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 Release
03/05/2010
Para um trânsito melhor, não vire a página ou troque o canal

Por Fábio Ferreira*

Em breve notaremos em propaganda de qualquer produto da indústria automotiva, mensagens paralelas similares às existentes na indústria do tabaco ou farmacêutica. Fotos ou filmes de belos automóveis e peças publicitárias sobre novos produtos trarão textos educativos, algo como “não fale ao celular enquanto dirige” ou “não beba se for dirigir”. É isto que determina a lei federal 12.006, de 29/07/2009, que acrescentou ao Código de Trânsito Brasileiro esta obrigatoriedade, mas que até o momento não foi visível na publicidade brasileira.

A primeira pergunta que surge é se isto vai funcionar para aumentar a segurança nas ruas e estradas de todo o País. Os motoristas estão inclinados a ter maior atenção com a segurança de pedestres e passageiros? Ou será mais uma mensagem a ser ignorada nas atribuladas vidas urbanas?

Primeiramente, a iniciativa se soma a uma crescente onda de preocupação e conscientização da necessidade urgente de melhorar uma verdadeira endemia que torna o trânsito no Brasil tão perigoso. Após a definição da obrigatoriedade de que todos os veículos automotores tenham airbag duplo a partir de 2014, foi a vez dos freios ABS (sistema eletrônico que evita o travamento das rodas em frenagens de emergência) também se tornarem obrigatórios na data.

É inquestionável que ambos terão funções complementares de evitar grandes danos aos passageiros, trazendo benefícios enormes, já conhecidos em países com leis similares. A veiculação de mensagens educativas pode também complementar as ações de melhoria da segurança de forma eficaz.

Por um lado, as frases de advertência exigidas pelo Ministério da Saúde desde 1995 sobre perigos do tabaco não são tão eficazes assim, como mostra pesquisa realizada em São Paulo, em 2000, pelo Grupo Vox, ao apontar que as mensagens não fazem grande efeito sobre o consumidor. Por se tratar de mudança de hábito, e neste caso um vício, as frases não tiveram grande impacto sobre quem não desejava mudar sua rotina.

Por outro lado, como se trata de mudança de comportamento dos motoristas, e não de um vício, é preciso insistir, como mostra nota técnica disponível no site da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), de Rafael Teruki Kanki, que eu reproduzo, em partes, aqui:

1) é preciso persistir: a mudança de comportamento de indivíduos não se realiza de um dia para outro. 2) É recomendável que uma campanha se realize juntamente com a implantação de medidas que facilitem a adoção do novo comportamento. Com a campanha, mostra-se o produto e argumenta-se que, com ele, a vida do sujeito vai melhorar. Mas é preciso dar condições para que a melhoria se efetive. Estimular que o indivíduo atravesse a rua sempre na faixa de segurança numa região onde elas não existem é desperdício de energia. 3) O apelo deve ser sempre individual, mostrando que o cidadão é quem vai ganhar (ou deixar de perder) ao adotar o comportamento adequado. 4) Qualquer campanha educativa de trânsito deve ser permanente e os temas devem ser retomados o tempo todo, em todos os lugares.

Mensagens educativas obrigatórias poderão se tornar propaganda permanente que, associada a medidas concretas, sem dúvida, aumentarão gradativamente a percepção da população sobre ganhos na segurança e saúde relacionados ao trânsito, promovendo a necessária mudança cultural. Em cidades como São Paulo, que registra números impressionantes de vítimas fatais no trânsito – em 2009 foram 1.382 -, as mudanças são urgentes. Na basta o carro ser equipado com itens obrigatórios de segurança. É preciso, também, que o motorista colabore.

Fábio Ferreira é diretor do Comitê de Veículos Leves do Congresso SAE BRASIL 2010



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