetadas para tentar bater o recorde de carga transportada dentro da SAE BRASIL AeroDesign, recorde alcançado pela asa voadora da equipe Keep Flying, da Poli-USP, com 16.215 kg de carga transportada. O destaque da competição, no entanto, foi a busca pela maioria das equipes, por aeronaves extremamente leves e capazes de transportar mais de quatro vezes o seu próprio peso.

A Classe Micro, lançada em 2009 e que reuniu 12 equipes de um total de 15 inscritas, trouxe várias inovações principalmente para reduzir o peso dos projetos, entre elas um trem de pouso extremamente leve construído de forma similar a uma roda de bicicleta miniaturizada, utilizando tubos de fibra de carbono e linha similar às usadas em vara de pesca. O resultado foi a redução de 10 gramas no peso do avião, muito importante na categoria, a qual teve oito projetos classificados para a Competição de Voo. Outro exemplo excepcional foi o uso de torção de asa para fazer o controle de rolamento e, com isso, foi possível reduzir o peso da aeronave, que vazia pesava menos de 300 gramas, o mais leve da Classe Micro em 2010.

Foram observados também projetos com modificações notáveis na parte estrutural, como a criação de um sistema de repartição de asa para facilitar o transporte da aeronave, um desafio para as equipes da Classe Micro. A inovação permitiu reduzir em 3% as dimensões da aeronave, que deve caber desmontada em uma caixa com volume máximo de 0,125 m³. De uma forma geral, todos os aviões da Classe Micro apresentaram motores elétricos e estruturas extremamente leves, com altíssima eficiência estrutural, capazes de transportar até três vezes o seu próprio peso.

PATROCÍNIO – A competição contou com o patrocínio de grandes empresas do setor, como Aernnova, C&D Zodiac, Dassault Aviation, EADS, Embraer, GE, Honeywell, Rolls-Royce, SSAB, Sonaca, Rockwell Collins e Parker Aerospace e United Tecnologies. Importante também foi o apoio de instituições públicas, como o DCTA, Infraero, ITA, Prefeitura de São José dos Campos, Rede Accor e Associação Desportiva Classista Embraer (ADCE).

O Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais, organizado pela Seção São José dos Campos. O objetivo é propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes de graduação e pós-graduação em Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas e futuros profissionais do importante segmento da mobilidade, através de aplicações práticas e da competição entre equipes.

Para o presidente da SAE BRASIL, engenheiro Besaliel Botelho, o Projeto SAE BRASIL AeroDesign é um celeiro de talentos da engenharia aeroespacial brasileira. “A competição é palco para os jovens futuros engenheiros aeronáuticos demonstrarem seu potencial e sua capacidade para desenvolver projetos inovadores no setor”, ressalta Botelho, ao completar que a competição é utilizada como oportunidade para recrutamento de futuros engenheiros pelas grandes empresas da área.

Regulamento - Os aviões da competição são classificados em Classe Aberta, Classe Regular e Classe Micro. Na primeira, não existem restrições geométricas às aeronaves ou ao número de motores instalados, desde que a soma das cilindradas dos motores esteja entre 15,08 cc (ou 0,91 in3) e 19,9 cc (1,22in3). Esta categoria inclui pós-graduandos e restringe distância máxima de decolagem: 61m. Já na Classe Regular, os aviões são monomotores, com cilindrada padronizada em 10 cc (10 cm3 ou 0,61 in3). O regulamento impõe restrições geométricas que delimitam as dimensões máximas das aeronaves, que devem ser capazes de decolar em uma distância máxima delimitada, de 30,5m ou 61m conforme estratégia da equipe.

A Classe Micro não impõe restrições geométricas aos projetos nem ao número de motores, porém a equipe deve ser capaz de transportar a aeronave dentro de uma caixa de 0,125m³. Nesta classe, as aeronaves podem usar motores elétricos e devem decolar em até 30,5m. As avaliações e a classificação das equipes são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme o regulamento da SAE BRASIL - no site www.saebrasil.org.br -, baseado em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica.

Fotos – Sérgio Fujiki




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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