As equipes brasileiras preparam-se novamente para disputar a Baja RIT, competição estudantil organizada pela SAE International, que reunirá 141 equipes de nove países das Américas, África, Ásia e Europa, entre os dias 7 a 10 de junho, em Rochester, Nova York, nos EUA. Três bajas construídos pelas equipes FEI Baja 1, do Centro Universitário da FEI, Demec 09, da Universidade Federal de Minas Gerais, e EESC-USP BAJA, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, irão disputar a competição americana, após alcançar as melhores pontuações na 13ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, realizada em março, pela SAE BRASIL (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), em Piracicaba, SP.
Além das três equipes, dois integrantes da equipe Poli Torpedo, da Escola Politécnica da USP, quinto lugar em Piracicaba, poderão acompanhar a competição nos EUA e, assim, aperfeiçoar o nível técnico. É a primeira vez que três equipes de diferentes faculdades disputam a SAE Baja RIT. Em Rochester, os carros serão submetidos a avaliações estáticas e dinâmicas, além de um enduro de resistência de 4 horas em pista de terra.
Confiante, a equipe da FEI, tetracampeã nacional (2001, 2002, 2005 e 2007) e com o título internacional conquistado em 2004, fez poucas alterações no carro, porque o veículo foi projetado para atender as exigências da competição americana, respeitando também alguns itens da regra nacional. "Temos tudo para trazer o título para o Brasil novamente", diz o capitão da equipe, Rafael Gianetti. O carro possui sistema de telemetria que transmite informações do carro em funcionamento, em tempo real para o box.
Enduro difícil - A equipe Demec-09, terceira colocada na competição nacional e estreante nos EUA, precisou apenas fazer algumas adaptações no sistema de suspensão e amortecedores para deixar o carro mais resistente e, assim, enfrentar o enduro da SAE Baja RIT, em geral feito em terreno mais acidentado. Também com poucas mudanças no carro, a equipe EESC-USP BAJA, quarta colocada da Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, vice-campeã nos EUA em 2005, viaja otimista. "Não queremos ser vice, mas vencer a competição", avisa Maikon Sander de Castro Alves, capitão da equipe, que tem cinco integrantes.
Na 13ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, a equipe FEI Baja 1 foi a campeã, seguida pela FEI Baja 2, também da FEI. A terceira colocada foi a Demec-09, a quarta a EESC-USP BAJA e a quinta a equipe Poli Torpedo.
Nos EUA, o Brasil é bicampeão com equipes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 1998, e da FEI (Fundação Educacional Inaciana), em 2004. Os carros, denominados Baja SAE, são veículos fora de estrada, projetados e construídos nas universidades por estudantes de engenharia exclusivamente para a competição, onde são submetidos a testes dinâmicos e estáticos, como provas de conforto, tração, manobrabilidade, aceleração, subida de rampa, velocidade máxima e um enduro.
Vilmar Fistarol, presidente da SAE BRASIL, afirma que a Competição Baja SAE BRASIL é um importante palco de descobertas de novos talentos da engenharia automotiva brasileira. Além disso, a competição vem ao encontro dos objetivos da associação. "Por meio do Baja SAE BRASIL, incentivamos a pesquisa estudantil e, com isso, aprimoramos o aprendizado dos futuros engenheiros brasileiros", afirma Fistarol. "Todos os que participam da competição adquirem grandes chances de se destacar profissionalmente após concluir a graduação", diz o presidente da SAE BRASIL.
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