O IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) é um dos expositores da 2ª Automec Pesados & Comerciais, que acontece de 27 de abril a 1º de maio, no Pavilhão de Exposição do Anhembi, em São Paulo. No estande do Carro e Caminhão 100% (rua L, 18), o IQA apresenta o Programa para a Melhoria da Manutenção de Veículos Diesel (PMMVD) e sua certificação de acordo com as novas alterações.
Realizado no início em parceria com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e o Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), o programa visa sistematizar e padronizar serviços de regulagem de motores diesel pela rede de reparação automotiva paulista. Antes, para integrar o programa, as empresas tinham apenas de possuir opacímetro homologado pelo Inmetro, para medição da quantidade de material particulado (fumaça preta) emitido por veículos a diesel. Agora, as oficinas são obrigadas a apresentar tacômetro para medir a rotação do motor, e termômetro que verifica a temperatura do óleo do motor.
O uso destes equipamentos se tornou obrigatório pelo decreto 54.487, de 26/6/2009, que trouxe novas regras para índices de poluição dos caminhões, em atendimento à norma NBR 13037. “Sem essas tecnologias, não é possível regular adequadamente motores”, informa José Nogueira, diretor do IQA.
Outra mudança na legislação é que, além do Sindirepa-SP, o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de SP), Sindimotor (Sindicato de Remanufaturamento, Recondicionamento e/ou Retífica de Motores e seus Agregados e Periféricos no Estado Pão Paulo) e o Setpesp (Sindicado das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de São Paulo) passaram a atuar também como controladoras.
Capacitação – Antes, apenas as oficinas ligadas ao Sindirepa-SP, se capacitadas, podiam fazer parte do PMMVD. Com as novas controladoras, a expectativa é capacitar 400 oficinas para medição da fumaça preta no Estado de São Paulo. Atualmente, 130 oficinas no Estado integram o programa, após passarem por auditorias do IQA e serem declaradas aptas à medição.
“Além de estar legalmente constituída como centro de reparação automotiva, com inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), a empresa candidata à certificação deve apresentar pátio para efetuar a medição, iluminação adequada, organização, piso nivelado, limpeza, ferramental, condições ambientais adequadas etc”, informa José Nogueira.
O diretor do IQA ressalta ainda que, além da funcionalidade dos equipamentos, agora as oficinas devem comprovar que os profissionais estão aptos para manuseio dos equipamentos. Durante as auditorias, o auditor do IQA acompanha a medição, que deve ser feita de acordo com a norma NBR 13037.
“A adesão ao Programa é voluntária, mas é um forte instrumento de marketing para a rede reparadora, que passa a oferecer garantia na qualidade do serviço para o motorista”, diz.
Consumidor - Todo proprietário de veículo a diesel, autuado por emissão de poluentes que buscar uma oficina integrante do programa PMMVD e efetuar o reparo no veículo, receberá o Relatório de Medição de Opacidade (RMO) e poderá entrar com recurso junto a Cetesb para reembolso de 70% do valor da multa. O programa também orienta o consumidor sobre as oficinas capacitadas a realizar as medições. Uma lista destas oficinas está disponível no site do IQA - www.iqa.org.br
“Com a capacitação, esperamos diminuir o volume de veículos desregulados em circulação, o que proporcionará a melhoria da qualidade do ar com a redução do nível de emissão de poluentes atmosféricos pelos veículos pesados”, afirma José Nogueira. |
