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 Release
02/08/2010
Ações ambientais custam caro. Mito ou verdade?

Por Márcio Schettino*

Não passa um dia sem que tenhamos notícias sobre mudanças climáticas, meio ambiente ou desastres naturais, muitas vezes atribuídas ao aquecimento global. Um dos agentes responsabilizados, como sabemos, são os meios de transporte. Embora sejam realmente uma das maiores fontes emissoras de CO2, gás causador do efeito estufa, é difícil afirmar que são os principais culpados por todos esses acontecimentos.

No entanto, dois fatos são inegáveis e não podem ser desprezados, um deles é de que as fontes de energia estão cada vez mais escassas e difíceis de serem utilizadas, com consequente aumento de custo. Portanto, devem daqui por diante ser melhor utilizadas com mais responsabilidade e eficiência. O segundo é a emissão de poluentes, que em grandes aglomerados urbanos, traz sérios prejuízos à saúde. Estudos mostram que tal poluição reduz em quase três anos a expectativa de vida de uma pessoa que mora em grandes centros.

Os fatos estão direta e fortemente ligados aos meios de transportes e logicamente, obrigam o desenvolvimento de ações que mitiguem os efeitos. Então, nos deparamos com a questão, colocada por todos, de que ações ambientais custam caro. Mito ou verdade?

É preciso analisar a questão de várias formas. Existem ações de grande porte, normalmente atreladas ao governo que, muitas vezes, dependem de planejamento e altos investimentos. Um exemplo é a construção do Rodoanel na região metropolitana de São Paulo. Por outro lado, normalmente desprezado. Há ações de médio e baixo custo que dependem exclusivamente do proprietário ou operador dos veículos, ou seja, exatamente de você, leitor. Para explicar essas ações nada melhor que alguns exemplos:

Manutenção preventiva é o exemplo mais clássico. Programas de inspeção veicular têm mostrado que manter o veículo nas condições especificadas pelo fabricante, aliado a boa regulagem do motor, trazem redução de consumo de 5% a 11%. Veja que interessante: com o Programa de Inspeção Veicular no Município de São Paulo, a correção dos veículos não aprovados em 2009 correspondeu, em termos de redução de emissão, a retirada de circulação de uma frota equivalente de cerca de 500 mil veículos. Então, manter o veículo em ordem, regulado, emitindo dentro dos limites estabelecidos, representa grande ganho para o meio ambiente e, claro, para todos nós.

A caixa automática também influencia positivamente nesta questão. Hoje, muitos veículos são equipados com caixas de câmbio automáticas, mas o que a maioria não sabe é que elas podem ser ajustadas eletronicamente de acordo com as características de percurso, o que otimiza a utilização e diminui custos de manutenção. E mais ainda: proporcionam economia de combustível de até 15%.


Gerenciar os pneus também é importante. Os gastos com pneus hoje estão entre os três maiores custos operacionais. Um bom sistema de gerenciamento, que estabeleça critérios e periodicidade na manutenção preventiva dos pneus, defina o melhor pneu novo para a aplicação e também a melhor reforma, trará redução de custos com pneus, além de economia no consumo de combustível em cerca de 5%. O ganho ambiental e econômico nesse processo também está na redução do descarte de pneus, hoje um sério problema ambiental.

Esses são só alguns exemplos e existem outras dezenas de ações que podem ser implantadas pelos usuários. O importante é perceber que todas elas, de baixo custo ou não, trazem ao longo do tempo um grande retorno financeiro. Dessa forma, falamos de processos sustentáveis, não só economicamente, mas também ambientalmente. Como se vê, nem toda ação ambiental é cara. Muito pelo contrário, podemos tornar o negócio muito mais rentável e sustentável, com ganhos em todos os sentidos. Que tal praticar essa ideia? O ser humano e o meio ambiente agradecem.


Márcio Schettino é diretor de Caminhões e Ônibus do Congresso SAE BRASIL 2010




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