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 Release
11/09/2013
A economia global, a balança energética e a indústria automotiva


Por Por Horst Bergmann* *

O ambiente econômico e energético mundial vem passando por grandes transformações, notadamente nos últimos cinco anos. Sob o impacto de fatores, como a crise econômica de 2008, a expansão da produção de gás natural nos Estados Unidos e a crise nuclear japonesa, o tradicional equilíbrio de forças da balança global tremeu. Esse movimento fez disparar os radares da indústria automobilística, que, movida à eficiência, intensificou a busca de novas soluções para um mundo novo.
Que novo mundo é esse? Um olhar rápido para o lado ocidental do globo revela uma Europa com problemas econômicos e disparidades não pequenas entre as regiões Sul e Norte do continente - a primeira com mais dificuldades que a segunda. O esforço do Japão para uma virada em sua economia resultou em um crescimento rápido no primeiro trimestre deste ano, mas atribuir peso às cifras de três meses seria desaconselhável diante das oscilações de humor dos mercados.
Enquanto isso, os Estados Unidos receberam uma injeção de ânimo e tanto para sua recuperação, já em curso – a expansão da produção doméstica do gás natural, responsável por acentuado recuo na importação líquida de petróleo do país, e que baixou o custo local do gás para cerca de 20% do preço do petróleo. Trata-se de um efeito importante mesmo para uma grande economia, com ganhos de competitividade que podem ser tão espetaculares para os americanos quanto ameaçadores para os exportadores do produto, como a Rússia, que desde 2011 leva gás natural diretamente à Alemanha via mar Báltico e tem planos para outros países da União Europeia.
Falando em Rússia, na raia dos emergentes chamados BRICS, as perspectivas continuam melhores que as da Europa, do Japão e dos EUA, mas o atrativo dos países que dão nome a essa sigla não é mais o mesmo, e permanece mais por conta de seu famigerado potencial do que propriamente pela confiança que sua estabilidade política e econômica, e seus históricos problemas estruturais inspiram nos investidores.
No Brasil, os efeitos adicionais positivos dos eventos esportivos e da supersafra agrícola são inegáveis, mas o País não cresce como se esperava e ainda se debate na deficiência de sua infraestrutura. Vale lembrar que, na área energética, a solução etanol supre apenas 50% das necessidades brasileiras, considerando-se nessa conta os veículos comerciais pesados, movidos a diesel. O tigre asiático chinês diminui sua velocidade de crescimento e já não produz tão barato quanto antes, superado pelo Vietnã. A Índia tem potencial, mas tem também problemas de ordem sociocultural que atrapalham seu desenvolvimento e assustam investidores.
Em meio a tantas nuances do cenário mercadológico internacional e disputas por parcelas de mercados, o caminho da indústria é o de sempre - o aprimoramento contínuo para eficiência e competência cada vez maiores. Dona de produtos de alta complexidade para consumidores exigentes e em constante mudança, a indústria automobilística percebeu muito cedo que precisava fazer muito mais que a lição de casa. Partiu para a modularização na manufatura para melhorar a flexibilidade e a velocidade da produção com custos menores, e intensificou esforços no desenvolvimento de tecnologias para veículos cada vez mais econômicos no consumo de combustível e emissão de poluentes, com novos motores e materiais mais leves.

O desafio, entretanto, permanece, e cresce exponencialmente a cada nova cartada no jogo da matriz energética mundial e novidades tecnológicas alcançadas por este ou aquele fabricante. O que vai ser? Elétricos? Híbridos? Petróleo? Gás natural? Diesel? Biodiesel? Etanol? Aço? Alumínio? De qualquer forma, os novos tempos nos avisam que inovação é a resposta.

A complexidade e a importância desse tema para o futuro e o desenvolvimento científico da engenharia em âmbito mundial nos empurram para o debate. Por essa razão o Comitê Internacional do Congresso SAE BRASIL 2013, que se realizará de 7 a 9 de outubro, convidou uma seleção de líderes da indústria automotiva mundial para o debate. Os executivos também apresentarão estudos e falarão de estratégias de suas empresas para o enfrentamento de realidades instantâneas de mercados em constante ebulição, e de seus resultados. Decerto será uma experiência valiosa para ensaiarmos os próximos passos.

* *Horst Bergmann é diretor do Comitê Internacional do Congresso SAE BRASIL

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