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 Release
21/08/2008
O futuro do Brasil está no carro de baixo custo

Fábio Ferreira


Com o anúncio do lançamento de veículos com preço abaixo de 3 mil dólares na Índia, o tema LPV (Low Price Vehicles ou veículos de baixo preço) se torna mais freqüente no cotidiano da engenharia automotiva. Com a estratégia de lançar modelos que sejam projetados para os mercados emergentes, as montadoras criam uma linha de veículos que busca acompanhar os países com as maiores taxas de crescimento de vendas e, ao mesmo tempo, adaptarem-se às particularidades dos consumidores nestas regiões.

Para os profissionais e consumidores no Brasil surge a pergunta: com faixas de preço final bem acima deste patamar e com as exigências crescentes e bastante específicas do mercado brasileiro, o País é candidato a participar dos LPVs?

De um lado as exigências técnicas dos veículos aqui vendidos crescem através da predominância de veículos flex, que chegam à marca de 90% de participação nas vendas, e também por meio da moderna legislação de emissões do Proconve. Em 2009, o nível técnico dos motores se aproxima dos limites de emissões Euro IV na Europa e NLEV nos Estados Unidos. Em 2010, no Brasil, terá início a aplicação de diagnose “on-board” para monitoramento permanente do quanto o veículo emite de poluentes, uma tecnologia bastante similar ao do mercado europeu.

Por outro lado, o consumidor brasileiro tem aumentado seu espaço na cobrança por melhorias dos veículos. Hoje 50% dos veículos com motor 1,0 litros já possuem ar-condicionado, item visto não apenas como de conforto, mas também como de segurança. O popular trio-elétrico aliado à direção hidráulica vai se tornando padrão mesmo em veículos de menor faixa de preço. Aumenta a consciência e procura por itens de segurança – o ABS já equipa 13% dos carros no Brasil, o dobro de três anos. Também a transmissão automática, que antes era padrão dos veículos médios e luxuosos, começa a aumentar sua participação em automóveis com motores menores. Atualmente, 70% da produção de veículos já estão equipadas com pedal eletrônico e, em 2010, este item fará parte de 90% dos veículos.

Outro ponto a ser destacado é que uma quantidade crescente de modelos passou a oferecer períodos de três anos de garantia, criando um novo padrão para o mercado. A resposta sobre se o Brasil participará dos LPVs é sim. A despeito de uma política de impostos que encobre parte das reduções de custos, hoje grande parte das engenharias instaladas no País está envolvida em tecnologias mundiais que buscam conciliar estas aparentes contradições – aumento de conforto, melhoria de emissões e consumo e redução drástica de custos. Um exemplo disso é que alguns componentes de eletrônica de gerenciamento do motor, aplicados no Tata Nano, também serão utilizados em veículos no Brasil, ainda em 2008.

Por isso, a exigência de criatividade e inovação para projetar um LPV é crescente, colocando novos desafios para a indústria automotiva e suas engenharias locais. O Brasil está no caminho certo, com suas engenharias bastante inseridas no cenário mundial, e com larga experiência em baixos custos.

O futuro do Brasil entre os LPVs será um dos temas que estarão em debate sob diversas visões, entre especialistas nacionais e internacionais, durante o Congresso SAE BRASIL 2008, que acontecerá de 7 a 9 de outubro, em São Paulo.


Fábio Ferreira é vice-diretor de Veículos de Passeio do Congresso SAE BRASIL 2008 e gerente de Engenharia da Unidade Sistema a Gasolina da Robert Bosch




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