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 Release
08/04/2008
SAE BRASIL aponta rumos para indústria automotiva se manter competitiva

Fomento à engenharia, definir posicionamento no mercado e política industrial são fatores chaves, dizem especialistas.

O Brasil precisa definir seu posicionamento no mercado global de automóveis, como fez a Índia ao optar pela produção de carros de baixo custo como o Tata Nano. Ou como a China, que em 2006 investiu US$ 40 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, e a Coréia, que já se destaca no ranking dos melhores veículos do mundo da reconhecida consultoria norte-americana JD Power.

O alerta foi de Rogelio Golfarb, diretor de Assuntos Governamentais da Ford Brasil, durante o Simpósio SAE BRASIL de Novas Tecnologias Automotivas – O xeque-mate da competitividade, realizado neste dia 7 de abril, em São Paulo. O simpósio da SAE BRASIL contou com a participação de alguns dos principais executivos dos setores de engenharia e tecnologia para debater temas como financiamento de programas de engenharia, desenvolvimento de motores, política industrial e qualificação profissional como fatores de competitividade no cenário mundial.

"Existe muito espaço para crescer e inovar. A indústria automotiva merece incentivos como uma Lei Rouanet, para o desenvolvimento da engenharia", disse Golfarb, ao cobrar esforços maiores no sentido de tornar o etanol uma ‘commoditie’. “Para isso é preciso a padronização do produto, o que não temos”, afirmou.

Neste contexto, Carlos Eugênio Dutra, diretor de Planejamento e Estratégia de Produtos e Desenvolvimento de Negócios Mercado Externo da Fiat Automóveis, afirmou que um dos caminhos é apostar no desenvolvimento de veículos compactos, de baixa cilindrada. “O motor de um litro não é aberração. É presente e pode ser futuro”, disse.

A tendência para o desenvolvimento de pequenos motores a gasolina, potentes e altamente eficientes, com a redução de emissão de CO2, foi o tema da apresentação de Hermann Middendorf, gerente executivo de Motores EA111 e Ciclo Otto da Volkswagen Alemanha. Middendorf apontou os resultados obtidos pela montadora com a injeção direta e ‘dual charging’ (uso de turbocharger e compressor) na produção em grande escala de motores como TSI de 1.4 litro e 125 kW. “Com etanol, a emissão de CO2 é até 30% menor”, afirmou o especialista.

Política industrial – Outro tema em pauta no simpósio foi a necessidade de metas de longo prazo para o setor automotivo. Paulo Butori, presidente do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), foi enfático ao cobrar do governo uma política industrial que ajude o desenvolvimento do segmento de autopeças. “É preciso, também, que as pequenas empresas possam se desenvolver”, alertou Butori.

Carlos Gastaldoni, assistente da Diretoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), anunciou novas linhas de crédito para programas de engenharia, incluindo o objetivo de apoiar a formação de mão-de-obra especializada para o setor automotivo.

A carência de profissionais especializados para atender o crescimento da indústria automobilística brasileira foi destacada por Milton Lubraico, gerente executivo de Novos Programas de Engenharia da Ford América do Sul. Lubraico advertiu que enquanto países emergentes no setor automotivo, como China, Índia e Coréia, têm até 25 engenheiros por mil habitantes, o índice é seis no Brasil. “Temos de acelerar o treinamento e a formação de profissionais de alto nível”, alertou.

Os participantes do painel ‘A visão de quem comanda a engenharia automotiva’ enfatizaram a importância da comunicação para a integração dos centros de engenharia. Bart Laton, diretor de Powertrain da Mercedes-Benz, João Irineu Medeiros, diretor de Engenharia do Produto da FPT Powertrain Technologies, Reinaldo Muratori, diretor de Engenharia da Mitsubishi Motors do Brasil, e Renato Mastrobuono, diretor da SAE BRASIL e da Iveco, foram unânimes ao afirmar que a integração é uma realidade irreversível e os profissionais do setor precisam desenvolver capacidades multiculturais.

Caminhões e ônibus – No segmento de veículos comerciais, a preocupação de Oswaldo Jardim, diretor de Operações da Ford, e Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, ficou por conta da introdução do Euro 4, prevista para 2009. A demora na especificação do combustível, finalizada em outubro passado, vai atrasar o programa, segundo os executivos.

Robson Galvão, diretor de Simpósios e Eventos da SAE BRASIL, afirma que simpósios como este ajudam na disseminação do conhecimento tecnológico entre a comunidade de engenharia. “São oportunidades para conhecer o pensamento e a opinião dos principais executivos da indústria da mobilidade, sobre as inovações e tendências tecnológicas, e também acerca do mercado e do papel do engenheiro brasileiro no cenário mundial”, diz Robson Galvão, ao acrescentar que todo ano a SAE BRASIL se empenha em aprofundar os debates, com a criação de novos simpósios e participação de ícones da engenharia da mobilidade.




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A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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