Após projetarem e construírem carros off-road, conhecidos como SAE Mini Baja, futuros engenheiros de 13 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, acertam os últimos detalhes dos veículos para disputar a 12ª Competição SAE BRASIL de Mini Baja, entre os dias 30 de março e 2 de abril, no ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo), em Piracicaba, interior de São Paulo. As duas escolas que alcançarem a maior pontuação na classificação geral das provas ganham o direito de representar o País na SAE Midwest Mini Baja, a ser promovida em maio deste ano pela SAE International, onde o Brasil é bicampeão.
Ao todo, 68 equipes de 51 universidades estão na disputa. Para aumentar a competitividade, o regulamento deste ano permitiu a inscrição de, no máximo, duas equipes por faculdade. O Estado de São Paulo lidera o ranking com 21 equipes inscritas, seguido de Minas Gerais, com 10, Rio Grande do Sul, com 8, Rio de Janeiro, com 7, e Santa Catarina, com 6. Pernambuco será representado por 4 equipes, e o Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e Distrito Federal por 2 equipes cada. Já os Estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba inscreveram uma equipe cada.
Durante os quatro dias de competição, os carros são submetidos a provas estáticas – são avaliados itens como visual, conforto do operador, produção em massa, facilidade de manutenção, conformidade do projeto e originalidade – e dinâmicas - tração, manobrabilidade, aceleração, frenagem, velocidade máxima, subida de rampa e um enduro de quatro horas em uma pista de terra especialmente preparada.
A competição, realizada pela SAE BRASIL (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), estimula o trabalho em equipe e vivência, na prática, das lições aprendidas na universidade. “É um grande laboratório de talentos para a indústria”, afirma o diretor da Competição SAE BRASIL de Mini Baja, Massami Murakami.
COMPETIÇÃO – Os SAE Mini Baja são veículos projetados e construídos por alunos de graduação em Engenharia, de acordo com as regras definidas pela SAE BRASIL - www.saebrasil.org.br. O veículo é um protótipo de estrutura tubular em aço, monoposto, para uso fora-de-estrada, que deve ter quatro ou mais rodas e ser capaz de transportar pessoas com até 1,90m de altura, pesando até 113,4 kg. Sistemas como suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelos alunos, que utilizam ainda um motor padrão de 10 HP. Além disso, é tarefa das equipes buscar suporte financeiro para viabilizar o projeto.
A competição inicia com o envio dos Relatórios de Projeto e Custos em 27 de janeiro de 2006, período em que muitos veículos ainda estão em construção dentro das faculdades, e encerra com a realização de provas estáticas e dinâmicas. As equipes são formadas por, no máximo, 20 estudantes e um professor orientador. É permitida a participação de até duas equipes por faculdade.
Gábor János Deák, presidente da SAE BRASIL, destaca a Competição SAE BRASIL de Mini Baja como a principal competição nacional de veículos motorizados projetados e construídos por estudantes universitários. Segundo Deák, a competição revela os novos talentos que no futuro serão os engenheiros-chefes e diretores de montadoras e demais empresas do setor da mobilidade. “Os projetos de Mini Baja são completos e com eles os estudantes desenvolvem habilidades técnicas e também humanas, pois o sucesso depende muito do trabalho em equipe”, afirma.
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