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 Release
20/06/2007
Manufatura enxuta é realidade no Brasil, mas precisa se desenvolver, dizem especialistas

O recado veio de especialistas de montadoras e sistemistas durante o Simpósio SAE BRASIL de Manufatura Automotiva, realizado nesta segunda-feira (18), em São Paulo

São Paulo, 20 de junho de 2007 – A indústria automotiva brasileira está alinhada aos conceitos da manufatura enxuta e, de acordo com as montadoras e sistemistas, durante o Simpósio SAE BRASIL de Manufatura Automotiva, realizado nesta segunda-feira, 18, em São Paulo, o caminho a percorrer para se avançar em direção à excelência operacional está aberto.

Falta, no entanto, segundo José Roberto Ferro e Gilberto Kosaka, presidente e diretor executivo do Lean Institute Brasil, cultura para se igualar à experiência da Toyota, que é o ‘benchmark’ do setor em ‘lean manufacturing’. “A adoção do Sistema Toyota de Produção, que muitas empresas buscam, exige mudanças profundas na forma de pensar e agir”, afirmou José Roberto Ferro.

Durante o simpósio, a DaimlerChrysler, General Motors, Ford, Fiat, Volkswagen, PSA Peugeot Citroën, Bosch e a Visteon contaram suas experiências com a implantação das diversas ferramentas para redução de custos e gestão de operação. O objetivo: evitar que a concorrência de empresas asiáticas e russas, consideradas mais competitivas em termos de custo, ameace as conquistas da indústria automotiva brasileira.

“Os chineses ainda copiam muito, mas grande desenvolvimento vai acontecer lá”, alertou Vilmar Fistarol, presidente da SAE BRASIL durante a abertura do encontro. Recém-chegado da China, disse que em processos, os chineses têm muito que fazer. “Mas, em matéria de investimentos, impressionam bastante”, afirmou.

A seu favor, o Brasil conta atualmente com o bom desempenho no mercado nacional, estimulado pelos recordes em produção e vendas internas de veículos automotores. “A situação é muito favorável à manufatura”, afirmou Ronald Linsmayer, vice-presidente de Operações Caminhões da DaimlerChrysler, ao adiantar que tem expectativas de crescimento em até 15% em volumes de vendas para este ano, em relação a 2006.

Condomínio – A agregação de sistemistas no mesmo site da montadora também foi debatida no simpósio. Roberto Tinoco, diretor de Operações do Complexo Industrial Automotivo de Gravataí, da GM, e Vagner Galeote, diretor de Compras da Ford, contaram suas experiências positivas na implantação desse modelo de relacionamento em Gravataí, no Rio Grande do Sul, e em Camaçari, na Bahia, respectivamente.

Tinoco resumiu o sucesso das operações em Gravataí: melhorias em 63% na produtividade geral, 87% no volume de produção, 20% no absenteísmo, 250% no índice externo de qualidade, 150% no índice interno de qualidade e 275% no índice de segurança.

Já Galeote, da Ford, que participou de painel Afinando as Relações com os Sistemistas, com Edison Tadeu Pontalti, diretor de Operações para América do Sul da Visteon, e Francisco Satkunas, diretor da SAE BRASIL, destacou o projeto de ‘Bahianização’ no abastecimento da planta de Camaçari, como forma de reduzir custos na cadeia de suprimentos.

Amadeu Dalceno Jr., gerente de Qualidade e Sistema de Produção da Bosch, mostrou a evolução do Bosch Production System, destacando o programa de relacionamento com fornecedores, iniciado em 2003. Vários fornecedores experimentaram resultados considerados ótimos, dois dos quais já conquistaram contratos de exportação através da Bosch e outros 15 desenvolvem o programa.

No painel O Avanço da Manufatura nas Montadoras, Fábio D´Amico, diretor industrial da Fiat Automóveis, Juan Manuel Sanchez Cervantes, diretor de Manufatura da GM São Caetano, Orlando Moraes, diretor industrial da Volkswagen Taubaté, e Tarcísio Telles, diretor geral do Centro de Produção de Porto Real, da PSA Peugeot Citroën, demonstraram seus avanços operacionais na manufatura.

“As propostas nas operações são muito parecidas. O diferencial é a forma harmônica de apresentar as ferramentas às pessoas”, afirmou D’Amico. Já Tarcísio Telles, da PSA, enfatizou a importância de se insistir em ganhos no desempenho das operações de manufatura mesmo em momentos de bom desempenho, como o atual.

Exemplo – Operando com volumes de produção muito inferiores aos de uma montadora de automóveis, a Embraer é um exemplo de excelência em gestão de operações de manufatura e suprimentos. Almir Borges, diretor industrial da empresa, destacou a importância de preservar a parceria com fornecedores para o sucesso da operação. “Existem voando no mundo 200 aviões Bandeirantes, modelo que teve produção encerrada em 1984. Ainda mantemos os mesmos fornecedores como parceiros”, exemplificou.

Ontem (19), a SAE BRASIL promoveu uma visita à DaimlerChrysler, em São Bernardo do Campo, como parte da programação do simpósio. Na oportunidade, foi realizado um workshop acompanhado de visita a diferentes linhas de produção da montadora.




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A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
A SAE BRASIL é filiada à SAE INTERNATIONAL, associação com os mesmos fins e objetivos, fundada em 1905, nos EUA, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Orville Wright e Thomas Edison, e tem se constituído, ao longo de mais de um século de existência, em uma das principais fontes de normas, padrões e conhecimento relativos aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 35 mil normas geradas e mais de 138 mil sócios distribuídos por cerca de 100 países.

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