Pode parecer prematuro falar da 19ª edição do Congresso SAE BRASIL 2010, maior evento de engenharia da mobilidade do Hemisfério Sul, que será realizado de 5 a 7 de outubro, em São Paulo, SP, mas o evento segue o ritmo da indústria, que evolui constantemente para delinear o veículo do futuro.
Para nós da engenharia, o último congresso apresentou em sua rica mostra tecnológica um pedaço deste veículo, que ganhou formas mais concretas e saiu do papel. Mesmo em meio a tantas tendências que despontam no horizonte, podemos perceber que o veículo do futuro será ‘verde’, emitirá menos poluente, e que as fibras naturais, o plástico e o alumínio ganharão mais espaço em meio a outras aplicações como a nanotecnologia. Além disso, assim como imaginávamos no passado, será totalmente interativo e mais seguro.
Mas, o nosso papel, o dos profissionais da mobilidade, é não parar de pensar no amanhã, em novas tecnologias e soluções. Por isso, o tão misterioso futuro ganhou mais espaço ainda no congresso deste ano, que trará o tema “Competências da Engenharia Brasileira para a Mobilidade do Futuro”. Mobilidade está no nome da SAE BRASIL e futuro no DNA da indústria automobilística. Juntando tudo isso, o efeito é de desenvolvimento, de evolução, de ritmo acelerado – é o que queremos mostrar.
E como podemos deslumbrar além? Este é um grande desafio. Mas, para olhar para frente, é preciso, além de focarmos no presente, olharmos para trás também. A crise econômica passou por aqui e não ficamos ilesos, é verdade. Mas saímos dela fortalecidos porque temos potencial de mercado, despontamos globalmente com a tecnologia flex, que atende à necessidade de redução da emissão de CO2, e também porque temos uma engenharia criativa. A crise deste passado recente nos ensinou algumas lições e também apontou caminhos, ou seja, mostrou que é preciso ser competitivo. Então, não podemos estagnar em nossas qualidades de hoje, mas sim pensar em soluções inovadoras, competitivas regionalmente e globalmente para cavar, com mais força, nosso espaço no cenário mundial.
Então, nossa proposta também é debater a fundo as competências da engenharia brasileira, nossos desafios e quais serão as soluções inovadoras para a mobilidade do futuro. A indústria entrou cambaleando em 2009, mas conseguiu se firmar. A hora agora é de se mostrar. É com esta proposta que nasce o Congresso SAE BRASIL 2010: os dois pés cravados no futuro, mas olhando as lições do passado e as necessidades do presente.
*Egon Feichter é presidente do Congresso SAE BRASIL 2010
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