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 Release
27/02/2009
Tapete vermelho para o consumidor


Por Mário Guitti *

Crise, crise, crise. Esta palavra tem sido lembrada, evitada, mal-falada e martelada diariamente em nossos ouvidos nestes últimos meses. Por mais que os efeitos tempestuosos estão sendo sentidos em diversos setores da economia, o Brasil parece resistir melhor à crise. Mesmo com a redução de vendas nos últimos meses no setor automotivo, as montadoras com atuação no mercado brasileiro ainda operam com margem de lucro e algumas registraram grande crescimento em 2008. Estamos, ainda, em meio a uma turbulência de números, pacotes e cortes que vemos ser anunciados a cada dia, e não se sabe, ao certo, quais efeitos esta crise causará na economia brasileira. Mas, a verdade é que muita coisa depende do consumidor, porque ele tem nas mãos o bem mais valioso que o mercado hoje precisa que é o consumo.

O consumidor tem o poder de compra e depende unicamente dele girar a roda da economia e, assim, reaquecer o varejo, que já dá sinais de melhora. Veja: na primeira quinzena de fevereiro, foram 103.067 veículos emplacados, crescimento de 4,8% em comparação ao mesmo período de janeiro. Essa “volta” do consumidor às compras animou a indústria automotiva. Como as reações se dão em cadeia, isso pode significar que as empresas irão botar um pé no freio sobre demissões.

Por outro lado, as exportações continuam em queda: em outubro de 2008, as vendas para o Exterior eram de 68,6 mil unidades e este número caiu para 22,6 mil em janeiro de 2009, segundo números da Anfavea. O grande desafio do momento é exportar. Os mais de 40 mercados para os quais o Brasil vende entraram em crise, o que gerou certa dificuldade na retomada da indústria brasileira.

Então, mais uma vez, o foco da questão se voltará para você, consumidor. Isso porque alguns especialistas preveem uma competição mais acirrada no mercado brasileiro, já que a produção que antes era destinada à exportação poderá, em parte, ser destinada ao consumidor brasileiro. Ainda em setembro, quando o fogaréu da crise ainda era centelha, o presidente de uma montadora já previa: “Com um mercado menor, haverá disputa mais intensa pelo consumidor, que pode sair ganhando com isso”.

Ele estava certo, tanto que essa disputa vem precisando de empurrões, como a do governo, que reduziu o IPI (Imposto de Produtos Industrializados) para a indústria automotiva, para estimular, justamente, o consumo. Apesar de a medida ser direcionada à indústria, quem ganha é o consumidor, que pode adquirir carros populares mais baratos. Outra medida anunciada neste mês pelo presidente da Nossa Caixa, Milton Santos, é que a linha de R$ 4 bilhões liberada em novembro do ano passado para financiar carros novos será estendida para veículos usados. Segundo ele, o acordo foi fechado com a Anfavea e já está em vigor.

Então, caro consumidor, veja tamanha oportunidade para você. Se a onda de incertezas anda também lhe pegando, está em dúvida se pode comprar, saiba que agora a hora é sua. Não de sair gastando suas economias, mas de ser mais conciente.

No entanto, não olhe somente as facilidades ou o preço, já que neste cenário de turbulência o espaço para reajuste é limitado. Em qualquer segmento que você for comprar produto ou serviço, atente-se para condições justas, atendimento 10, boa procedência da mercadoria, produtos e serviços certificados (única forma de avaliar tecnicamente algo que não conhecemos a fundo) e, porque não, um cafezinho. Enfim, peça tapete vermelho. Não estou aqui pregando o oportunismo, mas contribuindo para o mercado brasileiro, do pipoqueiro, borracheiro às lojas de varejo, melhorar a sua eficiência e se valer de produtos e serviços com qualidade para ganhar o consumidor. Considero este o lado mais positivo desta crise importada.

Acredito que todos ganham com isso. Por mais contraditório que pareça, o momento obriga empresários, lojistas, prestadores de serviço e outros personagens a utilizarem bem mais a criatividade em relação há meses atrás, quando todos iam às compras e quase não havia espaço para o consumidor fazer suas exigências. Agora, para sobreviver, o mercado tem de se moldar ao novo perfil de consumidor. Ele está torrando os miolos para criar mecanismos para atrair você ao estabelecimento. Portanto, tire o coelho da cartola da crise e exija o melhor. A qualidade do mercado brasileiro agradece.

* Mário Guitti é superintendente do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva)
(mario.guitti@iqa.org.br)

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