Release
11/12/2006
233 deficientes atravessaram piscina semi-olímpica neste sábado

Num total de 233 deficientes, entre crianças e adultos, nadaram neste sábado (9) na piscina semi-olímpica do Clube da Petroquímica União, em Santo André. Dos ‘nadadores especiais’, 104 receberam diplomas e os demais eram alunos e ex-alunos do Programa de Natação Adaptada, uma iniciativa da Prefeitura de Santo André e da APOLO (Associação das Indústrias do Pólo Petroquímico do Grande ABC), para estimular a inserção do deficiente ao convívio social por meio da utilização dos espaços públicos e privados.

Ao atravessar a piscina, os 233 deficientes mostraram que o ser humano pode superar limites. “Nos orgulhamos mais uma vez de investir neste programa, pois a resposta dos alunos é imediata e muito gratificante”, ressalta Marina Galvão coordenadora de Comunicação da APOLO, que investiu este ano R$ 192 mil na ação, 10% a mais que em 2005. “Sem dúvida, vamos continuar juntos em 2007”, adiantou Marina.

Após as apresentações na água, que tiveram o apoio de estagiários da Fefisa (Faculdades Integradas de Santo André), os deficientes receberam diplomas das mãos de representantes da Prefeitura, APOLO e da Acide (Associação pela Cidadania do Deficiente), gestora do Programa. Antes da formatura, porém, o público, formado principalmente por familiares dos deficientes, assistiu exibições culturais, da ex-aluna Joyce Fernandes, que apresentou uma coreografia espanhola; e de apresentações de dança de rua e hip hop, feitas por adolescentes da APAE de Santo André.

Segundo pesquisa por amostragem da Prefeitura, existem só no município mais de 60 mil pessoas com deficiência e poucas utilizam os espaços públicos. “Deficiência não é doença, mas apenas uma condição que deixa a pessoa em desvantagem social”, adverte Ivan Teixeira Cardoso, professor de Educação Física e coordenador do Programa, que com a nova turma já formou 441 alunos, desde que o programa começou, em 2002.

Dos 441 formados, 25% continua a participar de atividades similares, segundo o Programa. “Eles alcançaram o objetivo de se adaptar à piscina, respeitando seus limites físicos ou mentais, tendo condições de ocupar outros espaços e convivendo em grupos comunitários comuns”, afirma o professor, que convidou a sociedade a se engajar a fim de ampliar o Programa de inclusão também para a pessoa não-deficiente.

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Maria do Socorro Diogo – Danilo Gonçalves – Juliana Fernanda Santos
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